Eu transmigrei e ganhei um marido e um filho! - Capítulo 845
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Capítulo 845: Conserte-o
Os lábios do Primo se separaram, seus olhos fixos no soldado ferido que Heaven arrastava para fora da floresta. Assim que Heaven saiu da mata, ela largou os pés do soldado e o examinou, juntamente com o Moose.
“Que diabos é isso?” Moose, acostumado com as excentricidades dela, apontou para o soldado perto dos pés dela. “Por que você veio arrastando ele com você? Cadê sua moto?”
“Ela quebrou no caminho para cá.” Heaven inclinou a cabeça de volta para a floresta. “Não é tão longe—”
Uma explosão retumbante soou de repente na floresta, obrigando os três (Heaven, Moose e Primo) a olhar para trás. Ela deu de ombros e depois redirecionou sua atenção para os dois.
“Viu?” ela disse. “Não é tão longe. Então, você não tem que se preocupar que eu arrastei esse cara sozinha.”
“Quem disse que alguém está preocupado?” A face do Moose se contorceu em consternação. “Ninguém está preocupado com você. Se é pra se preocupar, deveríamos nos preocupar conosco mesmos.”
“Tudo bem, tanto faz.” Heaven fez um gesto desdenhoso com a mão, seus olhos voltando-se para o Primo, que estava sentado no chão. Ela o examinou por um momento antes de voltar seus olhos para o Moose. “Cuide desse cara.”
“Hã?” Primo inclinou a cabeça para o lado, olhando para o Moose.
“Ele não quer que eu faça.” Moose deu de ombros. “Eu disse a ele que sei fazer cirurgia, mas ele não acredita em mim e na minha licença.”
Heaven assentiu compreendendo, avaliando a situação do homem. “Cuide dele. Ele vai morrer.”
“O quê?” Primo ofegou, assistindo Heaven virar-se para encarar o soldado que ela arrastou para fora com ela. Quando ele virou-se, ele viu Moose marchando em sua direção.
“Espera—espera!” Sua respiração falhou quando Moose pegou seu braço preguiçosamente, sorrindo. Ele balançou a cabeça, sussurrando, “não.”
“Não se preocupe, cara. De dez pessoas que eu ajudei recentemente, três delas sobreviveram.”
“Não!”
“Vamos.” Moose arrastou Primo preguiçosamente em direção ao comboio próximo, sabendo que havia suprimentos lá. Antes que pudessem se afastar, ele parou ao ouvir o chamado de Heaven.
“Moose,” ela chamou, jogando uma bolsa para ele quando ele se virou. Moose pegou-a no ar, com as sobrancelhas arqueadas. “Use para ele. O cara é psicótico.”
Moose olhou para a bolsa de suprimentos médicos e sorriu ironicamente. “Acho que não preciso mais procurar meus materiais.” Ele então continuou a arrastar Primo. Mas antes que fossem, ele parou em sua motocicleta para pegar um pequeno kit de ferramentas médicas, que ele costumava carregar para onde quer que fosse.
Enquanto Moose arrastava Primo para “tratá-lo”, ele estendeu a mão em pânico. Mas, infelizmente, Heaven já estava agachada ao lado do soldado no chão, de costas para ele.
Primo pensou que havia sobrevivido a tal catástrofe, mas parecia que sua luta ainda não havia acabado.
Ignorando a luta dramática do Primo, Heaven examinou o soldado inconsciente no chão. Esse soldado era o mesmo que havia dirigido sua moto mais cedo.
“Usar jovens soldados assim por motivos pessoais…” ela sussurrou, sentindo algo vibrar em seu peito. Heaven deslizou a mão para dentro da camisa e depois para o sutiã, retirando seu telefone, que ela tinha guardado ali.
Olhando para o nome do chamador, ela não hesitou em atender a chamada.
“Sim, querido?” ela falou assim que a linha foi conectada. “Como você está? Está seguro?”
“Estou bem.”
“Você se machucou?”
“Não, eu não. Bear e eu estamos seguros.” Dominic respondeu monotonamente. “E você?”
