Herdeira Real: Casamento Relâmpago com o Tio do Ex-Namorado - Capítulo 152
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152: O trauma 152: O trauma Lucius jazia quieto na beira da cama, o olhar fixo no rosto pacífico de Layla. O brilho suave do abajur lançava uma tonalidade quente sobre seus delicados traços, realçando sua serenidade. Ele estendeu a mão, dedos gentilmente entrelaçados em seus cabelos, o dorso de sua mão roçava sua bochecha como se memorizasse cada curva.
Seus respirar lento e constante roçava contra seu peito, ancorando-o no momento. Ele a puxou para mais perto, envolvendo-a protetoramente com seu braço. “Eu não quero você envolvida nos meus assuntos. Mentir para você me faz sentir patético,” ele sussurrou, com uma voz quase inaudível, mesclada de arrependimento.
Layla mexeu-se em seu sono, virando-se para se afastar dele, agora com as costas pressionadas contra seu peito. Lucius seguiu seu movimento, fechando o pequeno espaço entre eles enquanto se aconchegava contra ela. Seus lábios pressionaram um beijo demorado em seu pescoço antes de ele suspirar e cuidadosamente sair debaixo do edredom.
Depois de colocar a camisa, ele olhou para ela uma última vez, com uma expressão dividida, antes de desligar o abajur e sair furtivamente do quarto.
Uma vez dentro de seu escritório, Lucius fechou a porta atrás de si. Ele abriu uma gaveta, retirando um telefone que raramente usava. Discou um número e encostou-se à mesa, esperando enquanto a chamada era completada.
Após alguns toques, uma voz familiar atendeu. “Lucius! Faz tempo,” saudou Demitri Velkazh.
“Faz,” Lucius respondeu, com uma voz firme, embora a tensão fosse palpável.
“O que está te incomodando? Como posso ajudar?” Demitri perguntou, tomando um gole de café frio, seu ritual noturno.
“Vamos nos encontrar amanhã de manhã. É complicado explicar pelo telefone,” Lucius sugeriu, com um tom firme mas cansado.
“Eu não funciono de manhã, você sabe disso,” Demitri riu. “À tarde é melhor pra mim.”
“Está bem. Só me avise o horário,” Lucius concordou.
“Eu te mando uma mensagem depois que eu acordar,” Demitri respondeu suavemente.
“Até lá,” Lucius disse antes de terminar a chamada. Lucius fechou a gaveta com um baque surdo e dirigiu-se à janela. O céu escuro se estendia infinitamente diante dele, seu vazio refletindo a turbulência interna. A ausência da lua tornava a noite mais pesada, quase sufocante.
“Por que você está aqui?” a voz de Layla quebrou o silêncio, suave, ainda que tingida de mágoa.
Sobressaltado, Lucius virou-se rapidamente para vê-la na porta. Ela vestia uma camisola delicada, coberta por um robe fino amarrado frouxamente na cintura. Seus cabelos caíam em ondas suaves sobre os ombros, e apesar de sua expressão ser calma, seus olhos ardiam com furor.
“Como você acordou?” Lucius perguntou, disfarçando sua inquietação enquanto se aproximava dela.
Ela se manteve firme, cruzando os braços. “Você não estava no quarto,” ela respondeu firmemente. Seu olhar não vacilou enquanto continuava, “Lucius, o que é? Você não vai me dizer nada mesmo? Eu significo tão pouco para você?”
Suas palavras o atingiram como um golpe. “Layla, não é isso,” ele disse rapidamente, com a voz mais suave. Ele estendeu a mão, mas ela deu um passo atrás, sua raiva evidente na nitidez de seus movimentos.
“Então o que é?” ela pressionou, com um tom um pouco mais elevado. “Você tem estado distante, guardando segredos. Você acha que eu não posso lidar com a verdade? Ou é que você não confia em mim?”
Lucius suspirou, passando uma mão pelo cabelo. Queria contar tudo, mas temia arrastá-la para o caos da sua vida. “Não é sobre confiança,” ele começou, com a voz baixa. “Estou tentando te proteger.”
“Me proteger?” Layla ecoou, com a voz tremendo. “Me excluindo? Me fazendo sentir como uma estranha no meu próprio casamento?”
Suas palavras o cortaram profundamente, deixando-o sem resposta. Ele apertou os punhos ao lado do corpo, lutando contra a vontade de confessar tudo ali mesmo. Mas seu silêncio apenas parecia alimentar sua frustração.
“Você não precisa suportar tudo sozinho, Lucius,” ela disse, aproximando-se agora, com a voz mais suave. “Eu sou sua esposa, não uma forasteira. Me deixe entrar. Eu não consigo ver você sofrer sozinho.” Ela percebeu que havia perdido o temperamento de repente, então respirou fundo e baixou o olhar.
“Me desculpe,” ela sussurrou, com a voz trêmula. “Eu compartilhei tudo com você quando eu estava sofrendo, então eu esperava o mesmo de você. Eu pensei que se você fizesse isso, você se sentiria melhor. Eu poderia ajudar você. Mas parece que até mesmo eu não consigo fazer nada por você. Isso me deixa chateada… ansiosa,” ela concluiu.
Lucius alcançou as mãos dela, envolvendo-as gentilmente com as suas. Layla olhou para ele, buscando uma resposta em seus olhos.
“Não é isso,” Lucius disse com suavidade, sua voz carregada de arrependimento. “Me desculpe por não ser transparente com você.”
O cenho de Layla se franziu enquanto ele falava, sua preocupação aumentando.
“A verdade é,” ele continuou, com a voz hesitante, “Estou sufocando por dentro. Eu costumava ir à terapia por causa disso… mas eu parei há um ano. Nada ajudou. E eu admito… depois que nos casamos, eu comecei a me sentir melhor. Mas ainda está lá. O trauma de perder meu irmão – ele me assombra. E eu temo… Eu temo que mais uma vez, as pessoas me julguem por algo que eu não fiz. Eu nunca matei meu irmão,” Lucius disse, as palavras presas em sua garganta.
Seus olhos brilhavam com as lágrimas não derramadas que ele guardava há tanto tempo, e Layla sentiu seu peito apertar. Ele estava quebrado, dilacerado pela culpa e pela dor, e mesmo assim, ele manteve tudo para si, carregando o peso sozinho.
“Eu me arrependo de ter pedido para ele me acompanhar para pescar naquele dia. Se eu não tivesse feito isso, Antoine estaria hoje conosco. Eu fiz o mesmo com meu amigo. Eu não sabia no que ele estava se metendo e deixei ele lutar sozinho,” ele murmurou e baixou a cabeça, não deixando as lágrimas caírem de seus olhos.
Sem pensar, Layla o envolveu em seus braços, puxando-o para um abraço, segurando-o firmemente como se tentasse oferecer algum tipo de alívio. Ela podia sentir seu coração batendo rapidamente contra ela, e pela primeira vez, ela percebeu o quanto ele estava reprimindo.
“Eu confio em você, Lucius. Nós vamos encontrar a verdade juntos,” Layla sussurrou enquanto acariciava suas costas.