Eu transmigrei e ganhei um marido e um filho! - Capítulo 880

Capítulo 880: A pauta da reunião de hoje

Enquanto Tigre e Primo davam boas risadas, Primo balançou a cabeça levemente. Eles podiam não estar em uma ala psiquiátrica, mas estavam rindo sem motivo. Ou melhor, estavam rindo pelo motivo errado.

Que podres eles eram de verdade. Talvez eles devessem estar na instalação também.

“Enfim —” Primo parou quando a porta de repente se abriu com força, virando a cabeça em direção à porta, apenas para ver Moose entrando confiante.

“Hã?” Moose parou dois passos antes da porta, olhando ao redor do quarto com curiosidade. “Pelo que me lembro, isso aqui é a enfermaria. Como acabei em uma ala psiquiátrica?”

Tigre respondeu secamente à entrada de Moose. “Existe uma coisa chamada maçaneta,” disse ele, apontando para a porta. “Tudo que você tem que fazer é girá-la e empurrar a porta para abrir.”

“Heh.” Moose riu de esguelha e sorriu ironicamente. “Não sei se devo empurrar ou puxar.”

“Ele é completamente tapado?” Primo murmurou, observando Moose caminhar em direção à cama deles.

Moose ficou no meio, no fim das camas deles, movendo rapidamente os olhos entre eles. Primeiro examinou Primo e depois Tigre, acenando com a cabeça em satisfação.

“Vocês parecem bem.” Ele bateu palmas. “Que bom que vocês dois estão bem.”

Primo manteve os lábios pressionados em uma linha fina enquanto observava Moose com consternação. “Pare de agir como se fosse um doutor de verdade fazendo suas rondas. Você não é um doutor.”

“Hah?! Está questionando minha licença de novo?” Moose ofegou em descrença, mão no peito. “Não vê que está bem? Por que será? Tudo graças ao talentoso eu!”

“Ele disse que você é um charlatão.” Primo inclinou a cabeça em direção a Tigre. “E às vezes, alega que você é um engenheiro.”

Moose franziu o nariz e olhou para Tigre. “Que tipo de calúnia você andou contando para o meu outro paciente, senhor Clark?”

‘Clark?’ Primo ergueu as sobrancelhas enquanto olhava para Tigre. Assim que seu olhar pousou no último, Tigre desviou os olhos de Moose assobiando. ‘Por que ele parece tão culpado?’

“Céus. Sério, tratar um bando ingrato é um saco. Por que ela até teve que te levar se você seria inútil?” Moose balançou a cabeça e suspirou, mãos na cintura. “Depois de fazer de tudo por você, é assim que sou recompensado.”

“Tem uma taxa profissional para você calar a boca?” Tigre perguntou com uma voz monótona, e os olhos de Moose brilharam instantaneamente.

“Claro! Pelo preço certo.” Moose piscou, fazendo Primo franzir o nariz. “Vou mandar a fatura.”

“O amor dele pelo dinheiro me faz perguntar se é incrível ou preocupante,” Primo murmurou com consternação, ainda não acostumado com as palhaçadas de Moose.

“E então?” Tigre estalou a língua. “Estamos em Sorrento?”

“Correto! Acho que o Jovem Mestre Tigre é mesmo um presente do paraíso! Nem acredito que exista um gênio assim!” Moose bateu palmas, sorrindo. “Já que os dois estão bem, preparem-se para a reunião.”

“Uma reunião?” Primo inclinou a cabeça para o lado. “Uma reunião com quem?”

O canto da boca de Moose se esticou de orelha a orelha até seus dentes ficarem completamente à mostra. Vendo sua reação, as sobrancelhas de Primo se ergueram. Primo virou a cabeça para Tigre, apenas para ver a expressão apática no rosto dele.

“Por que você…” Primo parou, movendo os olhos entre os dois. “… disse algo errado?”

“Bem, Advogado Cafre, não podemos simplesmente entrar na base inimiga sem planos, não é?” Moose comentou com conhecimento de causa. “Descansem um pouco porque estamos de saída a qualquer momento.”

Primo olhou para Moose com curiosidade. Mesmo que Moose tenha dito tudo isso, ele não conseguia entender o que realmente significava. Será que era porque tinha ferrugem no cérebro de Primo?

As perguntas na mente de Primo não duraram muito, no entanto. Logo, alguém entrou na sala onde estavam, dizendo que todos já estavam lá. Tigre insistiu em ir de cadeira de rodas para reservar sua energia enquanto Primo disse que podia andar. No entanto, Moose preparou duas cadeiras de rodas, dizendo a Primo para reservar cada grama de sua energia e se recuperar o mais rápido possível se quisesse sobreviver.

E assim, eles chegaram à sala de estar da vila.

Assim que chegaram, Primo examinou o quarto. Sentadas no conjunto de sofás estavam algumas pessoas. Havia alguns rostos familiares como Heaven Liu e Dominic Zhu; eles ocupavam o sofá grande. A poltrona no fim da mesa de centro era do Lobo. E então, no sofá em frente ao casal, estava sentado Bear. Havia um tablet descansando no meio da mesa.

“Desculpem a espera, pessoal! Um dos meus pacientes estava se fazendo de diva, por isso a demora.” Moose cumprimentou entusiasmado, empurrando Primo para dentro. Ele parou perto dos sofás, deixando Primo na cadeira de rodas enquanto tomava a poltrona em frente ao Lobo. O outro homem que estava empurrando Tigre também o posicionou ao redor da mesa antes de baixar a cabeça e sair.

‘Que atmosfera estranha,’ Primo pensou, examinando os rostos ao redor, apenas para notar o quadro branco perto de onde estavam sentados.

“Você está bem?”

Enquanto Primo estudava o ambiente ao redor, a voz do Paraíso o trouxe de volta ao momento atual. Quando ele olhou para ela, viu que ela estava olhando na direção de Tigre.

“Estou bem.” Tigre flexionou os dedos enquanto os abria e fechava. “Consigo trabalhar sem precisar segurar as pessoas.”

Paraíso estreitou os olhos enquanto o examinava de cima a baixo. “Bom,” disse ela com um aceno de cabeça.

‘Bom?’ Primo mentalmente franzia a testa. ‘Mesmo que Tigre pareça bem, ele foi ferido. Ele não vai se recuperar magicamente em poucas horas.’

“E você, Ninguém?” ela então desviou a atenção para Primo, fazendo o último estremecer um pouco.

“Hã?”

Paraíso respondeu com um olhar vazio. “Essa não é a reação que eu esperava de você.”

O mesmo aconteceu com Primo. Desde aquela vez, Primo sempre agiu de maneira afiada e insana sem medo. Mas de alguma forma, ter a atenção dela agora fazia com que inconscientemente se sentisse cauteloso — intimidado. Será que era porque, no fundo, ele tinha medo dela?

“Estou bem,” Primo pigarreou depois de recuperar seus pensamentos. Assim como ela fez com Tigre, Paraíso examinou o rosto de Primo antes de acenar com a cabeça.

“Parece que ambos estão bem,” ela falou calmamente, fixando seus olhos em Lobo. “Lobo.”

Lobo sorriu e acenou com a cabeça, levantando-se e andando em direção ao quadro branco ao lado. Ele então virou o quadro, revelando algumas notas e fotos presas a ele.

“A pauta da reunião de hoje é…” Lobo parou como se para criar suspense, olhando ao redor e então sorrindo ironicamente. “… matar dois coelhos com uma cajadada só.”