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Capítulo 790: Capítulo 790: Universidade
Assim mesmo. Com um sorriso. Como se ele não fosse nada.
Ele a encarou, atordoado. As palavras dela atingiram seu peito como um soco.
“Eu me importo,” ele finalmente disse, voz baixa, mas trêmula. “Eu me importo.”
Lin Yujiao inclinou a cabeça, ainda sorrindo, mas seu tom se tornou mais afiado. “Então talvez você deveria ter se importado antes, Sênior Yu.”
“Eu me importei—”
“Você não se importou,” ela cortou.
“Você o ignorou. Tratou-o como um detalhe secundário. E agora, de repente, quer fazer papel de amante de coração partido? Não é assim que funciona.”
Yu Sicong abaixou a cabeça, seu maxilar trincado.
Ela não estava errada. Ele havia ignorado Fu Jian. Não apenas uma vez. Muitas vezes. Ele escolheu orgulho, imagem e medo em vez dele repetidamente. Mas ainda assim—
Sua mão apertou a manga de Fu Jian.
“Eu sei que estava errado,” ele disse. “Mas não estou pedindo uma segunda chance de você.”
Seus olhos se ergueram para encontrar os dela, firmes apesar da vergonha neles.
“Estou pedindo a Fu Jian. Apenas a ele.”
Lin Yujiao piscou, pega de surpresa por um momento.
Mas antes que ela pudesse responder, Fu Jian gentilmente puxou a manga de Yu Sicong.
O coração de Yu Sicong despencou.
Fu Jian olhou para os dois, calmo como sempre, embora seus olhos fossem indecifráveis.
“Yujiao,” disse ele suavemente, “obrigado por ter vindo hoje. Mas acho que vamos ter que remarcar.”
Ela franziu a testa. “O quê?”
“Precisar resolver algo primeiro,” Fu Jian disse, então se virou totalmente para ela. “A sós.”
Sua boca se abriu como se quisesse discutir, mas depois de uma pausa, ela engoliu o orgulho. Ela fez uma pequena reverência.
“Claro, Sênior Fu,” disse ela, com a voz fria. “Vou esperar sua mensagem.”
Então, com um último olhar para Yu Sicong—parte satisfeito, parte decepcionado—ela se virou e foi embora.
Os saltos dela faziam um som enquanto tocavam o chão até o som desaparecer pelo corredor.
O silêncio seguiu.
Fu Jian lentamente se sentou novamente.
Yu Sicong, que ainda estava ajoelhado, encarou o chão. Seus ouvidos queimavam. Seu peito se sentia vazio.
Fu Jian não falou.
E o silêncio era de alguma forma mais alto do que a voz de Lin Yujiao jamais tinha sido.
“Eu a odeio,” Yu Sicong finalmente disse.
Fu Jian levantou uma sobrancelha. “Ela estava falando a verdade.”
“Eu ainda a odeio,” ele murmurou. “Ela não tinha direito de dizer tudo aquilo como se te possuísse.”
Fu Jian deu um sorriso seco. “Você foi quem disse que ela não podia trabalhar comigo.”
Yu Sicong olhou para cima, um pequeno beicinho no rosto. “Eu não quis dizer isso. Eu só… eu não gostei do jeito que ela te olhou.”
Fu Jian inclinou a cabeça. “E como ela me olhou?”
“Como se pudesse simplesmente entrar. Como se você fosse algo a ser conquistado. Um prêmio,” Yu Sicong disse rapidamente. “Você não é.”
Os lábios de Fu Jian se contraíram, mas ele não respondeu.
Depois de um longo momento, Yu Sicong acrescentou suavemente, “Você não é o prêmio de ninguém. Nem meu. Nem dela. Mas… eu ainda quero ser o único ao seu lado.”
“Bom que você sabe.” Fu Jian disse suavemente.
Ele olhou para Yu Sicong com um olhar firme, braços cruzados.
“Mesmo se você fosse meu namorado—o que você não é—ainda assim você não teria o direito de me dizer com quem eu posso ou não trabalhar,” disse ele firmemente. “Só porque você sente ciúmes não te dá controle sobre minhas escolhas.”
Yu Sicong se contraiu com a dura verdade nas palavras de Fu Jian, seu beicinho aprofundando-se.
“Mas… eu só—”
Fu Jian não o deixou terminar.
“Estou planejando algo muito maior do que sentimentos mesquinhos,” ele disse calmamente. “Preciso de pessoas habilidosas. Pessoas que possam fazer o trabalho. Se gostam de mim ou não, não importa. Se você gosta delas ou não, importa ainda menos.”
Houve um curto silêncio.
Então Yu Sicong murmurou, “Eu poderia lidar com a família Fu agora mesmo. Rápido e limpo.”
Os olhos de Fu Jian estreitaram ligeiramente.
“Não,” ele disse friamente. “Esta é minha luta. Minha vingança. Vou derrubá-los nos meus próprios termos.”
Yu Sicong abriu a boca para protestar, mas Fu Jian levantou uma mão para detê-lo.
“Não faça. Você sempre se apressa sem pensar. Isso… precisa de precisão. Planejamento. Controle. Coisas em que você nunca foi bom.”
Yu Sicong franziu a testa, mas permaneceu quieto, observando Fu Jian reunir seus documentos e organizá-los cuidadosamente em uma pasta.
Após alguns momentos, Fu Jian se levantou e saiu da biblioteca.
Yu Sicong imediatamente se levantou e o seguiu, passos leves, mas rápidos atrás dele.
Fu Jian soltou um suspiro dramático e olhou por cima do ombro.
“Você não tem nenhum trabalho para fazer?”
