Eu transmigrei e ganhei um marido e um filho! - Capítulo 814
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814: Missão de Rank A II 814: Missão de Rank A II BUM!
O som do corpo de Teodoro batendo no chão ecoou. Débora e Caçador observavam o homem gordo que não estava muito longe de sua jaula. Fig ainda estava de cabeça para baixo em relação a eles, segurando uma arma com silenciador na mão esquerda, ainda apontada para onde Teodoro originalmente estava.
A fumaça na ponta do silenciador subia dela, prova de que ele havia acabado com Teodoro e sua ambição de se tornar um don. Tudo aconteceu tão rápido que, mesmo que Débora e Caçador nunca tivessem desviado o olhar de Fig, ainda assim mal compreenderam o que aconteceu.
O que eles sabiam era que enquanto Fig confirmava a identidade de Débora, ele de repente tirou uma arma do seu terno. Sem olhar para Teodoro, Fig disparou, seguido pela morte de Teodoro.
Virando a cabeça, Caçador prendeu a respiração. Seus olhos captaram o buraco entre as sobrancelhas de Teodoro, indicando a excelente pontaria desse intruso.
“Quem… é você?” A voz de Débora tremia, confusa quanto à identidade dessa pessoa. “Alguém te mandou me matar?”
“Eu já disse.” Fig franziu a testa. “Alguém quer você viva, e é por isso que estou aqui para garantir que você viva.”
“Quem?” Débora exclamou, vasculhando suas memórias em busca de uma ideia de quem gostaria de ajudá-la. Mas, infelizmente, ela não conseguia pensar em ninguém. Pelo menos não conseguia pensar em alguém ousado e capaz o suficiente para se opor ao Dragão.
“Você vai descobrir.” Fig suspirou enquanto olhava ao redor da sala de tortura. Ele viu o corpo recém-sem vida no canto, mas nem piscou. “Essas jaulas são fortes, então provavelmente terei que esperar alguém me trazer algumas chaves.”
“Você vai esperar?” Caçador exclamou, fazendo Fig inclinar a cabeça para o lado.
“Não sou super-humano para quebrar essa jaula de metal com minhas próprias mãos,” respondeu Fig calmamente. “Eu conheço alguém que pode, mas o velho não está aqui para me ajudar. Fui apenas pedido para fazer esta tarefa como um parceiro, mas quanto mais penso nisso, mais percebo que estou sendo explorado.”
Fig suspirou enquanto voltava seu olhar para Débora. “Você não deveria ter fugido, Senhorita Débora. Você não teria que passar por isso se apenas ficasse onde estava.”
Débora franziu a testa, processando os comentários do homem. Num estalar de dedos, suas pupilas dilataram enquanto ela prendia a respiração.
“Foi você?” ela ofegou, olhos tremendo. “Foi você quem me salvou naquela vez?”
“Sim.” Fig assentiu. “Mas você fugiu. Com o meu tamanho, não consegui alcançá-la facilmente, então meu parceiro para esta missão teve que rastreá-la. Felizmente, ainda não era tarde.”
Débora manteve o contato visual com o homem que veio salvá-la. Seus lábios se separaram, mas sua voz não saiu de sua garganta.
“Teo tem a chave!” Antes que o silêncio pudesse se instalar, Caçador exclamou, chamando a atenção de Fig. “Se ele é o encarregado do nosso castigo, então ele provavelmente tem uma chave com ele!”
“Ah… isso faz sentido, embora um pouco imprudente. Não é assim que fazemos,” comentou Fig antes de caminhar em direção ao falecido Teodoro. Ele vasculhou o corpo sem se importar com o sangue se espalhando pelo chão. Logo, sentiu algo tilintar no bolso de Teodoro; ele enfiou a mão nele e pescou um molho de chaves em um único aro de metal.
“Uh…” Fig ergueu as chaves na frente dele. “Vocês podem me ajudar a encontrar a chave certa? Vai levar uma eternidade se eu tentar uma por uma.”
“Eu faço!” Caçador se voluntariou sem hesitar. “Eu trabalhava para o Dragão, e eu costumava supervisionar muitos dos seus lugares como esta casa de tortura. Eu posso ajudar!”
Fig olhou para a jaula e deu de ombros, andando em direção a ela. Ele se agachou ao lado da jaula de Caçador, mostrando-lhe as chaves em sua mão.
“Qual?” Fig perguntou curioso. “Todas parecem iguais para mim.”
Caçador piscou forte, prendendo a respiração, gritando mentalmente consigo mesmo para se concentrar. Sua visão embaçava enquanto entrava e saía do foco, forçando Caçador a se bater forte.
“Não se bata,” Fig aconselhou, apenas para ser ignorado.
“Você pode trazer mais para perto?” pediu Caçador, ao qual Fig acatou automaticamente. Ele franziu a testa, aproximando o rosto e examinando uma por uma as chaves. “Aquela!”
“Qual?” Fig franziu a testa enquanto desviava o olhar para as chaves em sua mão. Ele alcançou uma e perguntou, “Esta?”
“Não, a outra.” Caçador balançou a cabeça. “Cinco chaves a partir daquela que você está segurando — comece à sua direita.”
Fig seguiu as instruções do homem, contando em voz alta. “Cinco — esta?”
“Sim!”
“Ok.” Fig deu de ombros despreocupadamente, não certo se deveria ficar impressionado já que ainda não havia provado. Ele usou calmamente a chave no cadeado da jaula de Caçador. Para sua surpresa, ela abriu na primeira tentativa.
“Uau.” Desta vez, Fig assentiu para Caçador, admirado. “Você é bom.”
“Essa chave é a mesma para Débora.” Caçador soltou, tendo em seu coração um leve sentimento de esperança.
“Certo.”
Sem perder um segundo, Fig se levantou e marchou para a outra jaula. Exatamente como Caçador disse, a mesma chave conseguiu abrir a jaula de Débora. Desta vez, ele abriu a jaula e estendeu a mão.
“Vem,” ele disse. “Pegue minha mão. Vou te tirar daí.”
Débora assentiu e engoliu em seco. Ela fez uma careta de dor ao esticar lentamente suas articulações, enquanto alcançava a mão de Fig. Quando ela segurou a mão de Fig, já estava respirando ofegante e coberta de suor.
“Estou machucada,” ela disse. “Então, tenha certeza de que sairei daqui de uma só vez —”
Ela nem conseguiu terminar a frase quando Fig a puxou para cima. Débora se arranhou nas bordas da jaula, mas a dor só a atingiu quando ela se agarrou à roupa de Fig. Fig envolveu o braço ao redor do corpo dela, desviando o olhar, já que ela estava nua.
“E você?” ele perguntou, voltando sua atenção para Caçador, que ainda estava dentro de sua jaula, embora já a tivesse destrancado.
“Você está aqui desde o início.” Caçador soltou uma risada curta. “Eu não consigo me mover sozinho.”
Fig suspirou enquanto olhava para Débora novamente. Ele alcançou seu smartwatch, dizendo,
“Tenho duas pessoas feridas aqui. Preciso de apoio para completar a missão.”
Demorou alguns segundos para Fig ouvir a voz de Coringa vindo do smartwatch. “O caminho está livre. Vá com calma.”
Com isso dito, Fig cuidadosamente tirou Débora da jaula. Ele a colocou ao lado da jaula antes de ajudar Caçador a sair da sua.