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Capítulo 798: Capítulo 798: Resgate
Fu Jian estreitou os olhos. “Velho Mestre Fu?”
Nenhum deles respondeu.
Ele se inclinou para frente, tanto quanto as cordas permitiam, sua voz afiada. “Ele está por trás disso? Me diga a verdade.”
Os dois trocaram um olhar. Então, o que estava encostado na viga disse secamente, “Você pode pensar o que quiser.”
O coração de Fu Jian disparou. “Covardes,” ele cuspiu. “Ele estava com muito medo de nos enfrentar cara a cara, então mandou cães no lugar?”
Em vez de reagir, o homem mais próximo dele puxou um telefone. Ele tocou a tela algumas vezes e o levou ao ouvido.
“Vamos ver o quanto seu namorado é realmente leal,” ele murmurou.
O telefone tocou uma vez.
Duas vezes.
Então, alguém atendeu.
“Sicong,” o homem disse com um sorriso cruel na voz. “Você está procurando por Fu Jian, certo? Bem, nós o temos. E se você quiser ele de volta, você vai ouvir com atenção…”
A chamada telefônica continuou.
“Queremos quinhentos milhões de yuan,” o homem mascarado disse claramente ao telefone. “Traga dentro de vinte e quatro horas. Sozinho.”
Houve uma pausa.
Então a voz de Yu Sicong saiu pelo alto-falante, calma mas tensa. “Preciso de prova de que ele está com vocês.”
O homem trocou um olhar com seu parceiro, depois tocou na tela e mudou para chamada de vídeo. Ele apontou a câmera para Fu Jian, dando zoom em seu rosto.
Fu Jian semicerrava os olhos contra a luz, então viu o rosto de Sicong na tela. Seu coração apertou um pouco ao ver o quanto ele parecia preocupado.
“Fu Jian!” A voz de Sicong ficou mais aguda. “Você está bem?”
“Estou bem,” Fu Jian disse rapidamente. “Não estou machucado. Não se preocupe comigo.”
O sequestrador virou o telefone de volta para si mesmo. “Você o viu. Agora, traga o dinheiro. E nem pense em chamar a polícia. Se você o fizer, garantiremos que ele esteja morto antes mesmo de você passar pela porta.”
Houve silêncio.
Então a voz de Sicong veio novamente—mais baixa dessa vez. “Não machuque ele. Eu trarei o dinheiro.”
Fu Jian interveio. “Sicong, escute. Não venha.”
“O quê?” A voz de Sicong subiu um pouco, afiada de preocupação.
“Não venha,” Fu Jian repetiu. “Apenas me dê vinte e quatro horas. Vou encontrar uma maneira de sair daqui sozinho. Não planejo morrer em algum galpão empoeirado.”
“Fu Jian—” Sicong começou, mas foi interrompido.
“Estou falando sério,” Fu Jian disse firmemente. “Deixe esses caras me manterem aqui por um tempo. Eu vou escapar. Você sabe que sou bom nisso.”
Do outro lado, Sicong parecia chocado. “Não faça nada imprudente. Não se machuque só porque está tentando provar algo.”
Fu Jian sorriu. “Não estou provando nada. Estou apenas poupando você de 500 milhões de yuan.”
Os sequestradores encerraram a chamada logo depois. O homem segurando o telefone virou-se para Fu Jian, mirando ferozmente.
“Você realmente pensa que é algo, não é?” ele rosnou. “Você não acha que vamos te machucar?”
Fu Jian encarou-o calmamente. “No máximo, vocês vão me matar.”
Ele se recostou na cadeira, dando de ombros levemente.
“E se fizerem? Yu Sicong vai garantir que nenhum de vocês veja a luz do dia novamente.”
A sala ficou em silêncio.
Os dois homens ficaram imóveis, e então, quase ao mesmo tempo, o suor frio surgiu em seus rostos.
Um deles praguejou baixo, cerrando os punhos. “Não vamos te matar.”
O outro deu um passo à frente, a voz baixa e furiosa. “Mas se você não calar a boca, vamos garantir que você se arrependa de viver todos os dias. Você não será capaz de andar, falar ou mesmo respirar sem dor.”
Fu Jian inclinou a cabeça, sorrindo levemente. “Bem, então,” ele disse, “acho que vou parar de falar.”
Ele se recostou na cadeira, satisfeito.
Os dois homens mascarados murmuravam um para o outro no canto, claramente abalados. Um deles acendeu um cigarro, andando de um lado para o outro. O outro encostou-se em uma caixa, observando Fu Jian como um falcão.
Mas Fu Jian não estava apenas sentado ali.
Ele estava pensando. Rápido.
Seus olhos examinavam a sala lentamente, captando tudo. A lâmpada piscando acima. As velhas vigas de metal. A pilha de paletes de madeira no canto. Uma mesa de ferramentas enferrujada não muito longe dele.
Suas mãos estavam amarradas atrás das costas, a corda cortando seus pulsos — mas não muito apertada. Ele se mexeu levemente na cadeira, torcendo os pulsos suavemente.
O nó não era profissional.
Ele poderia trabalhar com isso.
“Ei,” Fu Jian chamou de repente. “Preciso usar o banheiro.”
Um dos homens bufou. “Segure.”
