Herdeira Real: Casamento Relâmpago com o Tio do Ex-Namorado - Capítulo 103

103: Até o meu último suspiro 103: Até o meu último suspiro Lucius abriu o arquivo que continha os documentos relacionados ao terreno que ele venceu no leilão, enquanto Roderick permanecia sentado na cadeira, com o olhar focado nele, imaginando o que ele tinha a lhe oferecer.

“Rick, a oferta é simples”, começou Lucius, “você precisa desistir da Spark Eletrônicos”, acrescentou.

“Tio, eu não posso fazer isso”, disse Roderick. Era o de maior valor de mercado no Grupo De Salvo. Perdê-lo significaria um grande problema depois de assumir o cargo de presidente.

“Rick, você precisa aprender a fazer acordos quando está nos negócios. Você fez um baita escândalo sobre isso na frente de seu vovô. Agora, quando estou lhe fazendo uma oferta, você não quer aceitar”, provocou Lucius, com um riso abafado.

As sobrancelhas de Roderick se juntaram com a alfinetada sutil, mas antes que ele pudesse responder, a expressão de Lucius escureceu levemente. “Sei que você me vê como o vilão da sua história, me culpando pela morte do seu pai. Mas, comparado ao mundo impiedoso lá fora, eu sou um mal menor. Você conhece meus métodos, Rick. Eu tenho o poder de tomar a Spark Eletrônicos de você à força, mas estou lhe oferecendo a chance de realizar o sonho do seu pai em vez disso”, disse Lucius, sua voz endurecendo a cada palavra.

Roderick estremeceu ao mencionar seu pai, a ferida que o tempo não havia curado completamente picando de novo. “Eu não vou desistir da Spark Eletrônicos”, disse ele, sua voz baixa, mas resoluta. “Quanto ao terreno, vou falar com o Vovô e ver se ele pode tomá-lo de volta de você.” Ele se levantou da cadeira, a determinação em seus olhos mal mascarando a fúria que fervilhava por baixo da superfície.

Roger, que estava assistindo do lado, cerrava os punhos, contendo-se por pouco para não pular em defesa do seu chefe.

A expressão de Lucius permaneceu inescrutável. “Muito bem. Fique à vontade para ir”, disse ele, recostando-se na cadeira com um ar de indiferença.

Roderick se virou e saiu sem dizer outra palavra, o eco dos seus passos permanecendo depois que a porta se fechou atrás dele.

“Chefe, por que você deixou ele ir embora tão facilmente? Ele te insultou!”, disparou Roger, incapaz de se conter mais.

Lucius riu, o som profundo e inabalável enquanto ele se recliniava ainda mais na cadeira. “Paciência, Roger. Meu irmão confiou este projeto a mim por uma razão. Achei que deveria dar a chance a Roderick de realizar o sonho do pai dele. Aposto que logo ele fará o movimento errado. Ele tem talento para isso”, disse Lucius, um sorriso brotando nos lábios enquanto olhava para a porta por onde seu sobrinho acabara de sair.

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Roderick entrou em seu carro e foi direto ver Layla. Agora que ela estava na empresa do próprio pai, encontrá-la seria muito mais fácil. Não demorou muito e ele finalmente acionou os freios do carro diante das portas giratórias do alto prédio.

Saindo do carro, ele mostrou a identidade para o guarda do lado de fora, que não ousou impedi-lo. Com a mão enfiada no bolso da calça, Roderick entrou.

“Gostaria de ver a Diretora, Senhora De Salvo. Sou Roderick De Salvo”, ele se apresentou na recepção, mostrando seu cartão de visitas.

“Por favor, espere um momento, Senhor. Consultarei sobre o agendamento imediatamente”, disse a senhora na recepção.

Ela desligou a chamada e disse, “A Diretora disse que não deseja vê-lo. Sinto muito, Senhor, não posso permitir sua entrada.”

Roderick apertou os dentes e o músculo da sua mandíbula se apertou. “Eu conheço o presidente. Por que você não pergunta a ele se posso me encontrar com a Diretora ou não?”, ele sugeriu.

“Desculpe, Senhor, mas hoje o Presidente não está no trabalho”, respondeu a recepcionista.

“Então, devo esperar por Layla”, disse Roderick, dando um passo para trás. Ele se acomodou na área de espera e decidiu aguardar Layla sair. ‘Ela não vai me ignorar na frente de tantas pessoas’, ele pensou.

Até a tarde, Roderick não viu nenhum sinal dela. Finalmente, ela saiu do elevador enquanto os funcionários que passavam a cumprimentavam. Roderick foi rápido em se aproximar e bloqueou seu caminho.

“Não me ignore”, disse Roderick.

Ela cruzou os braços sobre o blazer sob medida, e seu secretário, Aiden, adiantou-se, sentindo a tensão.

“Devo chamar a segurança, Diretora?” Aiden perguntou, sua voz fria e preparada para a confrontação.

Layla olhou para os funcionários, que haviam lentamente parado para conferir o que estava acontecendo.

“Me dê apenas cinco minutos. Não tomarei mais o seu tempo”, disse Roderick.

“O que você quer dizer?” O olhar de Layla se intensificou.

“Não posso falar sobre isso aqui”, disse Roderick.

Layla sentiu que, se discutisse ali, poderia se tornar alvo de fofocas. Já havia muita coisa acontecendo e as pessoas estavam cientes do relacionamento familiar entre ela e Roderick. Ela não queria aparecer nas notícias com Roderick.

“Siga-me”, disse Layla e girou nos calcanhares, dizendo a Aiden que deveria ficar para trás.

Alcançando a sala logo atrás da recepção, Roderick fez questão de fechar a porta atrás de si.

“Você vai parar de me perseguir? Como você ousa me encarar depois do que fez comigo?” Layla explodiu com raiva dele.

“E você esqueceu o amor entre nós em apenas um dia. Eu te disse que nunca dei aquele anel para Orabela. Era para você”, disse Roderick.

“Você é um idiota?” Layla franziu a testa para ele. “Nunca houve amor entre nós. Fui enganada pelas suas táticas. Nunca recebi amor da minha família, então a atenção que você me deu por dois anos me fez pensar que você me amava. Roderick, fique como um sobrinho de Lucius. Nunca mais ultrapasse a linha. Não vou tolerar”, ela o advertiu. Ela passou por ele para alcançar a porta quando ouviu sua voz.

“Você ama meu tio então? O homem que matou tantas pessoas?”

As perguntas a fizeram parar e ela fechou os dedos com força.

“Suponho que ele deve ter te contado como nunca matou meu pai ou o amigo dele ou as pessoas que perderam a vida por causa dele. Por que você acha que ele não é o presidente do Grupo De Salvo? Por que era meu pai e agora, eu assumirei esse cargo? Não por causa de uma promessa, mas pelas atividades ilegais nas quais ele está envolvido. Fui tolo de trair você, mas pelo menos eu não mato pessoas.”

Layla se virou para encará-lo. “Você é um idiota. Se pensa que isso pode me trazer para você, está enganado. Sim, eu amo Lucius e até meu último suspiro, você vai me ver com ele como sua esposa”, ela pronunciou.

“Aos meus olhos, o que você fez é imperdoável. Eu te odeio e você me repugna. Na próxima vez, não conversaremos. Pedirei a Lucius que me dê sua arma para que eu possa atirar em você.” Com um último olhar ardente para ele, Layla deixou a sala.

Roderick soltou um riso abafado e passou os dedos pelos cabelos. “Ela ficou ousada”, murmurou. “Layla, nunca persegui uma mulher assim. Você vai se arrepender!” Ele murmurou.