750: Fonte de Água Quente 750: Fonte de Água Quente Na manhã seguinte, Seren mexeu-se no sono, seus dedos gentilmente deslizando por seu cabelo e tocando seu couro cabeludo. Um sorriso leve formou-se em seus lábios enquanto ela abria os olhos para ver um par de olhos vermelhos olhando de volta para ela.

“Bom dia, minha rainha,” Drayce disse, seus olhos absorvendo seu rosto lindo.

Ela sorriu de volta. “Bom dia, marido.”

Drayce levantou uma sobrancelha, surpreso com o novo título.

“Agora somos verdadeiramente marido e mulher,” ela disse, sua voz um pouco rouca. “Nada nos separa agora, nem mesmo aquela maldição, embora eu não tenha certeza se ainda está lá ou se foi levantada.”

“Você tem razão. Nada pode nos separar agora,” ele respondeu, seus dedos levemente acariciando suas delicadas bochechas, seu olhar explorando cada centímetro de seu rosto.

“O que há de errado?” ela perguntou.

“Você é verdadeiramente linda,” ele disse suavemente. “Você brilha ainda mais ao sol.”

“Você realmente me acha bonita?” ela perguntou novamente.

Ele assentiu. “Assim como eu sempre achei que minha mãe era a mulher mais linda, nossos filhos sentirão o mesmo sobre você.”

Ela riu levemente. “Então, você não é diferente de outros homens que gostam de mulheres bonitas.”

“Sim,” ele disse, “mas só quando essa mulher é minha esposa. Não hesitarei em dizer a ela de novo e de novo o quanto ela é linda e que não há ninguém como ela.”

Seren riu levemente. “Rei Drayce sempre foi bom com palavras. Mas devo dizer, gostei do que ele disse.”

“Então, você não é diferente de outras mulheres que gostam de ser elogiadas por sua beleza,” ele provocou.

“Só quando quem elogia minha beleza é meu marido. Eu adoraria ouvir dele de novo e de novo o quanto sou linda, que não há ninguém como eu.”

Ele sorriu e beliscou sua bochecha ternamente. “Rainha Seren também está ficando boa com as palavras.”

Ela riu feliz. “Aprendendo com o melhor, meu marido.”

Drayce beijou sua testa e disse, “Se você não está mais com sono, vou te levar a algum lugar.”

Seren assentiu, mas então notou algo. “Espere, não estamos em nosso quarto.”

“Não estamos.”

Ela olhou ao redor do quarto. Não era sua câmara no palácio, mas um chalé luxuoso. As paredes de madeira eram bem decoradas, e as janelas tinham cortinas brancas imaculadas que se moviam com a brisa. O teto era adornado com tecidos delicados pendurados no centro e estendidos em direção às paredes. A cama, o colchão—tudo era diferente. Ela até usava uma camisola diferente da noite anterior.

“Minhas roupas?” ela perguntou.

“Eu te limpei e coloquei roupas limpas antes de trazer você para cá,” Drayce explicou.

“Onde estamos?”

“Na montanha.”

“Quando você me trouxe para cá?”

“Depois que você adormeceu ontem à noite.”

“É nosso?”

“Sim.”

“Quero olhar ao redor,” ela disse, tentando se mover, mas então gemeu e sorriu para ele de maneira constrangida. “Parece que vou precisar de ajuda.”

Drayce reprimiu uma risada diante de sua reação envergonhada e a levantou para carregá-la para fora. “Eu nem fiz muito ontem à noite.”

O rosto dela ficou vermelho com o comentário dele. “Foi… não é… muito?”

“Eu te poupei porque era sua primeira vez, mas não será o mesmo depois disso.”

“O que você fará?” ela perguntou, olhando para ele.

Ele olhou para ela, um brilho provocador nos olhos. “Você descobrirá. Por enquanto, não seja tão curiosa e me tente a mostrar para você.” Ele a carregou para fora, e os olhos de Seren quase foram cegados pelo brilho ao redor deles.

Eles estavam em uma montanha nevada, cada centímetro coberto por uma espessa camada de neve. À frente, ela viu um corpo de água cercado por estruturas de pedra brancas.

