Filha da Bruxa e o Filho do Diabo - Capítulo 42
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42: Revelado! 42: Revelado! Meia hora.
Muitas coisas podem acontecer em meia hora.
Dentro do castelo do Marquês Percy, Drayce e seus homens procuravam onde o general de Thevailes levou o Príncipe Arlan. Havia vários quartos de hóspedes preparados para o general que foram marcados no mapa dado pelo espião abetano, já que parecia que o general tinha a tendência de se movimentar entre o castelo e os quartéis do exército.
Um de seus cavaleiros que conseguiu se disfarçar de servo aproximou-se deles, e Slayer perguntou, “Onde?”
Quando fizeram seus planos para invadir a Fortaleza de Barknor algumas horas atrás, eles consideraram vários cenários como este. Alguns dos cavaleiros que se infiltraram tinham o objetivo de se tornarem olhos e meios para que a equipe de resgate inteira passasse informações oportunas sobre a situação.
O servo-cavaleiro guiou seu caminho para longe do salão de banquetes. No entanto, conforme adentravam mais profundamente no castelo, Drayce percebia que os corredores e passagens estavam silenciosos demais. Só se podia ouvir a algazarra dos soldados comuns lá fora. Não havia patrulhas, nem criadas e servos por perto…
Drayce apertou o cabo de sua espada ao dizer aos seus homens, “Preparem-se.”
Entendendo o que ele queria dizer, os três cavaleiros com ele ficaram mais atentos, suas espadas sendo lentamente desembainhadas enquanto olhavam ao redor do lugar.
Como esperado, um grupo de soldados de Thevailes saiu tanto por trás quanto pela frente do grupo. Suas espadas saíram completamente das bainhas, apenas para se mancharem de sangue assim que os sons de espadas se chocando uma contra a outra ecoaram pelo corredor.
“Slayer!” Drayce chamou o nome de seu cavaleiro de confiança enquanto partia um inimigo em dois.
“Sim, meu senhor?” Slayer perguntou enquanto lidava habilmente com os soldados. Ele sabia que não deveria revelar a identidade de seu Rei, mas também não podia deixar de respeitar seu suserano.
“Vá até Arlan,” Drayce instruiu.
Matando o soldado à sua frente com outro golpe, Slayer partiu com o servo-soldado que sabia onde o Príncipe Arlan estava. Não havia preocupação em seu rosto. Seu Rei era um lutador sem igual em um reino onde a habilidade de batalha era dita ser a mais forte do continente. Embora Slayer fosse seu cavaleiro guardião em nome, com sua força, Drayce Ivanov não precisava de proteção. Ele confiava em seu Rei para lidar com todos, já que ninguém jamais poderia vencê-lo.
A espada de Drayce continuava a massacrar cada um que vinha em seu caminho, enquanto outros cavaleiros disfarçados que se juntaram à batalha também não mostravam misericórdia aos inimigos.
Alguns soldados inimigos tentaram seguir Slayer, mas Drayce não deixou ninguém passar.
Um a um, os soldados perderam suas vidas nas mãos do infame diabo, o Rei de Megaris.
——–
Quando Drayce e seus cavaleiros partiram para procurar o Príncipe Cian, Arlan permaneceu dentro do salão de banquetes e continuou a lidar com o nojento e pervertido general. Cada segundo parecia um ano, mas ele tinha que manter sua fachada de ser uma cortesã. Depois de esvaziar mais algumas taças de vinho, um soldado se aproximou do General Giles.
“General! Tudo está pronto conforme suas instruções.”
Ao ouvir o relatório, o general de aparência porcina sorriu maliciosamente enquanto olhava para Arlan. “E aqui, nosso convidado também está pronto.”
Arlan sentiu que havia algo suspeito naquela afirmação, mas não podia se dar ao luxo de agir precipitadamente.
“Eu fiz um arranjo especial para esta noite, só para nós dois,” General Giles sorriu com desdém.
“Seja o que for, eu me certificarei de que o arranjo valha muito a pena,” Arlan respondeu, seus lábios vermelhos curvados em um sorriso agradavelmente sedutor.
“Mal posso esperar para provar uma beleza como a sua.” Os olhos lascivos do general brilharam com intenso prazer, como se ele não pudesse esperar para apagar a confiança no sorriso de Arlan. “Vamos embora?”
Arlan levantou-se. “Eu não ousaria recusar-lhe, General Giles.”
O general esvaziou o vinho restante em sua taça e levantou-se. O soldado os guiou para fora enquanto os dois caminhavam atrás dele.
“Farei com que você nunca se esqueça desta noite,” o general comentou enquanto atravessavam os corredores.
“Estou ansioso por isso,” Arlan respondeu calmamente, mas através de sua visão periférica, ele continuava a observar os arredores. Seus olhos não falharam em capturar algo, mas ele continuou caminhando silenciosamente.
Arlan havia visto o mapa do espião abetano, e julgando pelas voltas e viradas que tiveram de fazer, percebeu que estavam indo em direção a um dos maiores quartos de hóspedes no ala esquerda do castelo. Logo chegaram ao fim do corredor e se viram em frente a uma enorme porta de madeira ricamente entalhada.
O soldado que os acompanhava abriu a porta e deu um passo para o lado enquanto dizia, “General!”
General Giles olhou para Arlan e sinalizou com a mão como um cavalheiro pedindo ao seu convidado para entrar primeiro. Arlan fez isso, e o general o seguiu. O soldado fechou a porta e, no momento seguinte, espadas foram desembainhadas.
Shwing!
General Giles, que estava perto da porta fechada, tinha sua espada apontada para Arlan, que adotou a mesma postura de combate. Ambos os homens se posicionaram com suas espadas apontadas para a garganta um do outro enquanto sorrisos malévolos adornavam seus lábios.
Arlan tinha uma espada curta que ele escondeu habilidosamente sob seu manto azul. Como a bainha estava amarrada em sua perna, a espada curta podia ser facilmente sacada através da abertura lateral de seu longo manto.
“Príncipe Arlan Cromwell!” General Giles saudou enquanto ria levemente. O homem de aparência porcina olhou para ele como um predador que acabou de capturar sua presa.
Arlan debochou, “De repente, meu próprio nome soou repugnante depois de ouvi-lo de sua boca.”
“Por outro lado, adoraria ouvir meu próprio nome de sua bonita boca. Chamando por mim, implorando por mim…” O olhar do general percorreu a bela pele exposta no pescoço de Arlan. “E acredite, darei a você mais oportunidades assim.”
“Ah, depois que eu terminar com você, acho que posso reservar um tempo para cantar uma canção com seu nome, sobre como você nem mesmo terá um corpo inteiro e um funeral,” Arlan riu. Embora parecesse relaxado, sua mente permanecia alerta para lidar com qualquer movimento do general.
Enquanto os dois trocavam agrexivos gracejos, eles continuavam a se mover dentro do quarto em um círculo, com passos leves e cuidadosos. Suas espadas mantinham-se apontadas uma para a outra, prontas para atacar e contra-atacar a qualquer momento.