Eu transmigrei e ganhei um marido e um filho! - Capítulo 870
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Capítulo 870: Primo
“Dimitri… estava se escondendo sob o nome de Dane Zhang. Esse mesmo covarde, Dane Zhang.”
Dane Zhang.
Linhas profundas apareceram entre as sobrancelhas de Primo ao ouvir a revelação de Tigre. Ele não reconheceu imediatamente o nome. Só sentiu que já tinha ouvido em algum lugar. Lentamente, os olhos de Primo se dilataram enquanto ele se lembrava de um homem chamado Dane Zhang.
“Eu provavelmente fiquei tão chocado quanto você quando descobri isso esta manhã.” Tigre suspirou enquanto olhava outra vez para o teto. “Até você, que mirou em Dominic, mal se lembra dele. Afinal, comparado a Dominic, Dane Zhang é bastante incompetente e alguém que seria tratado como insignificante.”
“Não queria admitir, mas ele foi muito bom em enganar a todos,” continuou. “Ele assumiu uma persona perfeita e escolheu a pessoa perfeita para se esconder e desviar a atenção de todos dele. Se você o conhece, ele provavelmente também conhece você. Não estou dizendo isso para te enfurecer, mas consigo imaginar ele rindo por trás das cortinas enquanto nos observa lutar entre nós nas sombras.”
Primo mal piscou enquanto ouvia o resmungo de Tigre. Mesmo agora, Tigre continuava falando sem parar, mas sua voz soava distante para os ouvidos de Primo. Ele lentamente baixou o olhar, sobrancelhas franzidas, recordando um momento no passado para dar sentido e juntar tudo no presente.
******
[Curta Retrospetiva]
“Martin… Alexa…” Primo ficou parado na entrada de sua casa, olhos arregalados diante da visão horrenda à sua frente. As pontas dos dedos dos pés e das mãos ficaram frias, e sua tez estava branca como uma folha. Seus olhos tremiam, vasculhando os rastros de sangue por toda a casa, e então se fixaram no chão.
Perto da entrada estava Alexa, caída no chão sem vida, com o rosto para baixo. Pela aparência, Alexa tentou fugir, mas não conseguiu chegar à porta.
Isso deve ser um pesadelo, ele pensou. Não tinha como isso ser real. Primo logo acordaria disso.
“Alexa…” ele sussurrou, usando cada pedaço de sua energia para dar um passo mais perto de sua irmãzinha. “Alex…”
Abaixando-se, Primo alcançou a mão de Alexa. No segundo em que tocou as mãos levemente aquecidas de Alexa, sua respiração falhou.
“Não,” ele respirou fundo, e sem pensar, girou Alexa para ver se ela ainda estava respirando.
Oh, como ele desejava não ter feito isso, porque no momento em que a pobre Alexa estava de costas, revelou-se o buraco de bala bem na bochecha dela.
“Hah…” Suas mãos tremiam incontrolavelmente, vendo como os olhos de sua irmãzinha ainda estavam bem abertos. “Alexa…”
Primo puxou-a sem ânimo para o seu abraço, apenas para tocar em algo na parte de trás da cabeça dela. Ao retirar a mão, ele olhou para o sangue na palma da sua mão. Ele não era um especialista, mas tinha estudado diferentes casos. Assim, percebeu que Alexa tinha sido baleada por trás e a bala atravessou sua bochecha.
“Isso não é… isso não está… acontecendo…”
“Irmão… grande…”
A respiração de Primo falhou quando ouviu um chamado fraco do canto. Virando a cabeça, ele viu Martin deitado em uma poça do próprio sangue. Martin piscou fracamente, usando cada pedaço de sua energia para estender a mão ao seu irmão mais velho.
“Martin!” Sem perder um fôlego, Primo colocou Alexa no chão e correu até Martin. Deslizando até seus joelhos, Primo segurou a mão do irmãozinho.
Martin lentamente virou a cabeça para olhar para seu irmão. Sua visão estava embaçada, mal podia ver a figura do irmão. No entanto, ele sabia que era seu irmão mais velho. Assim, um sorriso apareceu em seu rosto enquanto sentia que seu irmão tinha vindo para resgatá-los.
