183: Proposta 183: Proposta Não há como fingir,
Eu te amo,
e eu vou te amar
até o dia da minha morte.

E se houver vida
depois disso,
Eu te amarei então.

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“Senti sua falta, amor…” Ace murmurou perto dos meus ouvidos, seus dedos esfregando minha espinha pra cima e pra baixo. “Não houve um dia depois que acordei do coma que eu não pensei em você. Eu quase enlouqueci esperando o dia em que nos encontraríamos novamente.”

Eu fechei os meus olhos com força até que uma estrela explodisse em minha vista. Se isso é um sonho, eu não quero acordar e perceber que ele se foi. Ficamos separados por muito tempo e isso me destruiria por dentro se eu descobrisse que ele é uma ilusão criada pela minha mente para lidar com a solidão.

“Achei que enlouqueceria também quando você foi levado para a América para a sua cirurgia. Eu estava com tanto medo de que nunca mais te veria.” As palavras saíram dos meus lábios enquanto as lembranças daquela fatídica noite voltavam aos meus pensamentos. O medo, a ansiedade e a tristeza retornaram, me lembrando das noites insones que passei me perguntando se algum dia estaria com ele novamente.

“Calma, amor.” Ele murmurou ternamente, levantando meu queixo para que eu pudesse olhar bem dentro dos olhos dele. “Está tudo acabado agora… deixe o passado no passado… Estou aqui. Eu nunca vou te deixar novamente. Nunca. Eu te amo, Phoenix. Eu nunca amei ninguém do jeito que te amo. Eu vou continuar te amando até nossos cabelos ficarem grisalhos e até não podermos mais andar.”

Seus dedos acariciaram meu rosto, lentamente e com ternura. O suave toque em minha pele fez meu coração se encher de emoções.

Depois de tirar uma caixa do bolso interno do seu smoking, ele pegou um anel, ajoelhou-se na minha frente e sussurrou as palavras “Você quer se casar comigo… de novo?”

A incredulidade me deixou sem fala. Por mais tempo do que o pretendido, fiquei ali com a boca aberta e os olhos arregalados. Eu esperava que acontecessem coisas bonitas esta noite, mas esta inesperada proposta de casamento não estava na lista.

Lágrimas encheram meus olhos. O momento foi tão incrível que demorei um pouco para responder. Limpei minha garganta. Meus olhos encontraram os olhos azuis dele e eu respondi, “Sim, vou me casar com você.”

Enxuguei as lágrimas do rosto com as costas das mãos e estendi minha mão a ele. Ele colocou o anel no meu dedo anelar, que coube perfeitamente como uma luva bem feita. O solitário de diamante brilhava lindamente contra a magnífica luz do lustre.

Ace se levantou quase imediatamente depois de colocar o anel em meu dedo e me envolveu em seus braços, o rosto enterrado no topo da minha cabeça.

Meus braços envolveram sua cintura e minha cabeça se apoiou nos duros músculos de seu peito. Tê-lo tão perto assim me parece o céu.

Levantei a cabeça para ele, nossos olhares se encontraram, a fome e o anseio um pelo outro tomaram conta. Seus lábios desceram nos meus, parecia uma eternidade até o calor de seus lábios tocar os meus.

O beijo foi suave e lento, derretendo meus joelhos como gelatina. Meus olhos se fecharam automaticamente enquanto minhas mãos se agarravam ao seu pescoço para me apoiar.

Seus braços se apertaram em volta da minha cintura, me puxando para mais perto dos duros músculos de seu corpo. Nem mesmo o ar conseguia passar entre nós de tão perto que ele me segurava.

Por um momento, só o beijo importava. A multidão desapareceu, os ruídos se dissolveram à distância e todos os outros deixaram de existir.

Seus lábios se moveram nos meus, instigando uma resposta e apesar da minha timidez, retribuí o beijo com o mesmo entusiasmo. O beijo durou até ficarmos sem fôlego. Se não fosse pelo som dos aplausos e pela ovação da plateia, o beijo duraria mais.

Ace gemeu quando soltou meus lábios. “Senti falta do seu amor e não consigo me cansar do beijo, mas ainda temos convidados para entreter. Deixemos para mais tarde.” Ele sussurrou e piscou para mim.

Um rubor surgiu em minhas bochechas como resposta.

Ele colocou os braços protetoramente ao redor da minha cintura e me levou até o palco onde toda a minha família estava esperando.

Fomos recebidos com aplausos e felicitações não só da minha família, mas de todos os convidados. Ace não conseguia parar de sorrir, mostrando a todos o quão orgulhoso estava pelo meu sim.

Eu, por outro lado, não conseguia parar de sorrir feito uma louca. A sensação de tê-lo no meu aniversário era tão surreal que eu me sentia como se estivesse flutuando no ar.

Perdi a conta de quantas mãos toquei e de quantos beijos recebi nas bochechas. Tenho certeza de que nenhum dos convidados ficará na minha memória quando tudo acabar.

Quando a multidão que nos cercava finalmente se dissipou, Lucas Nicholas, o melhor amigo de Ace, se aproximou. Ele estava usando um terno e uma gravata pretos que lhe caíam bem. Um monte de garotas em cada canto olhava para ele.

Ele havia descartado sua máscara e agora estava com ela nas mãos. A máscara era realmente irritante e, falando nisso, me pergunto onde deixamos as nossas. Provavelmente estavam jogadas em algum lugar no chão.

“Parabéns, Ace,” disse Lucas Nicholas, parando à nossa frente. Pela primeira vez, vi o melhor amigo de Ace sorrir. Os músculos do rosto dele se esticaram um pouco, dando-lhe um ar jovial. Ele então se virou para mim, sorrindo ainda mais: “Parabéns, Phoenix.” Ele acrescentou.

“Você será o padrinho no nosso casamento.” Ace informou.

“Aceito com prazer essa honra.” Lucas respondeu. “Então, quando será o casamento? Preciso preparar o presente com antecedência.”

“Bem, o mais rápido possível, antes que Phoenix possa mudar de ideia.” Ace disse e Lucas deu uma risada.

No fundo da minha cabeça, uma voz dizia que eu jamais ousaria mudar de ideia.

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