“Eu sim,” Yu Sicong respondeu honestamente, alcançando-o para caminhar ao seu lado. “Mas eu não tenho energia agora.”
“Inacreditável.”
“Eu só preciso de um pouco de motivação,” ele disse, inclinando-se com um sorriso travesso. “Talvez um beijo. Isso me recarregaria instantaneamente.”
Fu Jian revirou os olhos tão intensamente que parecia que podia ver o interior do próprio crânio.
“Você é inacreditável.”
Ele começou a andar mais rápido, mas antes que pudesse escapar, Yu Sicong agarrou seu pulso e gentilmente o puxou de volta. Seus rostos estavam agora próximos — mais próximos do que tinham estado há muito tempo.
“Estou falando sério,” Yu Sicong sussurrou, a voz subitamente mais suave.
Os olhos de Fu Jian se fixaram nos dele, e por um segundo, ele não se mexeu. Seu corpo relaxou só um pouco. Lentamente, seus olhos se fecharam.
O coração de Yu Sicong disparou. Ele se inclinou, o fôlego suspenso entre esperança e nervosismo —
“Sicong!”
A voz doce e desconhecida cortou o ar como uma faca.
Ambos congelaram.
Fu Jian instantaneamente deu um passo para trás e se afastou, criando uma distância entre eles como se nada tivesse acontecido.
Yu Sicong, atordoado e zangado, cerrou a mandíbula e lentamente virou-se em direção à voz.
Uma mulher estava a alguns metros de distância, seus cabelos pretos estilizados em ondas perfeitas, brilhando sob as luzes do corredor. Sua pele era pálida como porcelana, seus lábios anormalmente carnudos, seu nariz claramente esculpido pela mão de um cirurgião. Seus olhos azuis gelados cintilavam com auto-importância.
Sua expressão era de confiança e charme, como se acreditasse que pertencia ali, como se dominasse o momento.
Fu Jian enrijeceu ao seu lado.
A mulher sorriu radiante. “Você se lembra de mim, Sicong?”
Yu Sicong a encarou sem expressão. “Não.”
O sorriso dela vacilou.
“Também não estou interessado em lembrar de você,” ele acrescentou, a voz afiada. “Então você pode ir agora.”
Tanto a mulher quanto Fu Jian olharam para ele, espantados por motivos diferentes.
A mulher piscou em descrença. “O quê? Espere — Sicong, eu era alguém próximo a você. Talvez… talvez eu pareça um pouco diferente agora? Mais bonita?”
Ela jogou o cabelo para trás e lhe deu uma pequena risada insinuante.
“Eu era alguém próximo ao seu coração.”
A expressão de Yu Sicong se escureceu, o costumeiro tom provocador desaparecendo dos seus olhos. Ele a olhou como se ela fosse uma estranha na rua.
“Eu não te conheço,” ele disse novamente. Desta vez, sério. Frio.
Do lado, Fu Jian se virou para ele, surpreso.
“Você está falando a verdade?” ele perguntou baixinho.
Yu Sicong olhou para ele e, sem hesitar, assentiu.
“Sim.”
Os olhos de Fu Jian suavizaram apenas um pouco diante da resposta.
Mas a mulher não recuou. Seu olhar se tornou aguçado enquanto de repente apontava para Fu Jian, sua voz se elevando com zombaria.
“O que ele está fazendo aqui?” ela disparou. “Um gay nojento como ele — você ainda está atrás do Sicong?”
Suas palavras estavam impregnadas de crueldade.
A mandíbula de Yu Sicong travou enquanto algo dentro dele se partia.
Mas Fu Jian não reagiu. Ele simplesmente ficou ali — expressão inescrutável, ombros um pouco parados demais, um pouco eretos demais. Era o tipo de imobilidade que vinha de tentar manter o passado fora do rosto.
Ele não disse uma palavra.
Ele não precisava.
Porque Yu Sicong deu um passo à frente.
E sua voz baixou, calma e perigosa.
“Diga isso novamente,” ele disse, encarando a mulher.
Ela piscou, confusa.
“Eu te desafio,” ele continuou, “a insultá-lo mais uma vez.”
Ela abriu a boca, mas antes que pudesse falar, ele acrescentou,
“Você não é nada. Um filtro ambulante com maquiagem demais e zero modos. Não fale dele como se soubesse alguma coisa.”
“Sicong… por que você está defendendo ele? Ele não vale a sua defesa! Toda a universidade sabia que esse gay nojento estava de olho em você desde o primeiro dia!” A mulher gritou.
“Quem disse isso?” Yu Sicong perguntou friamente, “Pelo que me lembro, eu pedi aos meus colegas de quarto para garantir que todos saibam que ele não me deixa enojado de forma alguma. E que eu gosto disso um pouco.”
“O quê?” Fu Jian franziu o cenho, completamente abalado pelas palavras de Yu Sicong.
Yu Sicong assentiu e disse com uma expressão de pesar,
“Bebê, eu juro, eu pedi a eles para protegerem você e até espalharem a palavra de que eu não odeio homens gays de jeito nenhum.”
“Então, a razão pela qual eles me protegeram toda vez na universidade foi porque você pediu a eles?” Fu Jian perguntou em choque.
Suas ações durante a universidade foram muito ousadas e muitas vezes ele foi criticado.
Mas… os colegas de quarto de Yu Sicong sempre o protegeram e até o provocavam chamando de cunhada.
O que era ainda mais hilário era que, toda vez que ele era chamado à sala do diretor, eles o protegiam. Às vezes, até transferiam toda a culpa para Yu Sicong, que ainda assim aceitava a culpa.