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- Capítulo 253 - 253 A Verdade I 253 A Verdade I Ao abrir os olhos respirei
253: A Verdade I 253: A Verdade I Ao abrir os olhos, respirei fundo, meu coração acelerado. O pesadelo parecia tão real, como se estivesse acontecendo bem na minha frente.
Eu me virei para o lado em busca de conforto e calor de Lucas, mas a cama ao meu lado estava fria e vazia.
Onde ele poderia ter ido? Eu me sentei com uma ruga franzindo minhas têmporas e examinei o quarto em busca de pistas. Foi quando ouvi um leve ruído vindo da varanda.
Saí da cama, tremendo com o frio do chão que penetrava meus pés descalços.
Ao pisar na varanda, o ar frio da noite me atingiu, fazendo-me arrepiar.
Abracei meu roupão com mais força e olhei para a escuridão. Meu coração ainda estava acelerado por causa do pesadelo que me acordou.
Senti o cheiro do cigarro no ar, algo muito estranho para mim. O ar frio atravessava meu roupão e eu me abracei apertado.
“Lucas.” Eu murmurei depois de encontrá-lo perto dos trilhos. “O que houve?” Eu perguntei a ele, com um toque de preocupação em minha voz. “Você não consegue dormir?”
Meus olhos voltaram-se para o cigarro em sua mão. Ele nunca gostou de fumar, mas eu o vi fumar algumas vezes quando estava sob incrível estresse.
Ele deu uma tragada profunda em seu cigarro antes de exalar e olhar para mim. “Eu não consigo parar de pensar no que aconteceu mais cedo,” ele disse, sua voz quase um sussurro. “Estávamos tão perto de cair naquela vala e não consigo evitar de pensar no que poderia ter acontecido se algo acontecesse com você.”
Coloquei a mão em seu ombro, tentando confortá-lo. “Mas nós escapamos,” eu disse firmemente. “Estamos seguros agora e é isso que importa.”
Lucas olhou para mim, seus olhos cheios de preocupação. “E se eles vierem atrás de você de novo?” ele perguntou, sua voz vacilante. “E se sua vida estiver em perigo novamente e eu não estivesse lá para protegê-la?”
Respirei fundo, tentando pensar em algo para tranquilizá-lo. “Eu não vou embora, Lucas… Eu sei que você está aqui para me proteger se algo ruim acontecer, então tenho certeza que nada de ruim vai acontecer.”
A carranca em sua testa desapareceu gradualmente.
Com um suspiro, sentei-me em uma das cadeiras.
Sentamos em silêncio por alguns momentos, o único som sendo o farfalhar das folhas e o barulho dos insetos noturnos.
Finalmente, ele esmagou seu cigarro sob o pé. “Você está certa,” ele disse com um pequeno sorriso no rosto. “Eu não vou deixar ninguém encostar em você. Vou protegê-la com toda a minha vida.”
Engoli o nó na minha garganta.
Essas palavras mágicas me trouxeram dor em vez de alegria. Eu sei que Lucas só se importava porque ele pensava que eu era Alexandria, sua esposa.
A culpa inundou-me como uma onda até não aguentar mais e sentir que estava sufocando com minhas próprias mentiras.
As sobrancelhas de Lucas encontraram meu rosto. Ele esperava que eu dissesse algo há algum tempo, mas o silêncio entre nós estava se tornando insuportável.
Finalmente, ele falou. “Aconteceu alguma coisa? Você parece preocupada,” ele disse, sua voz suave e gentil.
Respirei fundo, tentando acalmar meus nervos. “Lucas, há algo que preciso te contar. Algo importante.”
Lucas sentou-se na cadeira estofada ao meu lado. Ele estendeu a mão e segurou a minha, apertando-a com firmeza. “O que quer que seja, pode me contar. Estou aqui para você.”
Olhei para nossos dedos entrelaçados, sentindo-me culpada pelo que estava prestes a dizer. “A questão é que eu não sou sua esposa… Eu não sou Alexandria.”
Ele caiu em um silêncio profundo e interminável. Depois do que pareceu uma eternidade, ele falou: “Você está me dizendo que é gêmea idêntica dela?”
Assenti, as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. “Sim… Eu não tinha a intenção de fingir ser Alexandria. Eu só me vi nessa bagunça depois de perder minha memória… Acreditei que essa era minha vida e que você era meu marido e Niall meu filho… Eu não sabia como te contar a verdade… Tinha medo… Tão aterrorizada que você não entenderia.”
Lucas ficou em silêncio novamente por um longo momento, seus olhos fixos nos meus. “Por que você não me contou antes?” ele perguntou finalmente.
“Porque eu só recuperei minha memória e estou perdida e confusa. Não sabia por onde começar. Mas com as coisas como estão agora, não posso mais esconder a verdade de você.”
“Não queria te machucar,” solucei. “Entenderei se você estiver bravo,” eu disse, minha voz tremendo. “Mas saiba que eu nunca quis te enganar. Eu só… Eu só quero encontrar minha gêmea e consertar a bagunça dela antes de te contar a verdade.”
Eu podia sentir meu coração batendo no peito enquanto esperava sua resposta.
“Não estou bravo,” ele disse suavemente. “Eu sabia, Bella.”
Assim que ele pronunciou essas palavras, senti como se tivesse sido atingida por um raio.
Fiquei olhando para Lucas, incrédula, minha mente acelerada enquanto tentava processar o que ele acabara de dizer. “Como assim você sabia?” eu perguntei, minha voz quase inaudível.
“Quero dizer,” ele respondeu, seu tom calmo e controlado, “que eu sempre soube que você não era realmente Alexandria.”
Senti a cor esvair-se do meu rosto enquanto lutava para encontrar palavras para responder. “Como… como você poderia saber disso?” eu gaguejei.
Ele deu de ombros. “Não foi tão difícil de descobrir. Você pode parecer idêntica à Alexandria, mas não se comporta como ela. Seus gestos, suas palavras, até a maneira como você se porta – tudo é diferente.”
Engoli em seco, meu coração batendo forte no peito. “Então por que você não disse nada antes?”
Lucas suspirou. “Para ser sincero, eu não tinha certeza de como você reagiria e tinha medo de que você fosse embora… Mas agora sinto que preciso te contar a verdade também.”