Ex-Esposa Grávida do Sr. CEO - Capítulo 151
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151: Evidência 151: Evidência Engoli o nó na minha garganta e me forcei a continuar lendo a carta.
“De todas as pessoas, por que você? Sei que, ao ler esta carta, você está se perguntando a mesma coisa. Para ser honesta, nem eu sei a resposta. Apenas senti que poderia confiar em você… Você é uma pessoa boa, Beatrix. A bondade transbordante em seu coração era algo que eu admirava. Você é alguém que eu nunca poderia ser, mesmo tentando com todas as minhas forças. Eu sou apenas uma personagem secundária que nunca deveria ser feliz…. E essa foi a minha maior frustração na vida.
Só queria ser feliz…. Mas parece que isso nunca foi para mim. Passei a minha infância tentando deixar todos felizes até perceber que era apenas uma ilusão. Não há coisas boas no mundo… Apenas pessoas ruins…. Acho que deixei o lado escuro da vida conquistar o que restou da minha luz e, antes que eu percebesse, me tornei o personagem mais odiado na história de outra pessoa.
Se eu me arrependo de algo em minha vida, é ter-me permitido ser um instrumento usado para destruir você. Fui uma marionete por tanto tempo que esqueci como era sentir-me viva. Eu machuquei você… Não uma vez, nem duas, mas várias vezes… E isso seria razão suficiente para que você não me perdoasse facilmente. Mas quero que saiba que me arrependo de tudo, mesmo que seja tarde demais. Nenhuma quantidade de palavras seria capaz de expressar meus infinitos arrependimentos.
Peço um favor, não para mim, mas para o bem-estar do meu filho. Eu sei que é pedir demais, mas eu imploro.
Samantha conseguiu me matar e, em breve, ela irá caçar o meu filho e matá-lo também. Você deve agir rápido antes que ela o faça. Assegurei a evidência dentro do meu carro. A localização do carro está desenhada no verso dessa carta. Por favor me ajude… Você sabe o que fazer com a evidência.
Neste momento, não tenho mais nada a esconder…. Samantha queria me ver morta porque sabia que eu revelaria a verdade de que não era Vince quem era o pai do meu filho, mas Ybbrahim Greyson- seu marido. Ela permitiu que seu marido me usasse e abusasse de mim. Para se proteger e para manter a verdade escondida, ela me matou….
Mas mesmo depois de morta, terei certeza de que ela pague pelos seus crimes. Você é a minha única esperança, Beatrix… Por favor, ajude o meu filho.
***
Fiquei olhando para o papel em minha mão, com os olhos arregalados e sem piscar. O que diabos eu acabei de ler? Estou tendo dificuldade para digerir tudo na minha mente.
Isso é… um choque enorme para mim.
Nem sei como reagir depois de perceber que o pai de Ace é também o pai do filho de Ângela. Basicamente, isso faz da criança o irmão mais novo de Ace.
Que inferno… Sim… Isso parece confuso demais.
Minha boca se abriu, mas quando tentei falar não saiu nenhum som. Talvez, eu já tenha engolido a minha língua.
Catarina Graça, que estava sentada ao meu lado, tinha uma expressão engraçada no rosto. Ela estava tão surpresa quanto eu.
Bem, quem não ficaria surpreso depois de descobrir a verdade?
Finalmente pude determinar o motivo de Samantha. Praticamente, ela matou Ângela porque ela não estava mais disposta a cooperar. Depois que Ângela ameaçou revelar a verdade (que na verdade era Ybbrahim Greyson quem é o pai de seu filho) Samantha a matou porque não queria que ninguém soubesse que tudo era culpa dela.
Meus dedos apertaram o pedaço de papel. Por causa do que Samantha fez, Ace foi acusado de assassinato!
E agora? Sabemos quem é a assassina e descobrimos o motivo que ela tem, mas não temos provas. Não podemos provar nada… bem, a menos que encontremos a evidência logo.
“Phoenix?”
Quando não respondi, Catarina Graça segurou meus ombros firmemente, como se me dissesse silenciosamente que tudo ficaria bem e que, não importa o que acontecesse, ela me ajudaria a provar a inocência de Ace.
Levantei o olhar para o dela, vi preocupação em seus olhos expressivos. Não estive com ela por muito tempo, mas sinto como se a conhecesse minha vida toda. Talvez por ser honesta, bondosa e autêntica. Ela é alguém que está disposta a proteger todos que estão próximos dela. Tenho sorte de ter encontrado uma amiga genuína.
“Você está bem?” Catarina Graça falou suavemente. Ela levantou os dedos até meu rosto e arrumou o cabelo desalinhado atrás das minhas orelhas.