“Essa é a fonte termal que eu te falei, a destinada ao Rei,” ele explicou.

Ela se lembrou da primeira vez que Drayce a trouxe a uma fonte termal onde crianças estavam brincando. Ele havia usado isso como uma oportunidade para explicar a diferença entre homens e mulheres. Ele lhe disse que todos aqui mergulham nas fontes termais durante ou antes do inverno para melhorar sua imunidade contra o frio. Além das destinadas às pessoas comuns, os reais e nobres tinham suas fontes termais privadas onde os plebeus não eram permitidos.

“Esta aqui é só para nós,” ele repetiu, “este lugar inteiro.”

“É lindo,” ela disse, olhando ao redor. “Vou mergulhar nela?”

Ele assentiu. “É inverno, e não queremos que você fique doente. Isso ajudará a melhorar sua imunidade contra o frio e tem propriedades curativas.”

“Vamos entrar na água agora?” ela perguntou.

“Acho que você talvez gostasse de comer algo primeiro,” ele disse.

Seren tocou o estômago e percebeu que estava faminta. “Tão atencioso da sua parte.”

“Sempre fui, ou você não estaria saindo da cama tão cedo.”

Seren deu um tapa leve no braço dele por palavras sem vergonha, e eles sorriram juntos.

Após se refrescar e comer um pouco, Drayce a levou para a fonte termal.

“Não sei nadar,” ela disse enquanto se aproximavam da fonte.

“Você não precisa nadar aqui. Apenas sente e mergulhe na água morna.”

“E se eu afundar?”

“Não é tão fundo,” ele lhe passou um olhar tranquilizador. “Eu deixaria você afundar?”

Ela balançou a cabeça. “Vamos então.”

Drayce virou-se para encará-la, sua mão movendo-se para o ombro dela. Confusa, ela perguntou, “O que você está fazendo?”

“Você não pode entrar com roupas,” ele disse.

“Isso é uma regra?”

“Sim.”

“Quem criou essa regra?”

“Seu marido.”

Ela entendeu esse homem astuto e disse, “Eu vou fazer isso.”

“Tem certeza?”

Ela assentiu. “Vire-se.”

Ele sorriu malicioso. “Está tímida agora depois de gritar sob mim ontem à noite?”

“Você…” ela franziu a testa. “Apenas vire-se.”

Drayce virou-se. “Me avise quando você estiver pronta.”

Assim que Seren se sentiu aliviada, ela sugou sua respiração mais uma vez, sentindo-a presa em sua garganta. Drayce, de costas para ela, removeu seu manto, deixando-o cair aos seus pés, e caminhou completamente nu para dentro da água. Sua garganta secou ao ver a visão de suas costas do corpo perfeitamente esculpido.

“Não fique apenas me olhando,” ela ouviu Drayce chamar. “Você pode congelar se demorar muito.”

Seren voltou a si rapidamente e removeu seu vestido apressadamente, deixando-o cair no chão. Ela avançou para dentro da água, seus pequenos pés fazendo seu caminho em direção à profundidade. Apesar do clima frio e da neve por toda parte, a água estava perfeitamente quente e reconfortante contra sua pele.

‘É mágico.’
Ela observou Drayce alcançar o outro lado, onde ele se virou e sentou no arranjo de pedra branca submerso na água. Quando ele sentou, a água o cobriu até os ombros.

‘Como ele é elegante, tão perfeito,’ ela pensou, seus olhos incapazes de se afastar dele.

Ele estendeu a mão para ela. “Venha aqui.”

O modo como ele a olhava fez ela instintivamente consciente de que isso não era apenas sobre mergulhar na água. Ela caminhou lentamente em direção a ele, a água cobrindo seu corpo abaixo do peito. Ela aceitou sua mão, e ele gentilmente a guiou para se sentar entre suas pernas, suas costas pressionadas contra seu peito firme.

“N-Não estamos aqui para mergulhar?” ela perguntou, sentindo suas mãos cercarem seu estômago.

“Isso não significa que não podemos sentar juntos,” ele respondeu e mergulhou o rosto no canto de seu pescoço para inalar seu cheiro.

Um arrepio percorreu sua espinha ao saber que tinha sido enganada ou melhor, caído em uma armadilha.