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Capítulo 794: Capítulo 794: Memórias

“Cinco,” Yu Sicong corrigiu. “Você sempre pedia o macarrão apimentado com carne bovina e fingia não chorar quando eles te faziam lacrimejar.”

Fu Jian piscou.

“E você pedia um segundo ovo cozido, mas fingia que era por ‘proteína,’ mesmo que você realmente gostasse da gema,” Yu Sicong acrescentou com um sorriso.

Fu Jian ficou congelado no lugar. “Você… me observava?”

Yu Sicong deu de ombros.

“Naquela época, eu gostava de você em segredo. Ver você comer era o destaque da minha semana. Você estava sempre quieto aqui, então pensei que este lugar era especial.”

Fu Jian abaixou o olhar, coração batendo desconfortavelmente rápido. “Eu não achei que alguém notasse.”

Yu Sicong segurou a porta aberta.

“Vamos lá. Vamos te conseguir algo real para comer. Sem porções pequenas. Sem elogios falsos. Apenas macarrão.”

Eles entraram juntos. A loja estava quase vazia – apenas um velho sonolento atrás do balcão e o som baixo de uma TV passando reprises no fundo.

O cheiro de caldo rico e massa recém-feita os envolveu como um cobertor.

Eles se sentaram em uma pequena cabine de canto.

O dono os reconheceu. “Quanto tempo! Ainda querem bem apimentado?”

Fu Jian sorriu suavemente. “Sim. E… posso pegar um segundo ovo?”

Yu Sicong recostou-se, observando-o silenciosamente.

Enquanto esperavam pela comida, Fu Jian fixou o olhar na mesa, dedos batendo suavemente na madeira.

Ele ainda não sorriu plenamente. Mas a agudeza em sua expressão havia suavizado.

Depois do jantar na loja de macarrão, a volta para a mansão foi silenciosa, mas não tensa.

O tipo de silêncio em que nenhuma parte sente vontade de preenchê-lo, mas ambas se sentem estranhamente à vontade.

Fu Jian encostou a cabeça novamente na janela, barriga cheia e mente estranhamente aquecida.

Ele não falou, e nem Yu Sicong.

Mas de vez em quando, Fu Jian dava uma olhada nas mãos de Yu Sicong no volante.

Quando chegaram, Fu Jian disse um simples, “Boa noite,” e foi direto para o seu quarto.

O peso emocional do dia – Gu Nian, o confronto no telhado, as memórias despertadas pela loja de macarrão – estava finalmente atingindo-o.

Seus olhos mal ficaram abertos enquanto ele caía na cama.

Na manhã seguinte, a luz do sol filtrava suavemente pelas cortinas do quarto.

Fu Jian se espreguiçou, bocejou, e então se arrastou para fora da cama.

Depois de um banho quente e de trocar de roupa, desceu as escadas de chinelos, esperando a usual manhã tranquila.

Mas no momento em que alcançou as escadas, ele parou abruptamente.

A mansão havia mudado.

Fotos – centenas delas – adornavam as paredes.

Molduras elegantes penduradas com cuidado. Fitas e luzes de fada envolviam os corrimãos das escadas.

Todo o espaço havia se transformado em uma galeria privada.

E todas as fotos eram… dele.

Fu Jian ficou parado, piscando lentamente.

Seus olhos se moviam de uma moldura para outra, cada uma capturando um momento que ele nunca soube que fora registrado.

Havia uma foto dele sentado sob uma árvore, conversando animadamente com amigos.

Outra o mostrava no pátio da universidade, segurando um pequeno buquê e sorrindo suavemente para ele.

Ainda outra o tinha iluminado por um pôr do sol dourado, cabelo levemente bagunçado, olhos sonhadores.

Havia mais: ele rindo, espirrando, concentrando-se em um livro, compartilhando uma bebida com alguém, caminhando sozinho sob um guarda-chuva.

Elas não eram posadas. Nenhuma delas era ensaiada.

Eram reais. Francas. Privadas.

Seu peito se apertou.

Foi então que uma voz falou atrás dele. Calma. Familiar. Quente.

“São lindas?”

Fu Jian virou-se abruptamente e encontrou Yu Sicong de pé próximo à base da escada.

Ele vestia uma camisa simples e calças, parecendo muito casual para alguém que acabou de transformar sua casa em uma exposição de arte.

Fu Jian olhou para ele, olhos arregalados. “Quando você sequer tirou essas fotos?”

Yu Sicong sorriu, quase timidamente. “Secretamente. A maioria delas, de qualquer forma.”

“Você estava… me perseguindo?” A voz de Fu Jian estava parte chocada, parte incrédula, e parte atrapalhada.

“Observando,” Yu Sicong corrigiu com um sorriso. “E documentando. Grande diferença.”

Ele estendeu a mão, pegou a mão de Fu Jian gentilmente e o guiou escada abaixo. “Venha. Há algo que quero te mostrar.”

Fu Jian deixou-se ser puxado, ainda sobrecarregado.

No fundo da escada, um longo corredor foi transformado em uma linha do tempo.

Datas cuidadosamente etiquetadas corriam ao longo do topo, e cada foto tinha uma pequena nota embaixo na caligrafia de Yu Sicong.

“Isso…” Yu Sicong disse, parando em frente à primeira foto, “foi a primeira vez que eu te vi. Primeiro dia de universidade.”

