Eu transmigrei e ganhei um marido e um filho! - Capítulo 974
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Capítulo 974: Ah, juventude. Que coisa boa de se ter.
“Eu tenho que resolver isso. Só assim eu posso seguir em frente.”
Uma fina camada de lágrimas cobria os olhos de Ivy, olhando para baixo na mão que segurava a dela. Ela segurou sua mão de volta, engolindo a tensão em sua garganta enquanto olhava para ele.
“Então eu esperaria,” ela forçou a sair sua voz. “Quer dizer, eu não esperaria. Eu faria o que planejamos inicialmente. Eu vou seguir em frente — devagar, como uma tartaruga. Aí você me alcança. Você não disse que corre rápido?”
Ao ouvir seus comentários, Tigre quase se engasgou com a própria respiração. Ele só podia olhar para ela, segurando seu rosto e acariciando sua bochecha com o polegar.
“Eu posso morrer,” ele sussurrou impotente, quase ouvindo o coração dela afundar. “É o que eu planejo.”
“O quê?”
“A morte do Dragão e do Dimitri não vai aplacar minha raiva. Vou começar com eles, mas não vou parar por aí,” ele explicou com grande dificuldade. “Esses dois podem ser nossos inimigos agora, mas ainda há pessoas lá fora prontas para atacar a qualquer momento.”
Tigre fez uma pausa enquanto respirava fundo, balançando a cabeça levemente. “Eu vou matar todos eles, um por um, até o submundo inteiro ser exterminado.” Basicamente, os inimigos dos Ceifadores eram mais de cinquenta por cento das pessoas no submundo.
Mesmo que os Ceifadores não fizessem nada contra a maioria deles, todos viam cada membro dos Ceifadores como uma ameaça. Logicamente, todos acreditavam que, para tirar a autoridade restante das mãos de Hera, todas as pessoas de confiança dela deveriam morrer.
Se Heaven acabasse em estado vegetativo, Tigre e os membros restantes dos Ceifadores que não estavam sob as ordens do Dragão iriam com tudo. Não apenas para acertar as contas, mas para dar a segurança que buscavam para os filhos dela. Embora Dominic tenha conversado com eles, dizendo que eles eram membros tão preciosos da família dela, era o mínimo que poderiam fazer.
Para proteger aqueles que ela tentava proteger, e também aqueles que eles queriam proteger.
“Então…” Tigre fez uma pausa enquanto forçava um sorriso, assentindo para ela. “Continue fazendo o que você faz. Não espere, mas continue seguindo em frente, sem olhar para trás.”
Ivy balançou a cabeça enquanto uma lágrima descia por sua bochecha. Ela mordeu os lábios com força, olhando para baixo, segurando suas lágrimas. Quando ela levantou seus olhos lacrimosos novamente, ela apertou as mãos dele.
“Por favor…” ela sussurrou. “… não faça isso.”
“Ivy.”
“Eu vou continuar seguindo em frente como planejado, mas prometa que você vai me alcançar,” ela pediu entre respirações entrecortadas. “Mesmo que seja uma mentira, mesmo que você saiba que não vai cumprir, prometa que você vai me alcançar.”
Os olhos dele se suavizaram, enxugando suas lágrimas com o polegar. “Eu sinto muito.”
“Eu não quero isso.” Ela balançou a cabeça. “Não se desculpe. Não é isso que eu estou pedindo.”
Tigre abriu a boca mas acabou fechando novamente. Mentir era algo que ele podia fazer sem piscar. Mas ele não podia fazer isso com ela. Ivy tinha passado por muito e finalmente teve a coragem de fazer algo por si mesma sem a validação das pessoas.
Como ele poderia mentir e deixá-la presa em um lugar? Esperando impotentemente por alguém que talvez não voltasse?
‘Eu deveria ter ouvido ela,’ ele se dizia. ‘Se eu tivesse a ouvido antes e não racionalizado meus sentimentos e ações, Ivy não estaria sofrendo tanto.’
