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Capítulo 791: Capítulo 791: Seduzindo Fu Jian
A mulher zombou, cruzando os braços firmemente sobre o peito. Seus lábios excessivamente brilhantes se curvaram em um sorriso.
“Isso é impossível. Ele nunca olhou para você. Ele só tinha olhos para mim. Todo mundo sabia disso.”
A expressão de Yu Sicong mal mudou, mas um lampejo de irritação passou por seus olhos.
“Eu não preciso provar nada para você.”
Mas antes que as coisas pudessem se intensificar, Fu Jian pegou seu telefone. “Eu quero provas,” ele disse em voz baixa.
Yu Sicong olhou para ele, surpreso. Seus lábios se apertaram, mas ele não disse nada. Já que sua esposa queria confirmar isso, tudo bem. Ele não interferiria.
Os olhos da mulher se arregalaram levemente. “Espera, você realmente vai ligar para alguém por causa disso?”
Fu Jian não respondeu. Ele mexeu em seus contatos e fez uma ligação.
Alguns segundos depois, a linha foi conectada. Uma voz brilhante e familiar soou do outro lado, alegre e provocativa.
“Ohoho~ Quem está me ligando tão formalmente? Não me diga que é nossa cunhada! Jian-ge, é você?”
Fu Jian pigarreou, um pouco envergonhado. “Sim. Sou eu.”
Yu Sicong virou-se um pouco, fingindo examinar um pôster próximo na parede, com as orelhas ficando vermelhas.
“Eu preciso confirmar uma coisa com você,” Fu Jian disse, tentando soar neutro.
“Oooh?” a voz no telefone respondeu, claramente sorrindo. “Finalmente quer saber o quão obcecado nosso garoto Sicong era na universidade?”
“Só… me responda direito.”
“Tudo bem, tudo bem. O que você quer saber?”
“Yu Sicong… alguma vez deu instruções para vocês sobre mim? Durante a universidade?”
Houve uma pausa. Então, risadas.
“Oh meu Deus. Ele dava?! Cara, ele nos deu um manual de instruções inteiro sobre você. Nós éramos seus guarda-costas não oficiais para a sua reputação.”
Fu Jian piscou. “Sério?”
“Sério. Aquele cara era completamente apaixonado por você. Mas ele gostava da perseguição, sabe? Gostava de agir com frieza e mistério.
Enquanto isso, pelas suas costas, ele estava destruindo cada carta de amor que você recebia. Nós costumávamos pegá-lo entrando na sua aula cedo só para pegá-las. Ele não queria que você se apaixonasse por mais ninguém por engano.”
Fu Jian olhou para Yu Sicong, que agora estava cobrindo parte do rosto com a mão.
A voz na linha continuou,
“E nem me faça começar a falar sobre como ele costumava destruir suas próprias cartas de amor. Dizia que não queria que você pensasse que ele gostava de outra pessoa.”
A mulher olhou de Fu Jian para Yu Sicong, com a boca levemente aberta em descrença.
“Ah, e lembra quando você estava trabalhando meio período naquele café perto do Portão Sul? Ele costumava ficar por perto, fingindo estar em uma ligação.
Todos. Os. Dias. Apenas para garantir que nenhum cliente suspeito mexesse com você.”
“Espera — o quê?” Fu Jian murmurou.
“Sim. E quando você ficou doente e perdeu várias aulas? Ele fez metade das suas tarefas sozinho. Nós apenas as entregávamos e dizíamos que era de você. Ele até fazia anotações na sua letra.”
Os olhos de Fu Jian se arregalaram.
“Ah, e quando você foi diagnosticado com aquele problema de estômago, ele entrou em pânico como se você estivesse morrendo.
Levantava todos os dias às 5 da manhã para cozinhar aquela papa sem graça que você gostava. Depois fazia com que a gente entregasse no seu dormitório, fingindo que era de algum estudante voluntário.”
Houve uma longa pausa na ligação, preenchida apenas pelo som de Yu Sicong lentamente afundando no chão de vergonha.
“… Isso é o suficiente,” ele murmurou entre dentes.
A mão de Fu Jian apertou o telefone, o coração inchado de emoção silenciosa, embora seu rosto permanecesse calmo. “Obrigado,” ele disse, e então desligou.
O silêncio ficou pesado por um momento.
Então a mulher rebateu,
“Não. De jeito nenhum. Ele nunca olhou para você assim. Todo mundo me shippava com ele. Eu era a musa do campus, lembra? Todo mundo dizia que éramos perfeitos. E-e-ele me amava!”
Yu Sicong a olhou como se ela tivesse começado a falar uma língua alienígena. “Do que você está falando?”
Ela sacudiu o cabelo. “Você disse que o dia da minha admissão foi o dia mais especial da sua vida! 20 de julho!”
“20 de julho?” Yu Sicong piscou, então deu uma pequena risada. “Isso não tem nada a ver com você.”
“O quê?”
“Esse é o dia em que conheci Fu Jian pela primeira vez.”
Tanto Fu Jian quanto a mulher congelaram.
Fu Jian virou-se lentamente para olhar para ele, os olhos ligeiramente arregalados. “… O quê?”
Yu Sicong assentiu, enfiando as mãos nos bolsos.
“Fui tomar um café. Minha carteira não estava comigo, e meu telefone havia morrido. As pessoas na fila estavam ficando irritadas, e eu estava prestes a ficar realmente envergonhado.”
Ele olhou para Fu Jian.