Abri minha boca para dizer ‘sim’, mas minha garganta estava tão seca que as palavras saíram em um sussurro quase inaudível.
Sem dizer uma palavra, Catarina Graça me entregou um lenço.
Eu queria perguntar para que o lenço servia quando uma lágrima escorreu pelo meu rosto antes de cair no papel que ainda segurava firme nos meus dedos.
Fiquei surpresa ao descobrir que eu estava chorando…
Que droga. Não consigo nem parar minhas lágrimas de caírem.
“O-obrigada…” Respondi roucamente, pegando o lenço de sua mão. Usei o pano para enxugar a umidade em minhas bochechas coradas.
Ângela não é perfeita… e ninguém é. Eu, assim como todos os outros, nasci com muitos defeitos e imperfeições e por isso, não tenho o direito de julgar ninguém.
Ângela cometeu muitos erros, mas isso não muda o fato de que ela é mãe e as mães são sempre superprotetoras de seus filhos. Fariam de tudo para protegê-los.
Como mãe de dois filhos, posso compreendê-la claramente e, por amor a ela, vou proteger o filho dela garantindo que Samantha apodreça atrás das grades por tê-la matado.
Constrangida ao perceber que Catarina Graça ainda estava me olhando, sequei rapidamente as minhas bochechas. Eu não quero que ela me veja chorar.
Lentamente, respirei fundo e soltei um suspiro profundo. Repeti o processo até que as minhas emoções se acalmassem.
Depois de me acalmar, levantei o olhar para Catarina Graça sentada no assento do motorista. “Não quero mais perder tempo. Devemos encontrar a evidência antes que Samantha o faça.” Falei de maneira surpreendentemente calma.
“Mas… e você? Você vai ficar bem?”
“Sim, Gata. Obrigada pela sua preocupação. Eu consigo lidar com minhas emoções agora.” Respondi, forçando um sorriso nos meus lábios na esperança de que ela acreditasse em mim.
Ela concordou com a cabeça. Seus olhos estavam cheios de compreensão.
Catarina Graça não discutiu. Ela nem fez mais perguntas, o que agradeço. Ela apenas me deu um sorriso suave e encorajador que ajudou a aliviar um pouco do meu estresse.
Ela ligou o motor e focou sua atenção na estrada.
Demoramos uma viagem de 30 minutos para chegar ao local desenhado no mapa. O esboço de Ângela era muito detalhado. Ela também incluiu marcos notáveis e isso nos ajudou muito a encontrar o lugar. Não tivemos dificuldade em encontrar o local exato a que ela se referiu no mapa.
O carro parou numa região cercada de árvores. Enquanto eu saía do carro
meus olhos apertados observaram a área, perguntando-me se seria seguro para nós vagarmos livremente. Poderíamos ser acusados de invasão de propriedade. Mas a lógica me disse que não há nenhum aviso em lugar algum, então deve ser seguro.
O local era perfeito para manter algo escondido por causa da grande distância das casas residenciais. Quem diria que um carro estaria em algum lugar nesse crescimento denso de plantas selvagens e árvores espessas.
Angela se certificou de que Samantha não seria capaz de encontrá-lo caso ela soubesse que a evidência contra ela existe.
Ouvi o som do carro abrindo e fechando. Alguns segundos depois, Catarina Graça saiu do carro e sentou-se ao meu lado. Sua atenção estava no mapa que ela agora segurava.
“Você acha que pegamos a direção certa?” perguntei, lançando-lhe um olhar de lado antes de verificar novamente os meus arredores pela segunda vez, apenas para verificar se estamos sozinhas.
“Não poderíamos estar erradas. Este é o lugar.” Ela respondeu e avançou alguns passos à frente, depois apontou para o tronco de uma árvore antiga amarrada com uma fita vermelha fina. “Este é o marco que Ângela estava se referindo. Só precisamos seguir isso.”
“Estou pensando se essa propriedade é particular… podemos ser acusados de invasão.” acrescentou ela distraidamente, mas continuou avançando.
Exatamente o que pensei a pouco tempo, refleti enquanto seguia atrás dela.
Seguimos as instruções detalhadas no mapa. As instruções eram muito específicas: só precisávamos seguir o rastro de fitas vermelhas amarradas nas árvores, o que foi fácil, mas o único problema que encontramos é que as árvores com fitas ficavam bem separadas umas das outras e, às vezes, era um pouco difícil encontrá-las.
Depois de quase uma hora de busca tediosa, finalmente encontramos o carro de Ângela.