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- Capítulo 762 - 762 Edith com Dor 762 Edith com Dor Seren e Drayce haviam ido
762: Edith com Dor 762: Edith com Dor Seren e Drayce haviam ido para o casamento de Arlan e Oriana e ficaram fora por uma semana. (Para mais detalhes, consulte a visita de Drayce e Seren a Griven para o casamento de Arlan no terceiro livro- O Noivo do Diabo.)
Depois de uma semana, quando retornaram, Seren mal podia esperar para ver Edith. O dia do parto de Edith estava próximo, e Seren queria estar com ela.
“Dray, posso ir ver Edith?” Seren perguntou, acomodando-se em uma cadeira após trocar de roupa e desfrutar de uma boa refeição.
“Você pode, mas acabamos de voltar, e já é noite. Você está cansada, e não seria apropriado incomodá-los a essa hora. Que tal ir amanhã de manhã?”
“Hmm, você tem razão. Ela já deve estar dormindo.”
Drayce assentiu e se aproximou dela, oferecendo sua mão. “Você deve descansar para que pela manhã todo o cansaço da teleportação tenha desaparecido.”
Seren concordou e subiu imediatamente para a cama.
No meio da noite, Seren sentiu-se inquieta em seu sono. Drayce, que a segurava, se mexeu. Ao vê-la tão desconfortável, ele ficou preocupado.
“Seren,” ele chamou suavemente.
Ao seu chamado, Seren abriu os olhos, ofegando levemente.
“Você está bem?” ele perguntou.
Ela se sentou na cama, sua mão esfregando seu coração que batia descontroladamente. Drayce também se sentou.
“Foi um pesadelo?” ele perguntou.
Ela balançou a cabeça. “Não. Mas eu não me sinto bem.” Ela respirou fundo, “Parece que algo ruim vai acontecer. Eu posso sentir claramente, mas não tenho certeza do que é.”
“Em quem você está pensando? Quem tem te preocupado esses dias?” ele perguntou.
“Ninguém?” ela disse, mais como uma pergunta para si mesma.
“Então deve ser porque você está cansada da teleportação. Seu corpo ainda está lidando com o esforço.”
Ela balançou a cabeça ansiosamente. “Não, Dray, tem algo. E eu não estou errada sobre isso.”
“Oriana está bem agora….”
“Edith,” Seren exclamou instantaneamente. “É sobre Edith. Precisamos ir até ela.”
“Você tem certeza?” ele perguntou.
“Sim, ela não está bem. Eu posso de alguma forma sentir isso,” Seren insistiu.
“Está bem,” Drayce disse, levantando-se da cama. “Eu a levarei lá.” Ele foi pegar um casaco quente para ela.
Enquanto ele pudesse fazê-la se sentir em paz, ele faria qualquer coisa. Além disso, Edith era família, a esposa de seu irmão. Se ela não estava bem, como família, eles deveriam estar com ela.
Seren saiu da cama e permitiu que Drayce a ajudasse a vestir o casaco. Uma vez prontos, Drayce e Seren desapareceram de sua câmara e reapareceram no quintal da residência de Keiren. O cavaleiro de plantão reconheceu sua presença.
“Quem está aí?” o cavaleiro gritou, alertando os outros.
Quando viram Seren, que já havia visitado por um tempo, eles se acalmaram. Mas ao verem o homem de olhos vermelhos ao lado dela, ficaram chocados. Havia apenas um homem de olhos vermelhos que conheciam.
Justo então, o cavaleiro guardião de Keiren chegou. Ao ver Drayce e Seren, ele se curvou. “Vossa Majestade…”
Drayce o interrompeu erguendo a mão. “Não temos tempo para isso. Seren precisa ver a senhora desta casa.”
O cavaleiro assentiu e os guiou para dentro da sala de estar, onde a atmosfera estava tensa. “Eu vou informar Sua Alteza…”
Mas então eles já ouviram os gritos altos de Edith. O cavaleiro os informou, “Senhora Edith está prestes a dar à luz.”
Seren agora percebia por que estava se sentindo inquieta.
Ela olhou para Drayce. “É muito cedo. Ela ainda não completou seus nove meses.”
