Herdeira Real: Casamento Relâmpago com o Tio do Ex-Namorado - Capítulo 155
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155: Ele morreu por minha causa 155: Ele morreu por minha causa Aviso de gatilho no capítulo.
Após terminar sua refeição, Layla delicadamente pegou o guardanapo e passou nos lábios antes de colocá-lo cuidadosamente ao lado do prato. Ela olhou para cima, seu olhar encontrou o de Alekis. “Obrigada, Pai, por tirar um tempo para se encontrar comigo”, disse ela, com um tom respeitoso, mas firme.
Alekis recostou-se na cadeira, cruzando os braços sobre o peito. Seus olhos penetrantes a estudaram por um momento antes de ele falar. “O que está em sua mente, Layla?”
Ela hesitou brevemente, reunindo seus pensamentos. “É sobre Lucius”, começou ela, com uma voz suave, mas sincera. “Quero entender mais sobre o acidente — como aconteceu e por quê. Lucius ainda carrega o peso da morte do irmão, culpando-se pelo que aconteceu naquele dia. Isso está consumindo ele, e estou preocupada com quanto tempo mais ele pode suportar.”
O garçom retornou, limpando rapidamente a mesa dos pratos vazios, mas nenhum deles lhe deu atenção. A expressão de Alekis escureceu ligeiramente enquanto ele considerava suas palavras, seus dedos batendo ritmicamente no braço da cadeira.
Uma vez que o garçom se foi, Alekis inclinou-se para frente, sua voz baixa e medida. “Lucius tinha pedido a Antoine para ir pescar naquele dia, sem saber que isso conflitava com uma importante reunião de diretoria. Antoine, apesar da importância da reunião, escolheu não contar a Lucius e decidiu acompanhá-lo. Durante a viagem, eles sofreram um acidente, e Antoine perdeu a vida. Porque Lucius o afastou inconscientemente em um dia tão crucial, a culpa recaiu inteiramente sobre ele.”
As palavras de Alekis pairaram pesadamente no ar. Sua expressão era severa, mas havia um traço de cansaço em seus olhos enquanto ele silenciava.
Layla processou as informações antes de falar, seu tom pensativo. “Então, a mídia acusou Lucius de orquestrar o acidente, acreditando que ele queria o controle da empresa para si”, disse ela, sua voz tingida tanto de frustração quanto de compreensão.
Alekis deu um lento aceno. “É exatamente o que eles acreditavam”, disse ele, sua voz sombria. “E não ajudou que Lucius tivesse laços com Matteo, seu… associado duvidoso da máfia. Essas conexões o pintaram em uma luz ainda mais sombria. As pessoas foram rápidas em condená-lo.”
Layla franzia a testa, seu coração afundando ao peso do fardo de Lucius. O olhar de Alekis tornou-se distante enquanto ele continuava, “Tentei entrar em contato, razoar com ele, mas ele nos fechou a todos. Ele carregou essa culpa sozinho, deixando-a endurecer em uma barreira entre ele e o resto de nós.”
Alekis fez uma pausa, sua mente voltando no tempo. “Ainda me lembro do dia em que ele voltou para casa depois de receber alta do hospital. Havia um frio em seus olhos — uma distância que não estava lá antes. Era como se o Lucius que conhecíamos tivesse desaparecido, deixando apenas a casca de um homem assombrado por aquele acidente.”
**O Flashback começou**
Alekis estava prestes a sair para o hospital quando entrou na sala, com o casaco pendurado no braço. Ele parou no meio do passo, seus olhos se estreitando ao pousarem em seu neto, Roderick, sentado rigidamente no sofá.
“Por que você não está na escola?” Alekis perguntou.
A resposta cortante de Roderick veio sem hesitação enquanto ele saía do sofá. “Eu soube que o Tio está voltando hoje.”
A expressão de Alekis escureceu. “Ele está. Mas cuidado com o tom.”
Roderick apertou os punhos, sua mandíbula apertada com raiva contida. “Não quero ele aqui. Por causa dele, perdi meu pai.”
“Roderick!” a voz de Alekis elevou-se, ecoando pela sala.
Antes que ele pudesse dizer mais, Fiona entrou, suas sobrancelhas franzidas de preocupação. “Por que você está gritando com ele, Pai?” ela perguntou, olhando entre eles.
Alekis fez um gesto brusco em direção a Roderick. “Seu filho perdeu o senso.”
Roderick se levantou, seus punhos tremendo ao seu lado. “Vovô, todo mundo diz que Tio Lucius planejou isso — para tomar a empresa do meu pai. Ele está envolvido com mafiosos e gangsters. Por que você não insistiu em uma investigação completa? Meu pai significava tão pouco para você? Por que você protege Tio Lucius?”
Fiona se aproximou, colocando uma mão calmante no ombro de seu filho. “Roderick, você está enganado sobre Lucius. Ele também estava no acidente. Ele quase perdeu a vida. Pai, por favor, perdoe-o”, ela acrescentou, virando-se para Alekis.
Mas Roderick se afastou, seus olhos ardendo de decepção. “Mamãe, como você pode defender o homem que tirou a vida do pai? Não entendo.”
Antes que alguém pudesse responder, o leve clique de saltos ecoou pelo corredor. Os três se viraram em direção à porta, onde Lucius apareceu, uma garrafa de álcool pendurada em sua mão.
“Lucius,” Alekis sussurrou, sua postura severa vacilando por um momento enquanto dava alguns passos à frente. “Você ainda está se recuperando; não deveria estar bebendo.”
Lucius não o reconheceu. Em vez disso, ele caminhou até o sofá, desabando pesadamente nele. Sem uma palavra, ele levantou a garrafa e tomou um longo gole, seu rosto vazio, mas seus olhos sombreados de dor.
A sala mergulhou em um silêncio atordoado, o peso de suas ações chocando a todos.
Roderick quebrou o silêncio, sua voz afiada de raiva. “Tio, responda-me. Como você sobreviveu àquele acidente? Todos dizem que foi fatal.” Seu olhar era uma exigência ardente, preenchida de amargura e acusação.
Lucius abaixou a garrafa antes de olhar para ele. “Antoine me salvou. Eu esperava que iria morrer. Mas aqui estou. Vivo”, ele disse com uma risada sombria.
Os olhos de Roderick reluziram em aborrecimento.
“Você não se arrepende, não é? Por sua causa…” Suas palavras não puderam terminar enquanto Alekis o interrompia.
No entanto, Lucius falou, “Eu convidei Antoine e sim, ele morreu por minha causa. Eu deveria ter morrido naquele acidente também. Talvez eu morra em breve.” Ele se levantou e foi para seu quarto.
O coração de Alekis afundou ao ver seu filho assim enquanto Fiona começava a chorar. Ela pediu a Roderick que não fosse tão duro com seu tio. Mas Roderick, sendo jovem, recusou-se a ver tudo isso.
Alekis pegou seu celular e ligou para a mãe de Lucius, Evelina. Mas, como esperado, ela não atendeu sua chamada.
**O Flashback terminou**
Os olhos de Layla se encheram de lágrimas, mas ela rapidamente limpou essas lágrimas das margens de seus olhos antes que pudessem sequer cair.
“Você pode curá-lo, Layla? Porque eu falhei nisso. Ainda acho que vai ser difícil porque Lucius se recusa a deixar isso para trás”, Alekis afirmou.
“Eu libertarei Lucius dessa dor, Pai. Eu prometo. E obrigada por compartilhar essa experiência dolorosa comigo”, Layla sussurrou em gratidão, pedindo desculpas a ele por fazer com que ele lembrasse do passado.