Herdeira Real: Casamento Relâmpago com o Tio do Ex-Namorado - Capítulo 131
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131: Lucius merece um desfecho. 131: Lucius merece um desfecho. Os olhos de Layla se arregalaram em choque no momento em que Alekis proferiu aquelas palavras.
“Matteo foi quem o atraiu para essa vida,” começou Alekis, sua voz tingida de arrependimento. “E tenho certeza de que Lucius te deu inúmeras razões para justificar suas ações. Mas, no fundo, sei que ele está usando isso como uma válvula de escape para sua raiva. Raiva de mim por negligenciá-lo quando criança, enquanto sua mãe permanecia absorta em seu próprio mundo. Quando percebi meus erros, já era tarde demais para desfazer o dano.” Seus ombros caíram, e ele suspirou profundamente antes de levantar novamente a xícara de chá para saborear a bebida, o leve tilintar da porcelana pontuando o silêncio.
“Como eu deveria realizar isso, Pai?” Layla perguntou hesitante, seus dedos nervosamente mexendo na borda da manga. “E… é mesmo possível? Por que você de repente quer que ele deixe a máfia? Ele está nisso há tanto tempo.”
A mente de Layla estava dividida. Ela havia prometido a Lucius que não interferiria em seu trabalho, contanto que ele se mantivesse seguro enquanto procurava pelo assassino de Matteo. Ainda assim, uma parte de seu coração ansiava por vê-lo se afastar dessa vida perigosa – uma vida que o consumia mais a cada dia que passava.
O olhar incisivo de Alekis amoleceu momentaneamente ao responder, “Lucius te ama mais do que qualquer outra pessoa, Layla. Minhas opiniões significam nada para ele, pois acredita que o que está fazendo é certo. Mas não é. Isso não é justiça; é autodestruição. Matteo era um amigo do passado, mas esse amigo se foi. Ele está se agarrando a um fantasma, e eu não posso ficar parado e vê-lo se arruinar por alguém que não existe mais.” A voz de Alekis endureceu enquanto ele tomava outro gole de chá.
Layla entendeu a preocupação de um pai. Pelo menos ele era diferente da mãe do Lucius, que não hesitaria em denegrir o próprio filho enquanto ignorava convenientemente seus próprios erros.
“Acho que você vai lidar com isso, Layla,” Alekis disse firmemente, colocando a xícara vazia de volta em seu pires com um suave clique.
Layla hesitou, seus dedos roçando na mesa enquanto seus pensamentos giravam. “Pai, você já tentou descobrir como Matteo morreu?” ela finalmente perguntou, sua voz firme mas curiosa. “Lucius acredita que ninguém se importou o suficiente para investigar. Mas conhecendo você… Eu acho que você deve ter investigado, não foi?” Ela observou sua expressão atentamente, ciente de quanto Alekis sabia apesar de nem sempre estar fisicamente presente em suas vidas.
Alekis recostou-se ligeiramente, seus olhos se turvando com uma mistura de arrependimento e frustração. “Eu fiz,” ele admitiu após um momento. “Contratei alguém para investigar as circunstâncias da morte do Matteo. Mas por mais que procurassem, não havia nada – nenhum indicio, nenhuma evidência, nada que explicasse o que realmente aconteceu. Mas o que eu sei é que o envolvimento do Matteo com a máfia foi a razão de sua morte.”
Layla notou como sua voz amoleceu, quase como se estivesse falando consigo mesmo. “Eu pensei que o tempo curaria as feridas do meu filho,” ele murmurou. “Mas o tempo não cura se a dor é constantemente alimentada por raiva e tristeza. Só percebi tarde demais que ele estava afundando mais em algo que eu deveria ter interrompido há muito tempo.”
“Talvez Lucius pare uma vez que descobrir a verdade,” Layla afirmou, um traço de determinação brilhando em seus olhos.
Alekis a observou cuidadosamente, o peso de suas palavras deliberadamente medido. “A verdade pode custar mais do que você imagina,” ele disse gravemente. “Quem está por trás da morte do Matteo não é alguém a ser subestimado. Isso não é apenas sobre respostas, Layla; é sobre sobrevivência. Como esposa dele, você precisa priorizar a vida do Lucius acima de tudo.” Seu tom transmitia não apenas cautela, mas um lampejo de decepção, como se acreditasse que ela talvez não compreendesse completamente o perigo à frente.
