- Home
- Eu transmigrei e ganhei um marido e um filho!
- Capítulo 997 - Capítulo 997: Apenas me salve então
Capítulo 997: Apenas me salve então
“Solta ela! Eu disse para soltar!!”
BANG!
Hera puxou o gatilho sem pensar, acertando o teto do carro. Dessa vez, ela conseguiu parar o Dragão. Ele virou a cabeça lentamente, apenas para ver a fumaça saindo do cano enquanto Hera apontava para ele novamente. Céu, por outro lado, deslizou seus olhos em direção a ela.
“Solta ela!” Hera repetiu, desta vez mais alto. “Se não soltar, eu atiro!”
“Hah.” Dragão zombou, soltando o pescoço da Céu lentamente.
O corpo inteiro de Hera tremia, observando o Dragão recuar lentamente. “Saia de —” Antes que Hera pudesse terminar a próxima instrução, Dragão de repente pulou em sua direção e na de Céu também.
“Kyah!” Hera gritou e soltou a arma, apenas para o Dragão pegá-la. Por sorte, Céu foi rápida em reagir e agarrou a pistola, impedindo que o Dragão atirasse.
“Solta isso!” Dragão rugiu, mas Céu segurou a pistola com mais força.
“Sai daqui, Céu!” Hera rosnou de volta, mantendo seus olhos no Dragão enquanto segurava a pistola entre eles. “Para de ser burra e sai agora!”
Screech!
Os três foram jogados para o outro lado quando o carro derrapou de repente. Céu e Dragão bateram, se chocando contra as paredes do veículo, enquanto Hera conseguiu se agarrar na maçaneta. Hera se recuperou rapidamente, virando a cabeça por instinto, apenas para ver seu carro se afastando do outro lado da mureta.
Céu não estava mais dirigindo, nem tentando manobrar o carro. Ela estava muito ocupada lutando com o Dragão em um espaço tão pequeno. No entanto, nenhuma delas pensava mais nisso por causa da situação. Mas agora isso atingiu Hera. Por que, Céu não parava de gritar para ela sair.
“Não consigo parar!” de repente, os gritos fracos de Coringa foram ouvidos. “Vocês tem que sair!”
“Mandei parar!” Céu ruge, pulando em cima do Dragão quando tentou pegar a pistola que haviam derrubado. “Coringa, que diabos você está fazendo?!”
“Foda-se fugir! Você tem que sair daí antes que eles me peguem! Apenas me salve depois!” Coringa gritou de volta. Pelo som da voz, parecia que ele estava ficando sem tempo. “Vou dirigir e achar um lugar seguro para você pular! Trinta segundos, vocês vão chegar em um solo macio.”
“Esse idiota…” Céu range os dentes, ainda lutando com Dragão. Sem olhar para Hera, ela gritou, “Você ouviu ele? Um dos meus homens está arriscando para nos salvar! Pule quando ele disser para pular!”
“Não vou deixar ela —”
Céu soltou o Dragão e levantou o cotovelo, acertando o queixo dele para cima. Sangue escorreu, tanto de Céu quanto de Dragão, causando ferimentos por causa da luta. Lutar dentro do carro era um transtorno. O espaço era pequeno e os movimentos limitados. Se tivessem sorte, poderiam desviar dos ataques. Mas na maior parte do tempo, não tinham escolha senão receber os golpes.
“Cinco segundos!” Coringa gritou mais uma vez. “Dois — pulem!”
As quatro portas de repente se abriram, quase fazendo todos caírem.
“Céu!” Céu gritou. “Sai!”
“Sai!” Coringa também gritou, mas sua voz dessa vez quase não chegou a lugar nenhum.
“Não vou deixar você — ugh!” Dragão grunhiu enquanto Céu torcia o braço dele.
“Céu!” Céu gritou novamente, só para ouvir Coringa gritando também. “Chefe! Você tem que sair! Deixe ela!”
“Agora!”
Hera hesitou, confusa e em pânico. Céu continuava gritando enquanto Dragão aproveitava as oportunidades para detê-la.
“Pela primeira vez! Me escute!” Céu berrou e Hera fechou os olhos. “Pula! Cubra sua cabeça e pule!”
Hera fechou os olhos e segurou a respiração. Após todos os gritos, grunhidos, maldições, o som do motor e o vento forte, Hera finalmente conseguiu bloquear tudo. Quando ela reabriu os olhos, assentiu para Céu.
Ela não sabia por quê, mas naquele breve momento em que se olharam, Hera sabia que Céu pularia com ela.
“Merda!” Coringa xingou uma vez mais. “Estou virando! Pule agora!! Ou vai ser perigoso demais se você chegar no concreto! Porra… eles estão aqui.”
“Céu!” Céu gritou. “Agora!”
Sem pensar em mais nada, Hera segurou a respiração e pulou do carro. Ela manteve os olhos em Céu, que também pulou longe do Dragão, lançando-se para fora do carro. Mas, infelizmente, Dragão conseguiu agarrar o tornozelo da Céu e puxá-la de volta.
“Hera…” Hera sussurrou e antes que ela percebesse, a dor a atingiu de todas as direções.
Ela rolou pelo chão úmido, cobrindo-se de lama. Seu corpo instintivamente se contraiu, protegendo sua cabeça mesmo antes que ela pudesse pensar nisso.
“Ugh…” Hera gemeu assim que parou de rolar, agarrando a lama enquanto forçava os olhos a se abrirem. Assim que o fez, avistou o corpo de Céu voando para fora do carro e então viu Dragão ainda dentro do carro, com as mãos esticadas como se a tivesse empurrado para fora.
“Hera…” ela sussurrou, observando Céu quicar pesadamente contra o concreto e rolar.
Tudo havia acontecido tão rápido, mas, aos olhos de Hera, parecia em câmera lenta. Ela quase podia contar quantas vezes Céu batia a cabeça e como o sangue espalhava por toda a Céu cada vez.
“Hera…” ela murmurou, estendendo a mão com grande dificuldade.
O som dos tiros ecoou no ar, sincronizando com o som dos carros se aproximando. Hera piscou fracamente e viu outra figura rolando no chão. Mas ao contrário de Céu, o salto do Dragão foi planejado.
BOOM!
O sedã explodiu quase que imediatamente, deixando Hera por um momento surda. A próxima coisa que ela sabia, viu alguém arrastando Céu e outra rajada de tiros.
“Não… leve… ela…” ela sussurrou enquanto lentamente perdia a consciência. “… desculpa.”
*******
Ao mesmo tempo…
Coringa respirou fundo, esgotado, e fechou os olhos. Ele estava agachado atrás de um pequeno pilar no telhado, com um dispositivo em seu colo que mostrava uma linha de desconexão. Antes de sua conexão com Céu ser cortada, ele sabia que as coisas não haviam saído como planejado.
“Ela deveria ter a deixado sozinha. Se fizesse isso, as coisas não estariam tão ruins. Agora, como ela vai me salvar?” ele murmurava para si mesmo, reabrindo os olhos e levantando o olhar para as inúmeras pessoas que o cercavam. “É muita arma para derrubar um homem. Estou lisonjeado.”
Coringa sorriu, contemplando as armas apontadas para ele. Após um segundo, algo sólido atingiu sua têmpora e sua consciência escorregou de sua mão ali mesmo.