Eu transmigrei e ganhei um marido e um filho! - Capítulo 929
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Capítulo 929: Negociação para escapar
Quando Ivy alcançou o lobby do segundo andar, ela parou e escutou a sinfonia de sons lá embaixo. Ela se aproximou cuidadosamente da grade, quase na ponta dos pés. Ela espiou por sobre a grade, apenas para pegar um homem saindo correndo pela porta da frente.
Ivy esperou, aguardando outra pessoa que pudesse sair, mas ninguém veio. Após o último homem deixar a mansão correndo, seguiu-se o silêncio. Ivy prendeu a respiração enquanto engolia um bocado de ar. Seu coração acelerou, quase saltando para fora da caixa torácica. Contudo, ela reuniu coragem suficiente para seguir em direção ao primeiro andar.
Na escada, Ivy espiou para ver se havia alguém por perto. Ela até se abaixou nas grades numa tentativa de se esconder. Quando ela espiou um pouco mais, ela só avistou uma pessoa no lobby.
Katherine.
‘Ela está sozinha,’ Ivy pensou, um pouco hesitante em usar essa rota. No entanto, para onde mais ela iria? Não era como se ela tivesse feito um tour pela mansão e pudesse se locomover sem se perder. Lembrando-se de seu primeiro dia nesse lugar, ela levou minutos até para encontrar o mezanino no segundo andar. Que dirá, outra saída?
“Não precisa se esconder,” Katherine comentou enquanto ocupadamente lixava suas longas unhas para torná-las mais pontiagudas. “Eu já vi você.”
As sobrancelhas de Ivy se levantaram ao ouvir a voz calma de Katherine. Ela lentamente se levantou de sua posição, os olhos imediatamente pousando no sofá onde Katherine estava empoleirada. Katherine estava sentada no lugar onde Dane havia sentado originalmente; suas pernas estavam sobre as outras e sua atenção ainda estava em suas unhas, soprando-as para se livrar de alguns resíduos de unha.
“Se você está planejando sair porque todos foram para a festa, então é melhor parar de sonhar,” Katherine continuou com desinteresse. “Você acha que Dimitri vai te deixar sem vigilância?”
“Você está dizendo que ele te deixou para me vigiar?” Ivy respondeu sarcasticamente. “Isso não te irrita? Parece coisa de babá para mim.”
Katherine fez suas longas cílios postiços voarem em sua direção. “É chato, mas é ordem do chefe.”
“E se eu disser não?”
“Daí você veria.” Katherine deu de ombros. “Não pense que, só porque uma mulher foi deixada para trás para guardar a casa, você pode fazer o que bem entender. Se algo acontece, você deveria se preocupar com o que eu faria com você se me desse um motivo.”
Ivy segurou a grade, desviando os olhos para a mesa de centro na frente de Katherine. As armas que Dane estava limpando antes ainda estavam lá, embora algumas estivessem faltando. Ele provavelmente apenas pegou qualquer coisa que estava ao seu alcance antes de sair com Alfred.
“Estou com fome!” Ivy anunciou, erguendo o queixo. “Vou comer.”
Katherine arqueou a sobrancelha. “A comida está na cozinha.”
“Você cozinhou?”
“Eu fiz, mas não é para você.” Katherine olhou para ela desinteressadamente. “O quê? Está esperando que eu sirva para você?”
“Prefiro que não. Onde está o que o cozinheiro preparou?”
“Eu pareço uma criada que sabe tudo sobre o que os trabalhadores aqui fazem?”
Ivy soltou uma risadinha enquanto descia casualmente as escadas. “As empregadas não são as únicas gerentes da mansão. Pelo menos no nosso país, a matriarca da família sabe de todas as pequenices que acontecem na casa.”
“Oh?” Katherine ergueu a sobrancelha enquanto balançava a cabeça compreendendo. “Que interessante.”
“Foi?” Ivy pulou para o sofá em frente à Katherine, fazendo o seu melhor para não dar nenhuma dica do que estava planejando. “Eu pensava que isso é uma lei geral da maioria das casas. A esposa sempre cuida do lar. Acho que te deixaram porque você é uma mulher e deveria ficar em casa.”
Katherine deu uma risada, os olhos em Ivy. “Está tentando me irritar? Se for o caso, não está funcionando. Não vou cair nessa.”
‘Realmente, hein?’ Ivy sorriu por um segundo, captando um leve sinal de irritação da mulher.
“Eu gostaria de negar essa acusação, mas estou ciente de que você não gostou de mim no momento em que me viu.” Ivy deu de ombros. “Mas ainda assim vou tentar. Acredite quando digo que não estou. Estou simplesmente afirmando fatos ou, para ser precisa, o que eu sei. Dimitri levou uma vida dupla por anos, e não seria surpresa se ele tivesse se acostumado às nossas tradições para se encaixar.”
Katherine ficou em silêncio por um momento, um pouco balançada pelas bobagens que Ivy estava jogando.
“Diga, o que exatamente você gosta no cara?” Ivy perguntou, não dando a Katherine a chance de ver por entre essa distração. “Ele é… um psicopata.”
“Fale mal dele mais uma vez, e eu cortarei sua língua.”
“Não estou falando mal dele. Tudo o que estou dizendo é a verdade da minha perspectiva.” Ivy deu de ombros. “Aos meus olhos, ele é tudo, menos bom. Ele me enganou por muitos anos, agindo como outra pessoa quando, na verdade, ele é um lobo em pele de cordeiro. Acredito que você preferiria que eu o visse dessa maneira, porque se não, minhas chances de seduzi-lo são maiores.”
“Seduzi-lo? Você?” Katherine gargalhou alto. “Oh, Senhorita Ivy Wei, parece que você se tornou arrogante só porque ele foi fácil com você.”
Ivy riu de escárnio. “Você não parece acreditar nisso, Senhorita Katherine. Você me odiou sem nem me conhecer porque sabe de fato que Dimitri quer algo de mim. A essa altura, sei que não é dinheiro nem poder. Ele nem mesmo precisa das minhas conexões. O que mais um homem que já tem tudo poderia querer de uma mulher como eu senão meu corpo?”
O sorriso no rosto de Katherine desvaneceu, substituído por uma camada espessa de gelo. Enquanto isso, o sorriso de Ivy se ampliou enquanto suas pálpebras caíam.
“Atingi um ponto sensível, Senhorita Katherine?” Ivy perguntou, provocando. “Você não parece tão bem. Pergunto-me, por quê?”
“Você deveria calar a boca,” Katherine advertiu. “Dimitri me deixou para trás para te guardar, mas foi tão fácil dizer-lhe que alguém invadiu e te matou.”
O rosto de Ivy se desfez, acreditando nas alegações de Katherine como não sendo vazias. Uma mulher como ela poderia matá-la e culpar outra pessoa. Eram o pior dos piores; o tipo mais sórdido. Um grupo de monstros. Seria tolice acreditar que alguém deste grupo tinha um pouco de vestígio de humanidade.
“Não estou tentando arranjar uma inimizade com você.” Ela sorriu novamente, balançando as sobrancelhas com significado. “Você gosta de Dimitri, mas eu não. Ele é todo seu, pelo que me importa. Mas comigo aqui dentro, será difícil monopolizá-lo.”
“Você está dizendo que quer que eu te deixe ir pelo meu próprio benefício?”
“Não é uma má oferta.” Ivy deu de ombros. “Então, o que você me diz?”