Eu transmigrei e ganhei um marido e um filho! - Capítulo 826
- Home
- Eu transmigrei e ganhei um marido e um filho!
- Capítulo 826 - 826 Casa antiga 826 Casa antiga GASP
826: Casa antiga 826: Casa antiga GASP!
Primo respirava ofegante enquanto abruptamente abria os olhos. Sua respiração estava pesada e instável, gotas de suor na testa, sentando-se com o tronco torcido para o lado. Ele instintivamente apertou os olhos enquanto a luz do sol o atingia, espiando-a, percebendo que ainda era cedo.
“Hah…” ele expirou pesadamente, caindo de costas uma vez mais para deitar-se na grama. “Senti como se tivesse dormido por uma noite inteira.”
Ele fechou os olhos lentamente, deixando seu corpo relaxar enquanto seu coração acelerado tentava se libertar da caixa torácica. Tinha passado apenas uma hora desde que adormeceu, mas em seus sonhos, parecia que esteve lá por um ano.
“Essas coisas estão acontecendo com mais frequência do que antes,” ele murmurou, de olhos fechados. “Talvez seja porque estive preso como Primo por tanto tempo que meu cérebro começa a perceber que estou brincando.”
Uma risada curta e seca escapou dele e ele reabriu os olhos muito lentamente. Ele estreitou um pouco os olhos para ter uma melhor visão do belo céu claro.
“Ou talvez seja culpa do céu.” Ele suspirou, reprimindo as emoções que brotavam em seu coração trazidas pelos sonhos vívidos. “Também pode ser Dimitri. Aquele maldito bastardo… Com certeza vou levá-lo comigo para as profundezas do inferno.”
Primo fechou os olhos uma vez mais e então suspirou de forma cortante. Após um momento, ele se sentou, sentindo-se um pouco tonto com sua ação repentina. Quando se recuperou, pegou seu telefone da grama e então o laptop que estava ao seu lado. Abrindo-o, ele passou os dedos pelo teclado, voltando ao trabalho, já que não fazer nada era pior que tortura.
*****
Enquanto isso…
O som de um batimento cardíaco mecânico soava simultaneamente nos ouvidos de Coringa e Fig. Coringa estava encostado na parede enquanto Fig estava no sofá. Nenhum dos dois interrompeu o bip consistente que ressoava na sala, imersos em seus próprios pensamentos.
“Você vai voar hoje à noite?” Após um longo silêncio, Fig quebrou o gelo. “A missão já está completa.”
Coringa manteve os olhos nos dois corpos inconscientes em cada uma das camas no quarto. “Me disseram para trazê-la de volta viva. Não posso simplesmente confiar no que os doutores me dizem, já que está provado que eles podem declarar alguém morto quando quiserem.”
“Eu vou ficar aqui.”
“E eu também.” Coringa desviou o olhar lentamente para Fig, sua expressão nonchalant. “Vou levá-la comigo.”
“Para onde? Para encontrar com ela?” Fig perguntou, pegando Coringa de surpresa.
Um momento de silêncio desceu novamente na sala com os dois se olhando.
“Você deveria voar hoje à noite,” Fig sugeriu após outro momento. “Dragão sabia que era você. Ficar aqui com esses dois vai comprometer a missão. Não é essa a razão pela qual você me trouxe, sabendo que não poderia ser uma missão solo?”
Coringa pressionou os lábios em uma linha fina enquanto desviava o olhar. Fig, por outro lado, mantinha sua atenção nele.
“Eu vou ficar com eles e levá-los para onde ela quiser que eu leve,” Fig continuou, assentindo para Coringa quando este último olhou para ele. “Assim como você, eu não confio mais em doutores. Pelo menos, não confio nos que trabalham nesse tipo de instituição. Eu já entrei em contato com Carneiro enquanto você estava falando com os doutores mais cedo. Ele vai me enviar reforços secretos e meio de transporte para esses dois.”
Fig se levantou lentamente do assento e caminhou até onde Coringa estava. Parando na frente de Coringa, ele baixou a cabeça e buscou seus olhos.
“Tenha cuidado,” ele alertou em voz baixa. “Você sabe o que vai acontecer se não tiver.”