Fu Jian inclinou-se mais perto. A foto era dele falando ao telefone, vestindo um moletom azul fofo, uma mão gesticulando enquanto falava.

Seu rosto estava meio escondido, mas ele parecia radiante—cheio de vida.

“Você estava gritando com seu primo por causa de um carregador perdido,” Yu Sicong acrescentou, rindo.

“Você se lembra disso?” Fu Jian perguntou, voz suave.

“Eu me lembro de tudo,” Yu Sicong disse simplesmente.

Ele os moveu para as próximas fotos.

“Isso é quando você se juntou ao clube de literatura. Você não falava muito, mas sempre trazia lanches.”

“Essa aqui—” ele apontou para outra moldura, “—foi quando você começou a me perseguir. Eu fingia não notar, mas eu percebia. Toda vez.”

As bochechas de Fu Jian aqueceram. “Você sabia?”

“Eu sempre soube.”

Havia uma de Fu Jian enrolado em um banco do dormitório, claramente bêbado, com um sorriso preguiçoso e bochechas coradas.

Outra dele alimentando um gato de rua atrás da cafeteria. Outra em que ele estava andando na chuva, encharcado mas sorrindo.

“Eu tirei essas fotos porque… você era a única parte da minha vida que parecia real,” Yu Sicong disse, parando na última seção.

Sua voz estava mais baixa agora. “Tudo o mais era pressão. Responsabilidade. Mas você…”

Ele parou. Fu Jian lentamente estendeu a mão e tocou uma das molduras, dedos traçando o canto.

“Você realmente se importava tanto assim?” Fu Jian perguntou, sua voz quase um sussurro.

Yu Sicong não hesitou. “Você era tudo para mim. Você ainda é.”

Fu Jian olhou para ele, olhos buscando.

“Então por que… por que você não me aceitou naquela época? Eu te persegui por tanto tempo. Você sabia como eu me sentia. Por que você sempre se afastou?”

O sorriso de Yu Sicong desbotou. Ele olhou para longe, depois de volta novamente. “Porque eu estava com medo.”

Fu Jian franziu levemente a testa. “Do que?”

Yu Sicong respirou fundo.

“Meu pai nunca amou minha mãe. O casamento deles foi apenas… um acordo. Quando minha irmã, Yu Mei, nasceu, ele de repente começou a fingir ser um homem de família. Mas não era por ela—era pela imagem da empresa.”

Ele se encostou à parede, olhar distante agora.

“Ele nunca me olhou. Nunca se importou. Até perceber que eu poderia ser útil. Ser o herdeiro perfeito. Então comecei a trabalhar mais. Sorrir mais. Estudar até tarde. Tornar-me o que ele queria.”

Fu Jian permaneceu quieto.

“Quando cheguei à universidade, conheci você. E pela primeira vez, eu não queria mais ser perfeito. Eu queria… você.”

Ele olhou diretamente para Fu Jian agora.

“Isso me aterrorizou.”

A garganta de Fu Jian apertou. “Porque você percebeu que era—?”

“Gay. Sim.” Yu Sicong assentiu. “Isso me atingiu forte. Eu não sabia como lidar com isso. Então eu tentei lutar contra. Resistir.”

Ele exalou trêmulo. “Um dia, eu liguei para meu pai e contei uma história—disse que era sobre um colega de dormitório que gostava de outro garoto. Apenas para testar sua reação.”

Fu Jian já sabia o que estava por vir, mas seu coração ainda afundou.

“Ele ficou enojado. Disse que se fosse o filho dele, ele o deserdaria. Chamou de antinatural. Disse que envergonharia a empresa.”

O silêncio caiu entre eles.

Fu Jian falou primeiro. “Então você escolheu a empresa em vez de mim.”

Yu Sicong reclamou. “Eu escolhi a sobrevivência. Mas me odiei por isso todos os dias. Sabe qual foi a pior parte?”

Fu Jian o encarou com um olhar inabalável.

“Meu coração não pôde evitar te proteger inconscientemente. Pedi aos meus colegas de dormitório para te protegerem, contratei um cliente falso para te dar gorjetas, te proteger das sombras, tirar suas fotos, e escondê-las.

Quando nos formamos, esperei você ficar bêbado, só para poder roubar um beijo.”

Os olhos de Fu Jian se arregalaram levemente, sua respiração parou. “Você… o quê?”

Yu Sicong desviou o olhar, envergonhado pela primeira vez em muito tempo.

“Sei que soa terrível. Eu não quis tirar vantagem de você. Você estava apenas—desmaiado após a festa de formatura. Todos os outros já tinham ido embora.

Você estava dormindo no telhado, abraçado àquele coelhinho de pelúcia bobo que ganhou na máquina de garra.”

Fu Jian piscou. “Você se lembra daquele coelho?”

“Ainda o tenho,” Yu Sicong disse baixinho.

Os lábios de Fu Jian se abriram, mas nenhuma palavra saiu. Ele podia sentir algo crescendo em seu peito—uma estranha mistura de calor e dor.

“Você estava roncando um pouco,” Yu Sicong continuou, agora com a voz baixa, confessional.

“E suas bochechas estavam totalmente vermelhas por causa da cerveja. Você parecia tão pacífico. Inclinei-me apenas para tirar o cabelo do seu rosto, e então eu… beijei sua testa.

Apenas uma vez. Eu disse a mim mesmo que não contava. Mas eu sabia que contava.”

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