Eu transmigrei e ganhei um marido e um filho! - Capítulo 847
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Capítulo 847: Não quis arriscar
Carneiro era uma das pessoas em quem Hera havia depositado sua esperança. Dada sua situação, suas opções eram limitadas. Como não tinha recebido notícias de Débora, ela queria acreditar que o plano delas estava em andamento. Mas, infelizmente, todas as esperanças foram por água abaixo em um minuto.
Que tolice, pensou ela.
“Hera, este é seu tio, Ram,” Dragão ficou entre Hera e Ram, apresentando-os. “Ele já sabia sobre sua condição e o que aconteceu. Então, está tudo bem.”
“Hera.” Os olhos de Ram se suavizaram enquanto ele alcançava a mão dela, olhando-a com um sorriso afetuoso. “Você está realmente aqui,” ele sussurrou, alívio evidente em seus olhos. “Não consigo acreditar nisso.”
Hera encarou o par de olhos afetuosos que espelhavam seu rosto. Seus lábios estavam num traço fino. Ela nunca havia encontrado esse homem na vida, mas muitas das memórias em sua mente o reconheciam.
‘Ele parece muito mais velho,’ pensou ela, considerando que Ram parecia muito mais saudável nas memórias da Hera original.
“Tio?” ela sussurrou, olhando para Dragão com confusão em seus olhos.
Dragão lhe deu um sorriso tranquilizador. “Eu não mencionei porque era para ser uma surpresa. Você tem perguntado sobre sua família, então…” ele disse, lançando a Ram um olhar cúmplice. “Vou deixar vocês dois para que possam aproveitar o tempo juntos.”
Dragão deu um sorriso rápido, desviando o olhar entre os dois. Justo quando ele estava prestes a se virar, Hera subitamente segurou sua mão. Olhando para trás, tudo o que ele viu foi a preocupação dela.
“Está tudo bem, Hera,” ele a tranquilizou, segurando sua mão gentilmente. “Tenho certeza de que você está um pouco preocupada, mas Ram é um bom homem. Ele cuidou de você quando você era bem mais jovem. Você pode não se lembrar dele, mas uma vez que conversarem, tenho certeza de que você vai gostar dele.”
“Hera,” chamou Ram, preocupado, observando-a olhar para ele. Seu sorriso tinha um tom de amargura, direcionando seus olhos para Dragão. “Está tudo bem, Frank. Se ela não quer passar um tempo comigo, não vamos forçá-la. Estou apenas feliz em vê-la.”
“Tem certeza?” Dragão arqueou uma sobrancelha, e Ram assentiu. “Bem, se é assim…”
“Acho que está tudo bem,” Hera murmurou, soltando a mão de Dragão enquanto olhava timidamente para Ram. “Eu só fui pega de surpresa, foi por isso que reagi assim. Me desculpe se isso te ofendeu.”
“Hera, não é — não precisa se desculpar.” Ram acenou com as duas mãos, sorrindo. “Eu entendo a situação, e encontrar alguém que afirma ser seu parente pode ser muito avassalador. Então, não peça desculpas por algo que não deveria.”
Sua expressão se suavizou enquanto ela assentia. Lançando um olhar a Dragão, o lado de seus lábios se esticou.
“Estou bem agora, Frank,” ela disse, tranquilizando. “Acho que estou pronta para falar com ele.”
“Fique à vontade para me chamar quando precisar.” Dragão deu um passo mais próximo dela, plantando um beijo no topo da cabeça dela. “Estarei por perto.”
Hera sorriu brilhantemente para ele enquanto assentia. Dragão e Ram se olharam por um momento antes de Dragão se afastar. Ao fazê-lo, Hera enfrentou Ram com um sorriso.
“Tio Ram, você quer ir ao jardim?” ela perguntou, fazendo as sobrancelhas de Ram se erguerem. “Flores sempre me trazem conforto. E já que você é um estranho para mim, isso ajudará para que eu não me sinta desajeitada ou nervosa.”
“Claro,” Ram respondeu com uma risada leve.
Dito isso, Hera conduziu Ram ao pavilhão. O jardim sempre fora o único lugar que lhe dava consolo. Por isso ela estava frequentemente lá, e agora, ela queria se banhar na visão das belas flores para pensar adequadamente.
No pavilhão, Hera e Ram se sentaram um de frente para o outro. Seus kits, que ela frequentemente usava para arranjar um vaso, já estavam sobre a mesa.
“Parece que você encontrou um hobby aqui,” Ram comentou, lembrando de algumas das fotos que Dragão lhe enviou de Hera fazendo um vaso.
“Inicialmente pensei em fazer apenas um para Frank, mas eventualmente, achei relaxante e gratificante. Então, continuei arranjando um sempre que tenho tempo,” ela respondeu com um sorriso. “Não sabia que meu tio estava me visitando hoje. Se soubesse, teria feito um para você.”
Ram sorriu calorosamente, olhando para ela com uma miríade de pensamentos circulando em sua mente. Ele estava quase em descrença. Por cinco anos, pensou que Hera estava morta. Achou que nunca mais a veria, muito menos a seguraria. Mas lá estava ela, sorrindo tão radiante e belamente. Isso o fazia lembrar dos dias em que Hera ainda era alheia ao peso de seu sobrenome familiar.
Como ele pensou que nunca mais a veria sorrir assim.
‘Eu estava quase grato a Frank,’ ele pensou, mas no fundo do seu coração, ele não podia realmente dizer isso.
“Hera, você está feliz?” ele perguntou após um momento de silêncio.
Hera cantarolou uma melodia, erguendo as sobrancelhas, olhando para ele com perplexidade. Ela piscou inocentemente, inclinando um pouco a cabeça para o lado.
“Além da sua amnésia, você está feliz agora apesar de não se lembrar de nada do passado?” ele perguntou, pois isso era o que realmente importava para ele; a felicidade dela. Mesmo que por pouco tempo — mesmo que fosse uma vida de engano — contanto que ela estivesse feliz, ele faria qualquer coisa para proteger isso.
Hera não respondeu imediatamente, encarando o homem mais velho à sua frente. Pelo que ela podia ver, Ram estava genuíno sobre o que tinha em mente. No entanto, devido às suas ótimas habilidades de atuação, ele não conseguiu ver sua resposta imediata e sutil àquela pergunta.
“Claro,” ela disse, sorrindo. “Embora eu não me lembre de nada, Frank e todos foram gentis comigo. Todos são pacientes comigo e apenas cuidam de mim. Então sim, você pode dizer que estou feliz.”
“É mesmo?” Ram assentiu e sorriu. “Então isso é tudo que eu precisava saber. Sinceramente, não gosto dele. Mas vendo como vocês dois interagem e o jeito como ele olha para você, estou tranquilizado que ele a ama.”
Ele assentiu mais uma vez, olhando diretamente nos olhos dela. “Estou genuinamente feliz que você esteja bem, Hera.”
“Obrigada.” Sua voz estava tímida enquanto seu sorriso diminuía um pouco. “Também estou feliz que você me visitou, Tio.”
Os dois se olharam com um sorriso. O que Ram não sabia era que Hera estava mordendo a língua, se contendo para não pedir ajuda, sabendo que Ram estava lá porque provavelmente se juntou a Dragão. Ou talvez Ram estivesse com ele o tempo todo.
Ela não queria arriscar. Então, no final, Hera só podia continuar agindo como vinha fazendo há muito tempo.