“Então você interveio. Disse que era meu amigo, contou ao barista que eu tinha esquecido a carteira no dormitório, e pagou por mim. Você até me puxou para o lado para que eu não precisasse me explicar para um monte de estranhos.”
Fu Jian piscou. Ele se lembrou daquele momento vagamente—ele tinha ajudado tantos clientes estranhos em seu trabalho de meio período, mas esse claramente marcou Yu Sicong.
O rosto da mulher passou de incredulidade para algo próximo ao horror.
“Você se lembrou disso?” Fu Jian perguntou baixinho.
“Como não poderia?” Yu Sicong deu de ombros.
“Você foi o único que olhou para mim sem expectativas. Apenas um cara ajudando outro cara. E você era bastante bonito.”
Fu Jian olhou para baixo, de repente sem saber para onde olhar.
A mulher bufou. “Isso é ridículo. Você deve estar inventando isso.”
“Não estou,” Yu Sicong disse sem rodeios. “Eu nem me lembro de ver seu rosto naquela época. Talvez estivéssemos no mesmo campus, mas eu nunca reparei em você.”
Os lábios da mulher tremeram. “Mas… eu era popular.”
“E daí?”
Seu rosto escureceu, mas desta vez ela não tinha resposta. Ela lançou um olhar furioso para Fu Jian, mas ele ricocheteou na força tranquila de seu olhar.
“Você deveria ir embora,” Yu Sicong disse abruptamente. “Você já disse o suficiente.”
Ela hesitou, claramente esperando que alguém—qualquer um—defendesse ela.
Ninguém o fez.
Com um último bufar, ela se virou e saiu, seus saltos altos batendo furiosamente pelo corredor.
Quando o som de sua partida se dissipou, o silêncio se estabeleceu entre os dois novamente.
Fu Jian permaneceu imóvel, seus pensamentos uma tempestade silenciosa por trás de seus olhos. As palavras da mulher ainda ecoavam suavemente no ar, mas o silêncio que ela deixou para trás era mais alto. Ele olhou lentamente para Yu Sicong, sua expressão inacessível.
Sem falar, ele inclinou a cabeça ligeiramente, uma pergunta em seu olhar.
Era verdade?
Tudo o que o colega de dormitório havia dito—era real?
Yu Sicong encontrou seus olhos, calmo agora, mais honesto do que havia sido há muito tempo. Ele deu um pequeno aceno, quase imperceptível, mas cheio de significado.
Os lábios de Fu Jian se abriram, então se fecharam novamente. Ele desviou o olhar, sem saber o que dizer.
Por um momento, nada se moveu. O ar entre eles parecia cheio, pesado com anos de falta de comunicação, desejo e devoção silenciosa que nenhum dos dois havia expressado adequadamente até agora.
Yu Sicong deu um passo cuidadoso para frente.
“Então,” ele disse suavemente, quase brincalhão, “podemos continuar o que estávamos fazendo antes de sermos rudemente interrompidos?”
Fu Jian piscou, surpreso. “Não,” ele disse sem rodeios, virando-se. “Você teve sua chance.”
Mas antes que ele pudesse dar um passo completo, Yu Sicong estendeu a mão e segurou seu pulso novamente—gentilmente mas firmemente.
“Ei,” ele disse, com a voz mais baixa agora, “depois de tudo o que eu fiz, não acha que mereço uma pequena recompensa?”
Fu Jian virou a cabeça, semicerrando os olhos.
“Uma recompensa? Você quer uma recompensa por me perseguir, mentir para mim e manipular tudo nas sombras?”
Yu Sicong fez beicinho, só um pouco. “Isso soa pior quando você diz desse jeito.”
“Não force a barra.”
“Eu tenho que forçar,” Yu Sicong disse com um dar de ombros. “Se eu não forçar a barra, vou ficar solteiro para sempre. E isso seria sua culpa.”
Antes que Fu Jian pudesse reagir, Yu Sicong se aproximou e o beijou.
Não foi gentil. Também não foi suave. Foi áspero e faminto, como se Yu Sicong estivesse esperando anos para fazer isso e não soubesse mais como se segurar.
Os olhos de Fu Jian se arregalaram, e ele imediatamente tentou se afastar. Sua mão pressionou contra o peito de Yu Sicong, mas o outro garoto não se mexeu.
O beijo se aprofundou—desajeitado, insistente, cheio de tudo que Yu Sicong não havia dito em voz alta.
Por um segundo, Fu Jian lutou. Seu corpo resistia, ainda segurando mágoas antigas e orgulho teimoso.
Mas então…
Algo quebrou.
Seus dedos se fecharam no tecido da camisa de Yu Sicong. Sua boca suavizou. E lentamente—hesitante—ele retribuiu o beijo.
O mundo parecia ficar quieto.
Desapareceram as pegadas da mulher, o ardor dos velhos rumores, os anos de quase e e se.
Tudo o que restava era isso—duas pessoas que tinham se perseguido em círculos finalmente se encontrando no meio.
Quando finalmente se separaram, ambos estavam sem fôlego.
Yu Sicong sorriu, um pouco atordoado. “Viu? Não foi tão difícil.”
Fu Jian revirou os olhos mas não deu um passo para trás.
“Ainda não te perdoei. Não ouse pensar mais.”
Yu Sicong lambeu os lábios e encarou os lábios de Fu Jian, que tinham ficado um pouco inchados devido ao seu ataque.
“Esposa, é difícil levar suas palavras a sério quando você se parece tão atraente…”