Embora Ivy estivesse disposta a aceitar a vida caótica que ele tinha, ele não tinha coragem de oferecer tal vida a ela. Ela merecia o melhor. Ela merecia mais do que ele podia oferecer. Ivy poderia argumentar e dizer o contrário, mas qualquer pessoa racional entenderia que seus sentimentos estavam simplesmente turvando seu julgamento.
Isso era o melhor, não apenas para ela, mas para ele também.
“Eu sinto muito,” ele sussurrou, puxando-a para seu abraço. “Eu sinto muito, muito mesmo.”
Ivy agarrou suas costas, abafando seus soluços enquanto enterrava seu rosto em seus ombros. Tudo o que ela conseguia ouvir era seu pedido de desculpas e não a falsa esperança que tentava extrair dele. Quem diria que uma das características — sua honestidade — pela qual ela se apaixonou por ele, também a machucaria tão profundamente?
Ah, como ela desejava que ele mentisse.
Ele não precisava se esforçar tanto para mentir, porque ela já planejava acreditar. Mesmo que fosse tolice. Pelo menos ela tinha algo para odiar nele. Mas ele não o faria. Assim, era ainda mais difícil deixá-lo ir ou aceitar o fato de que ele poderia não durar muito neste mundo.
Lágrimas umedeciam seus ombros, dando tapinhas em suas costas trêmulas gentilmente. Tigre olhou para cima e fungou forte, mal se segurando.
‘Vai melhorar,’ ele se dizia. ‘Ela só vai sofrer agora, mas eventualmente… vai melhorar.’
Ele não tinha coragem de dizer isso na cara dela, no entanto. Ele já havia decidido o melhor curso de ação. Tentar dizer palavras de conforto para ela só pareceria uma tentativa de invalidar seus sentimentos.
Por um longo tempo, Ivy soluçava silenciosamente em seu abraço enquanto ele a abraçava pacientemente. Quando ela se recuperou um pouco, ela se afastou dele e olhou para ele. Tigre enxugou suas lágrimas com o polegar, sem dizer nada.
“Quando é isso?” ela perguntou através de sua voz trêmula. “Quando você planeja partir?”
“Hmm?” Tigre ergueu as sobrancelhas antes de responder. “Assim que tudo estiver em andamento. Não há um dia exato, mas não vai demorar.”
Ivy assentiu em compreensão e então forçou um sorriso. “Então, até lá… devemos estar em um relacionamento?”
“Huh?”
“Quero dizer, você está falando como se tivesse certeza de que vai morrer. Pode ser tolice perguntar, mas você pode ser meu namorado?” O canto dos olhos dela se apertou um pouco em contraste com as lágrimas em suas pontas. “Eu não consigo te odiar mesmo que você me machuque. Então, eu posso também te amar o máximo que eu puder até você desaparecer de mim. Mesmo que por um pouquinho e mesmo com o mero título de ser um amante, deixe-me segurar em algo para continuar.”
“Ivy…” Tigre fez uma pausa, sem palavras enquanto olhava para ela com uma expressão de piedade. Um suspiro fundo escapou dele, rindo sem graça. “Somos estúpidos, não é?”
Ivy riu, vendo-o inclinar o rosto para a frente. Mas exatamente quando os lábios dele tocaram os dela, ele parou.
“Espere,” ele sussurrou para a boca dela, puxando o travesseiro atrás dela e lançando-o em uma direção. Ao mesmo tempo, a porta se abriu, e o travesseiro atingiu o rosto de Moose.
“Faça suas rondas mais tarde!”
Moose falou sério, olhando para Tigre beijando Ivy enquanto rastejava em cima dela. “Aqui não é um motel,” ele resmungou. “Ei, vocês dois são pacientes!”
Mas, enfim, eles apenas continuaram, mesmo com a presença de Moose. Ele até pegou Ivy sorrindo contra os lábios de Tigre, fazendo-o franzir o rosto.
“Senhorita Wei, eu tinha mais expectativas de você — argh!” Moose engasgou, balançando a cabeça e batendo a porta. “Tanto faz! Ei! Sejam delicados, tá?! Vocês devem se recuperar o mais rápido possível!”
Moose continuamente clicava a língua enquanto balançava a cabeça, olhos na porta. “Nossa. Ah, a juventude. Que coisa boa de se ter.”