170: Lar, Finalmente 170: Lar, Finalmente Meu irmão Ethan dirigia o carro, enquanto o resto dos carros seguia atrás dele. Ao lado dele, o pai se sentava com o olhar fixo à frente na estrada.

No banco de trás do carro, eu estava sentada confortavelmente. Meu olhar dirigia-se à cena que passava pela janela parcialmente aberta do carro.

No lado oposto do carro, Claire estava sentada graciosamente enquanto conversava com a avó que estava sentada entre nós.

As duas mulheres mantinham uma conversa leve enquanto nossa viagem continuava enquanto eu, por outro lado, preferia ouvi-las em silêncio.

O tempo passou e logo avistamos a gigantesca Mansão Crawford. Meu coração começou a bater forte dentro do meu peito e a emoção começou a borbulhar dentro de mim.

Os enormes portões de ferro abriram automaticamente e o carro entrou. Impaciente, esperei até que o carro que Ethan dirigia parasse em frente à mansão.

No momento em que o carro parou, a porta da mansão se abriu. Uma mulher de cabelos pretos curtos, usando um belo vestido rosa floral, saiu pela porta. Quando ela se virou na direção onde o carro havia parado, finalmente pude ver seu rosto. Percebi que era Elisa, minha melhor amiga. Ela tinha cortado o cabelo mais curto e ficou ainda mais deslumbrante.

Carinho brotou dos meus olhos marejados ao olhá-la. Aconchegada sob seu seio estava minha filha Faith, enquanto na outra mão ela segurava a mão de Vien.

Eu saí do carro quase imediatamente, sem esperar que Ethan abrisse a porta para mim. Corri em direção a Elisa com lágrimas abundantes escorrendo pelas minhas bochechas coradas.

Vien começou a chorar enquanto estava de camino até mim. Minha filha estava adorável em seu vestido azul-celeste e sandálias combinando. Seus cabelos compridos estavam presos com um laço da mesma cor que suas roupas.

Eu a envolvi apertada em meus braços, como se nunca quisesse soltá-la. As semanas em que estive longe pareceram meses muito longos para mim. Pensei que nunca seria capaz de segurá-la em meus braços.

Agora que a estou segurando, tenho uma sensação celestial e nunca quero que esse momento acabe, com medo de que tudo acabe sendo apenas um sonho.

“E-eu s-senti s-saudade, mamãe”, disse Vien depois de um breve momento. Eu lhe dei um doce sorriso e beijei suas bochechas rosadas. Notei que sua fala melhorou um pouco. Não é tão lenta quanto antes. Graças à terapia, ela agora pode falar claramente, mesmo que gagueje.

“Também senti sua falta, Vien”, respondi, enxugando as lágrimas no canto dos olhos. “Mamãe nunca mais vai te deixar”, prometi sem tirar os olhos dela. Aconteça o que acontecer, não vou deixar meus filhos novamente.

Elisa estava cheia de sorrisos quando me virei em sua direção. Seus olhos estavam arregalados e brilhando com lágrimas enquanto ela me olhava.

Meus olhos observadores percorreram seu rosto radiante. Ela estava deslumbrante e parecia mais radiante do que o sol brilhando no céu azul claro. Não precisava fazer mais perguntas para saber que algo bom aconteceu na minha ausência. Ela parecia claramente apaixonada.

Segurei a mão de Vien e a conduzi na direção de Elisa. Soltei temporariamente a mão de Vien quando chegamos ao seu alcance.

“Estou feliz que você finalmente esteja aqui.” Elisa sussurrou, entregando-me Faith, que me olhou com olhos inocentes e arregalados, se contorcendo de animação. “Sentimos sua falta.” Ela acrescentou e me deu um abraço rápido.

“Também senti falta de vocês”, respondi sem tirar o olhar do anjo em meus braços que continuava a balançar os braços de alegria, como se sentisse que a mãe estava de volta após um longo período de ausência.

A ternura cresceu dentro de mim enquanto segurava minha bebê nos braços. Na noite em que Vince tentou nos matar, eu e Ace, pensei que nunca mais teria a chance de segurar Faith outra vez. Até pensei que nunca mais teria a chance de vê-los novamente. Felizmente, Deus foi tão bom que não permitiu que o mal vencesse.

Angela foi morta. O pai de Ace foi envenenado. Samantha cometeu suicídio. Vince levou um tiro no coração e morreu na hora. Eles provaram que o mal nunca vence. O destino deu-lhes o carma que mereciam.

Agora que as pessoas que me fizeram infeliz todos esses anos estão mortas, posso viver em paz com meus filhos.

Dei um beijo nas têmporas de Faith, o que a fez dar gargalhadas. Um largo sorriso se estendia nos meus lábios enquanto olhava para seu rosto angelical.

Meus pensamentos foram interrompidos quando Ethan pigarreou. Quando levantei meu olhar para ele, meus olhos se arregalaram ao vê-lo de pé ao lado de Elisa, com os braços envolvendo protetoramente sua cintura fina.

Um sorriso gigantesco se espalhou em seu rosto e um rubor subiu às suas bochechas quando seus olhos encontraram os meus. Seus olhos cor de tinta brilhavam. Ele tinha a aparência exata de um homem apaixonado.

“Phoenix, Elisa e eu nos casamos.” Ele anunciou, o rubor nas bochechas se aprofundou. “A verdade é … Na verdade, nós fugimos e nos casamos.”

Meus olhos se arregalaram com a revelação. Fiquei tão feliz pelos dois. Estou emocionada ao saber que eles se reconciliaram.

“Estou tão feliz por você, Ethan”, eu disse e baguncei os cabelos dele como uma irmã mais velha faria. “Estou feliz que vocês dois acabaram juntos.” Meus olhos se estreitaram e mudei o tom para o de uma irmã rigorosa. “Só não parta o coração dela de novo ou quebrarei seus ossos”, acrescentei, ao que Ethan respondeu com um sorriso maroto.

“Eu não vou.” Ele prometeu sinceramente e, ao ouvi-lo dizer isso, finalmente acreditei que ele cumpriria suas palavras. “Eu não vou fazer nada para magoá-la e nosso bebê.” Ele disse, para minha surpresa, e quando meu olhar se voltou para Elisa, ela me deu um sorriso confirmando o que seu marido dissera.

Eles estão esperando um filho. Um menino.