177: Secreto 177: Secreto Uma hora depois, a conversa finalmente chegou ao fim e, naquele momento, tudo sobre a Festa de Máscaras já estava resolvido. Claire se certificou de que até o menor detalhe tivesse sido discutido. Ela está determinada a tornar a festa um grande sucesso e eu pude ver como ela está se esforçando ao máximo. Eu realmente apreciei isso.

Claire comeu seu Bolo vulcão contente, um brilho misterioso brincando em seus olhos de safira.

“Mal posso esperar para ver o resultado dos nossos planos.” Foi Arriane, levantando-se lentamente da cadeira após terminarmos a excelente sobremesa. Eu e Claire abandonamos nossos assentos e apertamos as mãos com ela.

“Arriane e eu faremos com que a celebração deste ano seja o dia mais memorável da sua vida.” Claire exclamou, o brilho nos olhos dela ficou mais intenso. Fiquei intrigada, mas guardei as perguntas para mim mesma.

Caminhamos em direção à porta enquanto Claire continua a conversar com Arianne. Um funcionário uniformizado abriu a porta para nós, agradecemos e seguimos para a área de estacionamento para pegar nosso carro.

Depois de nos despedirmos, Arriane subiu no assento do motorista e ligou o motor. Ela estava com pressa, os floristas e o proprietário do serviço de buffet queriam se encontrar com ela para finalizar os detalhes da festa.

Observamos até o carro dela sumir antes de irmos em direção ao nosso.

Me acomodei ao lado do assento do motorista onde Claire estava sentada. Ela estava dirigindo o carro.

O motor rugiu, ganhando vida.

Quando o carro deslizava suavemente sob o céu tranquilo da tarde, Claire falava sobre a festa e como mal podia esperar para me ver descer a escada com o enigmático vestido escarlate.

Ouvi-a atentamente, notando o entusiasmo incansável em seu tom de voz. Não pude deixar de sorrir com carinho toda vez que ela contava algo engraçado. Ter Claire comigo era como ter uma mãe e uma melhor amiga ao mesmo tempo.

“Você tem estado silenciosa, minha querida. Não está feliz?” Ela perguntou, lançando-me um olhar de esguelha antes de voltar a prestar atenção na estrada.

A pergunta repentina me pegou de surpresa. Levou alguns segundos para eu responder: “Estou feliz, Claire. Só sinto muita falta do Ace e queria que ele estivesse aqui comigo para comemorar meu aniversário.” Um suspiro escapou dos meus lábios.

Ela acariciou minhas mãos com carinho, “Você estará com meu filho muito em breve.” Ela disse, virando-se em minha direção. Seu lábio estava sorrindo. Antes de voltar a prestar atenção em dirigir, vi um novo lampejo misterioso em seus olhos.

Quando chegamos à Mansão Crawford
Claire entrou na casa primeiro depois que eu disse a ela que ligaria para Lucas Nicholas e perguntaria como Ace estava.

Adquiri o hábito de ligar diariamente para ele para verificar como estão as coisas com Ace, só para ter certeza de que sua condição estava melhorando. Lucas Nicholas estaria esperando minha ligação.

Com o telefone na mão, me voltei para o jardim e disquei o número dele.

********
Lucas Nicholas estava sentado em uma cadeira na frente de uma janela de vidro. A cidade brilhava lindamente sob uma noite igualmente bela e estrelada à sua frente.

Ele gostava da cena, que lhe proporcionava paz e esvaziava sua mente de Alexandria, sua esposa.

O líquido escarlate luminescente no copo de vinho em sua mão brilhava contra a luz. Isso o encantou a ponto de ele erguer o copo aos lábios e saborear a doçura do vinho vintage. Ele quase fechou os olhos quando o líquido quente escorreu pela sua garganta.

O som do seu telefone vibrando chamou sua atenção. Ele sabia que ela ligaria.

Ele pegou o telefone em cima da mesa redonda ao lado dele e apertou o botão de atender.

Assim como antes, Phoenix perguntou como estava Ace. Ele contou a verdade. “Ace está bem e sua condição está melhorando a cada dia.”

Ela ouviu contente quando ele falou sobre o progresso de Ace. Ela estava tão feliz em ouvir sobre a melhora milagrosa de seu marido que ele podia quase imaginar ela enxugando as lágrimas nos cantos dos olhos enquanto ouvia suas explicações.

“Estou feliz que ele esteja bem. Estou rezando para que sua condição continue melhorando.”

“Você ama o Ace?” Ele perguntou.

Houve uma longa pausa, de surpresa.

“Eu amo.” Ela sussurrou.

“Você já disse a ele que o ama?”

Houve outra pausa curta. “Não.” Ela disse com um tom de arrependimento. “Eu o amo desde os 18 anos e provavelmente vou continuar amando mesmo depois da morte.

“Certifique-se de dizer isso a ele em breve.”

Ele abaixou o telefone na mesa com um sorriso nos lábios.

“Você ouviu, Ace? Ela te ama.” Ele disse sem olhar para o homem sentado à beira da cama e ouvindo em silêncio.

“Eu não sou surdo.” Ace respondeu irritadamente. “Por que não posso ligar para minha esposa?”

“Você estragaria a surpresa que todos prepararam para ela se fizesse isso.” Ele respondeu seriamente. “Bom, pelo menos você ouviu a voz dela.”

“Não foi suficiente.” Ele abandonou a cama, puxou uma cadeira e sentou ao lado dele. Lucas pegou a jarra de vinho e despejou seu conteúdo em um copo, depois o entregou a Ace. Ace acordou do coma quase uma semana atrás e recebeu alta do hospital ontem.

“Você estará com ela em breve.” Lucas prometeu. “Eu já reservei um bilhete. Voltaremos para Cordova nesta quinta-feira.” Ele acrescentou, e Ace respondeu com um suspiro resignado.

“Mal posso esperar, cada dia sem vê-la é uma tortura.” Ele despejou o conteúdo do vinho na boca e lançou um olhar carrancudo a Lucas. “Se não fossemos melhores amigos, eu poderia ter te socado por isso.”

Lucas riu, ignorando o comentário, e perguntou: “Já comprou um presente?”

“Comprei um solitário de diamante para nosso noivado e um par de alianças de ouro.”

“Estou ansioso para ser o padrinho.”

“Vamos torcer para que Phoenix diga sim. Ela vai ficar brava comigo por assustá-la.”

“Boa sorte com isso.” Lucas respondeu, com diversão dançando nos olhos.