“Apenas alguns arranhões e escoriações.” Ela deu de ombros. “Mas estou bem. Moose está aqui— ele está tratando o Ninguém no momento.”
“Entendi. Ele vai morrer?”
“De jeito nenhum eu deixaria ele morrer.” Heaven olhou abruptamente para o comboio não muito distante, quase ouvindo o grito do Primo vindo dali. “De qualquer maneira, Lobo me disse que viria nos buscar. Ele provavelmente chegará a qualquer momento.”
“Me envia a localização.”
Heaven arqueou uma sobrancelha com a urgência repentina na voz dele. “Claro, eu vou. O que aconteceu com o tom? Tinha medo que eu fosse embora?” ela brincou.
“Eu só quero ter certeza que verei minha esposa mais tarde.” Ele respirou fundo. “Eu prometi, não é? Que te contaria os detalhes mais tarde.”
“Sim, acho que você prometeu.” Um sorriso sutil apareceu em seu rosto, abaixando o olhar para o soldado. “Dom.”
“Sim?”
“Deixei as crianças aos cuidados dos seus pais. Princesa e Cinza estavam com eles,” ela comentou e um breve silêncio seguiu sua voz por um tempo. “Eu não acho que conseguirei vê-los tão cedo.”
Dominic levou um momento para responder. “Eles vão entender.”
“Mhm.”
“Hera,” ele chamou solenemente. “Eles vão ficar bem, e… você vai vê-los, eventualmente. Quando isso acabar, vamos viver em paz, hmm?”
A expressão dela amoleceu enquanto um sorriso sutil, mas amargo aparecia em seu rosto. “Isso é só um pequeno sacrifício, certo?”
“Mhm.”
Outra onda de silêncio dominou a linha enquanto nenhum deles falava por um tempo. Depois de mais alguns segundos, Heaven deixou escapar um suspiro fundo.
“Te ligo mais tarde,” ela disse. “Diga ao Bear que estou elogiando ele.”
Dominic e Heaven fizeram uma rápida troca antes de terminarem a chamada. Heaven suspirou pela enésima vez, voltando sua atenção para o soldado deitado no chão. Após um minuto, o homem resmungou enquanto linhas profundas apareciam entre suas sobrancelhas.
Quando ele abriu os olhos, o rosto de um anjo pairava sobre ele. Mas, infelizmente, seu espanto não durou muito ao se lembrar desta mulher perversa.
*****
Enquanto isso…
“Ack!” Um homem emitiu um ruído curto, acompanhado pelo som de seu pescoço estalando. Seu corpo sem vida caiu no chão de concreto, poupado de qualquer dor adicional enquanto encontrava seu fim no local.
“Esse foi o último,” Bear declarou, limpando as mãos. Torcendo o corpo, seu olhar fixou imediatamente em Dominic, que estava sentado no para-choque do carro absorto em seu telefone. “Senhor Zhu.”
“Heaven mencionou que está te elogiando,” Dominic disse sem desviar os olhos do telefone. “Me dá um minuto, Senhor Cruel. Estou enviando um e-mail para o professor do meu filho.”
O rosto de Bear tremeu, mas ele se encontrou esperando. Após um minuto, Dominic deslizou a mão no bolso, olhando na direção de Bear.
“Heaven está com Moose, e parece que resgataram o Primo Rossi,” ele anunciou, um fato do qual Bear já estava ciente. “Ela me disse que vai me enviar o endereço do nosso ponto de encontro. No entanto…”
Dominic parou, voltando seu olhar para a estrada. “Como vamos limpar isso?”
Olhando de volta para o caminho que haviam percorrido, Bear deixou escapar um suspiro profundo. Carros, motos e pessoas estavam espalhados pela estrada ou fora dela. Fumaça fina subia de alguns veículos, enquanto outros que haviam saído da pista já estavam em chamas.
“Sendo honesto,” Bear murmurou sem esperança, “Eu não sei. Mas o que eu sei é que isso dá muito trabalho.”