Eu transmigrei e ganhei um marido e um filho! - Capítulo 857
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Capítulo 857: Gratuito
“Buahaha!”
Primo suspirou profundamente ao se sentar na beira da cama. Olhando para a porta fechada, ele ainda podia ouvir a risada maligna do Moose.
“Eu sei que aquele cara tem um parafuso solto, mas ele pirou?” ele se perguntou em voz baixa, balançando a cabeça. “Embora, ele seja bastante bom.”
Olhando para a bandagem meticulosamente amarrada ao redor de seu corpo, Primo não pôde deixar de admirar Moose. Com o mundo em que entraram, era natural que aprendessem métodos básicos de primeiros socorros. Mas ele podia dizer que o Moose sabia mais que isso apenas pela maneira como ele tirou as balas da carne do Primo.
“Acho que ele era um doutor legítimo no passado.” Lentamente, Primo deixou seu corpo cair na cama, gemendo quando ele quicou um pouco. “Ah… Eu achei que estava morto…”
Primo interrompeu ao ouvir um estrondo repentino na porta. Espiando, ele viu Moose entrar com passos largos.
“Olá, paciente! Ainda está vivo?” Moose perguntou, apesar de ver que Primo estava olhando em sua direção. Ele parou a três passos da cama, examinando Primo de cima abaixo, antes de acenar satisfeito.
“Acho que você está bem.” Moose riu e depois arrastou os pés até a cadeira a alguns passos da cama.
“Do meu ponto de vista, eu acho que quem precisa ser checado é você,” Primo comentou enquanto Moose se sentava. “Você estava rindo como um maníaco lá fora. Eu já me considerava louco, mas acho que há algo errado dentro dessa sua cabeça.”
“Ouvindo você dizer tudo isso, agora tenho certeza de que você está perfeitamente bem!” Moose sorriu antes de dramaticamente segurar seu celular. “Bem, eu deveria relatar isso para minha amante.”
Moose segurava alegremente seu telefone com as duas mãos, com o polegar digitando nele. Enquanto isso, Primo lentamente se esforçava para se sentar mais uma vez.
“Você deveria ficar na cama,” Moose aconselhou sem olhar para seu paciente. “Ordens do doutor.”
Primo riu em escárnio. “Já estou bem.”
“A última vez que eu soube, sua licença não é para diagnosticar pessoas, mas defendê-las no tribunal,” Moose respondeu preguiçosamente, ainda em seu telefone. “Se eu fosse você, ouviria o especialista. Fique na cama e reserve essa energia para algo mais importante do que discutir com alguém contra quem você nunca venceria.”
O canto dos lábios de Primo se curvou para baixo, olhando para o desinteressado Moose com desgosto. Mesmo assim, ele não discutiu mais. Embora discordasse da parte em que ele nunca venceria uma discussão com Moose, Primo precisava conservar sua energia para algo mais importante. Por exemplo, derrubar Dimitri.
Com esse pensamento em mente, Primo lentamente se deitou de costas. Outro grunhido curto escapou de seus dentes cerrados enquanto suas costas tocavam o colchão macio. Por um bom minuto, o silêncio dominou o ambiente até ele quebrar o silêncio com uma voz tranquila.
“Hey, Sr. M,” ele chamou baixinho, olhos ainda no teto. “Você tem certeza que este lugar é seguro?”
“Mhm.” Sem olhar para o homem na cama, Moose murmurou. “É por isso que é uma das minhas casas seguras.”
“Uma entre algumas casas seguras, hein?”
Desta vez, Moose piscou e levantou os olhos para a cama. “Não o culpo se você duvidar da segurança dela. A única razão pela qual eu tenho algumas casas seguras é porque isso me dá mais segurança. Ter algumas vai me comprar tempo se eu fizer um inimigo que não deveria.”
“Por quê?” Primo murmurou, mas ainda alto o suficiente para Moose ouvir. “Por que você se esforça tanto?”
“Por que eu me esforço tanto?” Moose inclinou a cabeça para o lado, confuso. “O que você quer dizer com isso? Não estou me esforçando tanto. Se alguém está se esforçando aqui, esse é você.”
“Considerando sua linha de trabalho, ou melhor, sendo parte do submundo, nos faz viver uma vida cheia de incertezas. Um segundo, você está no topo do mundo, e no segundo seguinte, você está morto,” Primo explicou, seus olhos se estreitando levemente enquanto seu olhar ainda estava no teto. “Por que a necessidade de segurança quando você sabe que, não importa o que, você pode morrer?”
Ele fez uma pausa por um segundo, como se refletindo sobre sua vida. “Por que se esforçar para viver quando você sabe por si mesmo que já pecou o suficiente e, portanto, a morte viria não importa o quê?”
“Não apenas os pecadores morrem, Advogado.” Moose sorriu enquanto soltava uma risada curta. “Como doutor, conheci pessoas boas. Pessoas que tinham grandes corações para oferecer, crianças inocentes que ainda não haviam aprendido o que era certo e errado morrem de doenças ou sofrem um acidente infeliz.”
Ele deu de ombros nonchalantly, descansando seu braço no encosto da poltrona em que estava sentado. “Todas as pessoas e tudo têm um fim, isso é verdade. Para sua pergunta, por que estou tentando tanto viver? Minha única resposta para isso é ‘por que não?'”
“Eu posso ser assassinado dez segundos a partir de agora, mas pelo menos, eu sei com certeza que fiz o meu melhor para viver.” Moose fez um barulho com os lábios enquanto dava de ombros novamente. “Afinal, não é isso que a vida é? Nascemos neste mundo, querendo ou não — não importa se a pessoa que nos trouxe para esse mundo é capaz ou não.”
“Se for esse o caso, devemos fazer o nosso melhor para fazer o que pudermos nesta vida que outros chamam de presente,” ele adicionou. “Se você não entender por que as pessoas chamam isso de presente, então acho que você deve viver o suficiente para entender o motivo. Complicar demais as coisas não ajudará em nada.”
Uma risada curta escapou de Primo enquanto ele ouvia a resposta de Moose. “Que legal,” ele sussurrou, os olhos se suavizando. “Deve ser bom ser tão simplório.”
“É por isso que a frase ‘a ignorância é uma bênção’ existe,” Moose comentou. “Às vezes, ser simplório é muito melhor do que ser um pouco inteligente demais.”
“Entendo…” Primo concordou levemente, mantendo seus olhos fixados no teto. O canto de seus lábios se curvou em um sorriso sutil, pensando na simplicidade de Moose. “Então eu suponho que ficar rico é seu chamado, hein?”
Desta vez, Moose demorou um momento para responder, sorrindo com algum pensamento bobo em sua mente. “Pode-se dizer isso.”
“Homem… eu deveria ter te conhecido antes na vida.” Primo lentamente fechou os olhos para descansar. “Teria economizado muito tempo pensando sobre meu propósito na vida.”
“Heh. Como estou de bom humor, não vou te cobrar nada por compartilhar minha sabedoria,” Moose brincou, erguendo as sobrancelhas enquanto estudava Primo, que adormeceu quase que imediatamente. Ele balançou a cabeça levemente, voltando sua atenção para seu telefone.
“Não é como se você ainda tivesse dinheiro para me pagar de qualquer modo,” ele sussurrou, sorrindo. “Considerando que ele estava em uma ala psiquiátrica por um longo tempo, ele é surpreendentemente dramático.”