Fu Jian deu um suspiro dramático. “Você realmente quer que eu faça xixi nesta cadeira? Vá em frente. Vocês serão os que terão que limpar.”
Os dois sequestradores gemeram em uníssono.
“Só leve ele,” o que estava com o cigarro murmurou, claramente irritado.
O outro cara se aproximou, desamarrou a corda da cadeira, mas manteve as mãos de Fu Jian amarradas. Ele o empurrou em direção a uma porta nos fundos.
“Por aqui.”
Dentro do pequeno banheiro, o sequestrador ficou na porta, observando. Fu Jian fez um show de lutar com suas calças.
“Você pode pelo menos desamarrar minhas mãos? Ou você quer que eu apenas faça uma bagunça?” ele perguntou, levantando uma sobrancelha.
O homem hesitou, então praguejou baixinho e deu um passo à frente.
Grande erro.
No segundo que a corda se soltou, Fu Jian girou, golpeando com o cotovelo o nariz do homem. O cara cambaleou para trás com um grito.
Fu Jian não perdeu um segundo — ele agarrou a borda da pia, arrancou o espelho da parede e quebrou-o sobre a cabeça do cara.
O estrondo ecoou como um tiro.
O homem desabou.
Fu Jian não parou — ele correu para fora da sala, disparando para os paletes empilhados.
O segundo sequestrador gritou e se lançou, mas Fu Jian foi mais rápido — ele empurrou os paletes para baixo atrás dele, criando uma parede de madeira em queda entre eles. O cara tropeçou, batendo na bagunça.
Fu Jian correu para a mesa de ferramentas enferrujada, pegou uma chave de fenda afiada e cortou o último pedaço de corda ainda enrolado em seu pulso. Então ele correu.
Pela porta dos fundos. Na chuva.
O armazém estava no meio do nada, mas uma estrada estreita se estendia ao longo da encosta. Fu Jian correu para cima dela, sem parar para olhar para trás. Cada músculo em seu corpo queimava, mas ele não se importava.
O ar da noite estava frio. Sua respiração vinha em rajadas agudas.
Ele continuava correndo.
Quando os sequestradores irromperam do armazém, gritando na escuridão, Fu Jian já havia ido embora — apenas uma sombra se movendo rapidamente sob a luz da lua.
Dez minutos depois, ele estava correndo pela rodovia. Suas roupas estavam encharcadas, suas pernas doíam, mas sua mente estava mais afiada do que nunca.
Quem fez isso?
Seu primeiro pensamento foi no Velho Mestre Fu. O homem os havia ameaçado mais cedo. Ele tinha motivo, poder e apenas orgulho suficiente para atacar quando encurralado.
Mas então outro nome veio à mente.
Kong Wan.
Fria. Estratégica. Ela tinha mais do que razão suficiente para querer ele fora do caminho — e, ao contrário do Velho Mestre Fu, ela não hesitaria. Ela não piscaria.
Sua mente corria com todas as possibilidades.
Quando Fu Jian estava tentando recuperar o fôlego, faróis cortaram a chuva e a escuridão. Um carro preto acelerou pela rodovia vazia, pneus chiando no pavimento molhado.
O coração de Fu Jian disparou.
Ele tropeçou no meio da estrada, acenando com os braços freneticamente. “Ei! Pare! Por favor!”
O carro desacelerou e parou a poucos metros de distância. O motor roncava suavemente enquanto a janela do motorista era abaixada.
E então — Fu Jian congelou.
Sentado atrás do volante estava Gu Nian.
Suas camisa branca estava desabotoada no colarinho, a chuva batia levemente no teto do carro. Sua expressão era inescrutável.
A respiração de Fu Jian prendeu na garganta. “Gu Nian?” ele perguntou lentamente, confuso e tenso. “O que… o que você está fazendo aqui?”
Gu Nian levantou uma sobrancelha. “Isso é o que eu deveria estar perguntando a você. O que você está fazendo no meio da estrada, parecendo que acabou de escapar de uma zona de guerra?”
Fu Jian estreitou os olhos. Sua camisa estava rasgada, seu rosto ainda sujo de poeira. “Digamos apenas… que encontrei uma situação.”
Gu Nian não respondeu a princípio. Ele apenas olhou para Fu Jian por um longo momento e então suspirou.
Fu Jian apertou a mandíbula. “Se você tem sequer uma gota de culpa nesse coração, me dê uma carona.”
Um lampejo de emoção passou pelo rosto de Gu Nian. Culpa. Talvez arrependimento.
Sem uma palavra, ele se inclinou e abriu a porta do passageiro. “Entre.”
Fu Jian hesitou apenas um segundo antes de entrar. Os bancos de couro estavam quentes contra suas roupas encharcadas. Ele fechou a porta com força —
Clique.
Os fechamentos deslizaram para o lugar.
Fu Jian olhou para a porta, então se virou lentamente para olhar para Gu Nian. “…Por que você trancou?”
Gu Nian manteve os olhos na estrada, segurando o volante. “Apenas um hábito. Não quero ninguém pulando dentro enquanto estou estacionado à beira da rodovia.”
Fu Jian não parecia convencido. Ele encarou o perfil de Gu Nian por um longo segundo, suspeita rastejando em seu ventre como veneno. “…Você sabia que eu estaria aqui, não sabia?”