Coringa manteve os lábios numa linha fina e apertada. Seu olhar sustentava o de Fig, ciente do aviso de seu parceiro. Havia apenas duas coisas que poderiam acontecer se ele fosse pego: uma era que seria uma guerra em larga escala com Heaven marchando descalça através das chamas para salvá-lo, ou a outra era que ela o deixaria morrer.
No passado, certamente seria a primeira opção. Mas com a atual posição de sua chefa nessas situações complicadas, havia uma grande chance de que pudesse ser a segunda. Egoísta e cruel como soava, mas nenhum deles sentia desprazer sobre isso. Eles eram seus subordinados, suas peças de xadrez. Embora ela nunca os tenha feito se sentir assim no passado, eles sempre se lembraram de que poderia chegar um momento em que um sacrifício precisasse ser feito.
“Não se preocupe.” Fig levantou sua mão, e esta pousou no ombro do Coringa. “Se o pior acontecer, eu virei te buscar.”
Os dois se olhavam em silêncio. No entanto, apesar do silêncio, eles já haviam chegado a um entendimento sobre o que deveriam fazer naquele momento.
********
“Hmm…” Tigre parou na frente de uma casa velha de dois andares situada em uma das províncias mais distantes da cidade principal. Ele franziu a testa, olhando para o pedaço de papel entre seus dedos.
“Esta é a casa?” ele murmurou para si mesmo, olhando novamente e inclinando um pouco a cabeça para o lado. “Por que está abandonada? Eles se mudaram?”
Tigre murmurou uma longa melodia enquanto olhava para a casa. Veias rastejavam pelas paredes, arbustos e gramas estavam sem corte. Pela aparência, fazia anos que alguém morava naquele lugar.
“Bem.” Ele deu de ombros despreocupadamente. “Considerando o quanto ele ganha, não seria surpresa se tivessem se mudado para um lugar melhor.”
Tigre inclinou a cabeça para trás e deslizou o olhar para o canto. Ao fazer isso, ele viu um senhor idoso empurrando um carrinho de caixas e garrafas plásticas vazias. Como a estrada era inclinada, ele instintivamente correu para ajudar o velho homem em dificuldades.
“Huh?” o velho levantou as sobrancelhas e virou a cabeça quando o peso do carrinho subitamente se tornou leve como uma pena. Virando a cabeça, Tigre sorriu, empurrando o carrinho ao lado do homem. “Obrigado.”
“Hehe. Sem problemas.” Tigre piscou enquanto sorria charmosamente, facilitando a vida do velho homem.
Em pouco tempo, Tigre e o velho chegaram à superfície plana, que por coincidência ficava em frente à mesma casa que Tigre estava olhando antes.
“Os jovens de hoje em dia nem piscam para ajudar quem precisa, então é bom encontrar jovens como você,” disse o homem mais velho, sua voz trêmula e ofegante.
“Hehe.” Tigre esfregou o dedo sob o nariz, lisonjeado por ser chamado de jovem quando todo mundo que ele conhecia sempre errava sua idade. “Tudo bem. Pode dizer que eu sou naturalmente bondoso.”
“Hehe. Você deve ser um turista?”
“Hmm?”
“Eu sempre ando pelas ruas aqui todos os dias, então sei quando alguém é local ou não.”
“Oh… sério?” Tigre olhou para o carrinho e balançou a cabeça. Ele então estalou os lábios, olhando curiosamente para o velho. “Erm, Tio. Posso te fazer uma pergunta?”
“Sim?” o velho franziu a testa, assistindo Tigre apontar para a casa à frente.
“Esta casa… você sabe onde estão as pessoas que moravam aqui?”
O velho homem virou lentamente a cabeça e respondeu depois de olhar para a velha casa. “Sim,” ele disse, olhando de volta para Tigre com um brilho puro de admiração em seus olhos. “A família daqui costumava me dar muita água engarrafada e caixas. Às vezes, o casal jovem daqui me dava comida, especialmente durante a temporada de inverno.”
“É mesmo?” Tigre ergueu as sobrancelhas, intrigado. “Então você sabe onde eles estão agora?”
O velho homem inclinou a cabeça para o lado e então respondeu ao Tigre intrigado. “É triste dizer isso, mas esta casa pegou fogo há vinte anos, tirando a vida do casal que morava aqui e de seu filho adolescente.”