Layla encontrou o olhar do seu sogro. “Eu entendo, Pai,” ela respondeu. “Mas o Lucius merece um encerramento. Ele vem carregando esse fardo há muito tempo – esse peso de culpa por não ter conseguido salvar Matteo. Você não sabe, mas aquela noite o assombra de maneiras que você não pode imaginar. Ele tem pesadelos. Essas memórias são como correntes, prendendo-o a um passado do qual ele não consegue escapar.”
Normalmente, à noite, Layla encontraria Lucius a abraçando apertado enquanto sua respiração se tornava errática.
Ela fez uma pausa por um momento, reunindo seus pensamentos, então continuou, sua voz preenchida por uma convicção tranquila. “Se eu tentar forçá-lo a se afastar, a abandonar essa busca, ele nunca se perdoará. Isso o atormentará pelo resto da vida, sabendo que não fez tudo o que podia para descobrir a verdade. A paz não virá da evasão. E eu quero que ele encontre essa paz, Pai – não importa quão difícil a jornada possa ser.”
A expressão de Alekis suavizou ligeiramente, embora a preocupação em seus olhos permanecesse. Ele estudou Layla em silêncio, como se reavaliasse sua percepção dela. Embora sua posição fosse arriscada, seu amor por Lucius era claro.
“Mas e os riscos, Layla?” Alekis pressionou com preocupação. “Você fala em encerramento e paz, mas e se essa busca o colocar em maior perigo? Você considerou o custo?”
Layla se endireitou, sua voz estável e tranquilizadora. “Confie em seu filho, Pai. Ele não é imprudente; ele sabe o que está fazendo. Lucius é mais forte e mais esperto do que você pensa. Ele não age apenas por impulso – ele calcula cada movimento. E como sua esposa, eu estarei lá para apoiá-lo e ajudá-lo a se manter centrado.”
Alekis piscou, momentaneamente surpreso pela clareza e força em suas palavras. Ele não esperava que Layla falasse com tanta confiança, nem antecipava a sabedoria que ela demonstrava ao equilibrar lógica e emoção. Por um momento, ele simplesmente a observou, os cantos de seus lábios curvando-se em um leve sorriso.
“Você é realmente algo, Layla,” ele comentou, recostando-se em sua cadeira, sua postura relaxando pela primeira vez durante a conversa. “Eu não estava esperando que você fosse tão boa com palavras – ou tão perspicaz.”
Seu sorriso se aprofundou enquanto ele cruzava os braços. “Talvez Lucius tenha escolhido bem, afinal.” O ar entre eles mudou, a tensão cedendo lugar a um entendimento silencioso. Pela primeira vez, Alekis viu em Layla não apenas uma esposa solidária, mas uma parceira de forte vontade que poderia se manter firme e navegar no complexo mundo em que Lucius os havia introduzido.
“Lucius realmente tem um gosto notável,” Alekis disse, seu tom carregando uma rara calorosidade. “Os papéis estão prontos para a justa parte que você receberá. Não quero que a esposa do meu único filho se sinta desprovida ou negligenciada por seus sogros.”
Ele se recostou na cadeira, uma expressão de satisfação cruzando seu rosto. Com um gesto discreto, ele sinalizou para o mordomo que estava em pé quieto ao fundo. O homem fez uma reverência respeitosa antes de dar um passo à frente, um arquivo de couro elegante em mãos.
“Aqui,” disse Alekis, assentindo em direção ao arquivo. “Dê uma olhada.” Sua voz carregava um senso de finalidade, como se isso não fosse uma questão aberta para discussão, mas um presente que ele estava determinado a conceder.
Layla hesitou por um momento antes de estender a mão para pegar o arquivo.
“E,” ele acrescentou com um pequeno, mas genuíno sorriso, “parabéns pela sua nova posição como Diretora.”
Os olhos de Layla se arregalaram levemente de surpresa. Ela não havia esperado isso, e por um momento, ela não tinha certeza de como responder. “Estou feliz que você seja a nora desta família.”