Seren tinha lido livros sobre gravidez desde que conheceu Edith e agora sabia uma coisa ou duas.
“Eu preciso ir até ela,” ela declarou, correndo em direção ao quarto de Edith enquanto Drayce a seguia.
Como eles eram da família, o cavaleiro não os impediu.
Seguindo os gritos dolorosos de Edith, Seren chegou ao seu quarto e viu Keiren andando inquieto do lado de fora. Ele viu Seren, que entrou diretamente no quarto. Keiren não a impediu. Justo então, ele viu Drayce e ficou chocado, mas naquele momento, ele estava mais preocupado com sua esposa.
Drayce caminhou até ele. “Como está minha cunhada?”
Keiren sacudiu a cabeça ansiosamente. “Não tenho certeza. Já faz tanto tempo que só ouço seus gritos.” Ele parecia desamparado e assustado.
Era a primeira vez que Drayce via Keiren assim. Ele podia entender. Se fosse Seren, ele já teria enlouquecido. Ele decidiu ficar e apoiar silenciosamente seu irmão, que não se incomodava com sua presença.
Dentro da câmara, Seren ficou abalada com a fraca condição de Edith. Seu coração doía ao ver Edith em dor enquanto tentava dar à luz, com uma parteira fazendo o possível para instruí-la. Além de Cara, uma parteira e mais um servo estavam presentes.
“Use um pouco mais de força, minha senhora,” o servo segurando a mão de Edith disse ansiosamente.
Edith parecia estar perdendo todas suas forças, seu corpo inteiro encharcado de suor enquanto ela segurava firmemente a mão de seu servo. Seus gritos lentamente enfraqueciam conforme ela se esgotava.
“Você não pode desistir, Senhora Edith,” uma parteira encorajou. “Aguente um pouco mais.”
Seren, chocada, assustada e preocupada, sentiu um turbilhão de emoções e ficou paralisada no lugar. Ela podia ver como o corpo de Edith estava lentamente perdendo sua energia.
Seren correu para a cama e sentou-se do outro lado. Ela segurou a mão de Edith. “Edith, não desista, está bem?”
Um servo que saiu para pegar mais água quente encontrou Keiren. “Como… ela está…”
“Meu Senhor,” o servo hesitou.
“Fale,” a voz de Keiren se elevou.
“Senhora Edith não parece estar em boas condições,” ela respondeu.
Keiren perdeu o último resquício de sua paciência e entrou no quarto. Tudo que ele sabia era que precisava estar com sua esposa, para de alguma forma aliviar sua dor. Ele queria estar ao lado dela em seu momento mais difícil.
Cara se afastou, e Keiren sentou na beira da cama, segurando a mão de Edith. Seu olhar era terno enquanto olhava para ela. “Edith…” Sua voz engasgou na garganta, seus olhos brilhando com umidade, refletindo sua dor.
Edith olhou para ele, seus olhos lentamente se fechando. “Ren…” Sua voz estava fraca, e seu aperto em sua mão estava afrouxando.
“Edith…” Keiren chamou alto, o medo apertando seu coração. Ele olhou para a parteira. “O que… o que está acontecendo com ela?”
“Meu Senhor…” a parteira hesitou. “Receio que Senhora Edith tenha perdido todas suas forças e…”
“E?”
“Ela não pode mais empurrar o bebê e receio que estamos perdendo ambos.”
“Você é uma parteira! Você sabe o que fazer. Por que não está fazendo nada?”
“Desculpas, meu Senhor…” ela baixou a cabeça, murmurando sem vontade, “somente se eu pudesse dar-lhe toda a força da minha vida.”
Keiren voltou-se para Edith, sacudindo-a gentilmente. “Edith… Edith, acorde. Você não pode desistir. Não me importo com o bebê, mas não posso perdê-la. Edith, acorde…” Lágrimas escorriam por suas bochechas.
Seren, chocada e impotente enquanto segurava a mão frágil de Edith, sentiu seu pulso ficando mais fraco. Ela ouviu as últimas palavras da parteira.
“Eu posso ajudar,” Seren disse imediatamente.