Eu transmigrei e ganhei um marido e um filho! - Capítulo 822
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822: Mostre-nos a sua magia 822: Mostre-nos a sua magia O grande caso que impulsionou a promoção de Primo era um assunto complexo que muitos advogados tinham recusado pegar. O escritório de advocacia deles era o único que aceitou, dado sua reputação de ser ao mesmo tempo arriscado e competitivo. Apesar de ser um associado júnior, Primo se ofereceu para lidar com o caso. Normalmente, seus superiores não teriam aprovado devido à sua falta de experiência, mas, como ele era o único disposto a correr o risco, o cliente o escolheu. Felizmente, o cliente vinha de uma família abastada com numerosas conexões, concedendo a Primo a oportunidade de demonstrar sua habilidade jurídica naquele caso específico.
Ele ganhou o caso contra todas as probabilidades. Subsequentemente, Primo não só conquistou uma promoção, mas também tornou-se muito procurado para assistências jurídicas, com muitos querendo que ele se juntasse à suas equipes jurídicas.
Essa situação não era totalmente nova para ele. O que era novo, entretanto, era um parceiro do escritório descer até seu gabinete para apresentá-lo a um cliente. Normalmente, associados sêniores ou indivíduos ligeiramente mais altos na hierarquia que Primo lidariam com tais introduções. Mas agora que Primo tinha sido promovido, ele tinha a liberdade de escolher casos que o intrigassem.
“Então, este é…” Passando pelas formalidades, Primo se sentou no longo sofá de frente para o cliente enquanto um de seus chefes fazia a introdução para os dois.
Primo avaliou o homem à sua frente, notando a coragem nos olhos do homem. O último tinha tatuagens em cima de seus nós dos dedos, algumas aparecendo de suas mangas longas e pescoço. O cliente parecia relativamente jovem, provavelmente da mesma idade que Primo.
“Senhor John, este é o nosso advogado estrela no momento, Advogado Cafre.” O sênior deu uma risada enquanto apresentava os dois, voltando sua atenção para Primo. “Advogado Cafre, aqui está o arquivo do caso. Tire um tempo para lê-lo e compreenda a situação.”
Primo assentiu, pegando a pasta à sua frente. Ao tirar os papéis, linhas profundas apareceram entre suas sobrancelhas enqunto ele examinava rapidamente a primeira página dos documentos.
“Isto é…” ele não terminou, pois seu sênior imediatamente falou.
“É um absurdo,” disse o sênior, observando Primo o olhando incrédulo. “De qualquer forma, só trouxe o Senhor John aqui para apresentar vocês dois. Reveja o arquivo e prepare-se. Se precisar de algo, é só me falar.”
O sênior acenou com a cabeça para Primo antes de olhar para o cliente nomeado Senhor John. “Então, Senhor John, o que você acha?”
Senhor John manteve seus olhos em Primo sentado à sua frente. Ele sorriu um pouco, virando a cabeça para o sênior.
“Ele parece responsável e capaz,” disse o homem em aprovação. “Se você diz que ele pode me ajudar, então confio em você.”
Primo estudou o cliente, engolindo ao testemunhar como os lábios do homem se curvavam num sorriso zombeteiro. Seu pressentimento lhe dizia que havia algo duvidoso sobre esse homem, mas naquele momento ele não podia dizer nada. Ele nem mesmo falou mais de vinte palavras até seu sênior e cliente deixarem seu gabinete.
Tudo o que Primo pôde fazer quando ficou sozinho em seu escritório foi olhar para os documentos em sua mão. Sentado na cadeira giratória, mais um suspiro profundo escapou de seus lábios.
“Eu vi muitos desgraçados desde que me tornei advogado”, ele murmurou. “E sempre me disse que ficaria longe desses tipos de casos. Mas este… Eu não acho que consigo.”
Horas depois…
“Não acho que consigo,” declarou Primo, de pé no meio do gabinete do sênior que o apresentou mais cedo ao Senhor John. “Senhor, não acho que consigo. Não vou cuidar do caso dele.”
O sênior deu uma pausa depois que Primo entrou e anunciou suas intenções sem rodeios. Ele ficou em frente ao suporte no canto, sorriu e então se serviu de um copo de uísque. Ao fazer isso, ele falou.
“Advogado Cafre, você é um novo associado sênior. Este caso é algo que você deveria cuidar,” ele observou calmamente, pegando o copo e encarando Primo frontamemente. “Quando você era um associado júnior, você não lidava com casos assim. Aquele último caso que ninguém estava disposto a pegar prova que você é capaz o suficiente para ser um associado sênior.”
“É por isso que estou aqui.” Primo respirou fundo e bufou, olhos em seu chefe. “Agora sou um associado sênior, então posso escolher qual caso eu quero pegar. Este, com o Senhor John… não é o caso. É uma batalha perdida.”
“Você está com medo que essa seja sua primeira derrota?”
“Não, Senhor.”
“Então pegue.”
“Mas —”
“Alexander.” O sênior marchou em direção a ele e parou a um passo diante dele. Ele balançou a cabeça levemente enquanto segurava o olhar de Primo. “Este caso é algo que nós não podemos simplesmente deixar ir. Já leu o histórico dele?”
“Sim.” Primo baixou a cabeça.
“Então, suponho que você já sabe que ele é o filho da J Eletrônicos.” O sênior levantou uma mão e colocou-a no ombro de Primo, apertando levemente. “Você e eu podemos não entender como alguém como ele, que já vem de uma família abastada, poderia fazer algo assim, mas esse não é nosso propósito.”
Primo lentamente ergueu os olhos, encontrando o olhar encorajador estampado no rosto de seu chefe.
“Nosso trabalho não é entender por que essas pessoas são do jeito que são. Nosso trabalho é tirá-los da confusão que criaram por ser quem são,” observou o sênior, já ciente desse fato há muito tempo. “Enquanto eles pagarem, é tudo que importa. Se isso vai te fazer sentir melhor, então se você ganhar esse caso, nunca mais terá que se preocupar com o futuro do seu irmão.”
O sênior apertou o ombro de Primo novamente antes de dar-lhe uns tapinhas leves. Retirando sua mão, ele sorriu e acenou mais uma vez.
“Não se preocupe, Alex. Seu cliente tem muito dinheiro, então você vai ter bastante suporte,” ele garantiu. “Só tente e nos mostre sua mágica. Você consegue.”