“Estamos… salvos..”
Primo congelou enquanto Martin lentamente fechava os olhos enquanto sua mãozinha perdia força. A mão de Martin caiu do solto agarre de seu irmão mais velho, sem saber que essa seria a última vez que veria seu irmão mais velho.
“Martin…?” Primo segurou a respiração enquanto uma lágrima rolava por seus olhos fixos, segurando a mão de Martin mais uma vez. Mas, infelizmente, seu irmãozinho não tinha mais pulso. “Não… Martin. Não…”
Sabendo pouco sobre ressuscitação, Primo tentou sem pensar restabelecer o pulso de Martin. Mas, infelizmente, ele parou quando percebeu que o sangue embaixo deles se espalhara mais.
“Mar…” ele parou, observando que o sangue nas roupas de Martin tinha mais sangue do que originalmente. Levantando a camisa de Martin, Primo vomitou ao ver vários buracos de bala no estômago do irmão.
Primo tossiu e vomitou, enquanto seu estômago continuava revirando. Enquanto fazia isso, um barulho fraco de algum lugar acariciou seus ouvidos. Virando a cabeça, seus olhos pousaram na cozinha.
“Marra,” ele sussurrou, percebendo que Marra não estava por perto.
Primo olhou ao redor da área de estar e cerrou os dentes. Alexa, Martin, e até a empregada estavam aqui. Só Marra não estava. Apesar da situação, Primo esperava que Marra estivesse em outro lugar. Talvez, na escola? Ou ela estava fazendo um projeto escolar com os colegas de classe? Ele desejava que Marra estivesse em qualquer lugar, exceto em casa.
Arrastando os pés para onde podia ouvir o som, Primo logo chegou à cozinha. O sangue estava espalhado por toda parte. Ele seguiu o som, mas parou no meio do caminho. Ele olhou para baixo, vendo essa grande linha de sangue como se alguém tivesse sido arrastado de onde a linha começou.
“Não,” ele sussurrou, desviando os olhos para os barulhos contínuos que ecoavam fracamente em seu ouvido.
Primo seguiu o som mais uma vez, se aproximando do pequeno banheiro perto da cozinha. Quanto mais perto chegava, mais alto o som. Quando ele ficou em frente à porta, alcançou a maçaneta com uma mão trêmula. Olhando para baixo, ele viu um pouco de sangue rastejando por baixo da fresta.
‘Marra…’O rosto de Primo se contraiu, quase não tendo coragem de abrir a porta para ver que horror havia nela. No entanto, o pensamento de que Marra conseguiu se esconder lá o impeliu a verificar.
Ele não deveria ter feito isso.Se ao menos não tivesse, talvez ele pudesse se iludir de que Marra morreu sem dor. Mas a visão macabra que o esperava era algo que ele nunca esqueceria, mesmo após dez vidas.
Quando Primo reuniu coragem para abrir a porta, a primeira coisa que viu foi um pedaço de carne no chão. Elevando um pouco o olhar, ele viu uma perna cortada. Primo congelou, quase não querendo mover seu olhar. Mas, infelizmente, seus olhos já o fizeram antes que ele pudesse se impedir.
Lá, no chuveiro, estava um homem agachado, cortando a outra perna de uma pessoa. A garota estava sentada no chuveiro, e uma parte de sua bochecha foi cortada, mas Primo ainda reconheceu a jovem sendo devastada por esse monstro doentio com ela.
“Hah?” a pessoa que estava esquartejando Marra parou ao sentir a presença de alguém. Olhando para trás, o canto de seus lábios se curvou para cima. “Você está aqui, advogado? Chame meu pai… ou melhor, meu primo, para limpar essa bagunça para mim. Espere do lado de fora. Eu lhe darei meu depoimento depois disso.”
‘Sr. John.’Primo olhou para o monstro que tinha feito isso com sua família de forma vazia, e tudo depois disso foi um borrão para Primo.
Tudo o que ele se lembrou foi que mais sangue tinha sido derramado depois disso e então… esse telefone no banheiro. Um telefone que estaba conectado em uma ligação com o nome Dimitri na tela.