Eu transmigrei e ganhei um marido e um filho! - Capítulo 63

63: [Capítulo bônus] Ela está em perigo 63: [Capítulo bônus] Ela está em perigo Os olhos de Heaven suavizaram, sentada na beira da cama. Sebastian não parecia cansado nem com sono, mas levou apenas cinco minutos antes de sua respiração se tornar pesada e estável. 
‘Não é adorável?’ Heaven apartou o cabelo rebelde de sua testa com as pontas dos dedos. ‘Ele parece tão inofensivo e inocente quando dorme. Agora que penso nisso, Heaven não tinha uma lembrança como esta. Embora ela seja frustrante, estou criando memórias que não são mais emprestadas.’
Por mais descarada que fosse a alma, havia momentos em que os pensamentos intrusivos dela faziam seu mundo parar por um momento. Esse corpo, aquelas memórias, esse menino e aquele homem, e essa vida… tudo o que ela tinha agora era tudo emprestado da Heaven original. 
Nada disso era dela. 
Se a Heaven atual fosse minimamente fraca de vontade, acordar neste corpo seria um desafio. Portanto, viver algo que a Heaven original não teve parecia refrescante. Embora ela tenha feito coisas que a Heaven original não faria na presença de Dominic, com Sebastian era diferente. 
Ser gentil com esta criança e simplesmente assisti-lo adormecer era satisfatório. Ela não era a que estava tirando uma soneca, mas se sentia relaxada. 
“Quanto tempo eu tenho que esperar até que você esteja disponível para conversar?” A voz de Dominic de repente perfurou o silêncio, fazendo-a olhar de volta para a porta. 
Lá, Dominic estava encostado no batente com os braços cruzados sob o peito. Ele tinha essa expressão estoica, o que dificultava a leitura de seus pensamentos.

“Certo.” Heaven pigarreou e olhou de volta para a figura adormecida de Sebastian. Embora ela não perdesse tempo, ela se assegurou de que ele estivesse bem aconchegado. Quando tinha certeza de que seu filho estava em sono profundo, ela se afastou cuidadosamente da cama.

“Hmm?” ela murmurou assim que se colocou em frente a Dominic. “Sobre o que você quer falar?”

Dominic a avaliou, passando o olhar sobre ela de cima a baixo. “Ele te contou alguma coisa?”

“Hã?” Heaven inclinou a cabeça para o lado, confusa. “Há algo que ele deveria me contar?”

“Sobre o motivo pelo qual ele fez o que fez.”

“Ahh…” Ela balançou a cabeça. “Bem — hum.”

Heaven fez uma pausa deliberada, limpando a garganta enquanto friccionava os lábios “Sim.” Ela juntou o pequeno sentimento de vergonha que invadiu seu coração junto com a descoberta da ação de Sebastian naquela manhã. 
“Desculpe,” ela acrescentou em voz baixa. “É minha culpa que ele seja assim. Vou tentar o meu melhor para evitar que essas coisas aconteçam.”

“Não é isso que eu quis dizer.” Um suspiro superficial escapou de sua narina, desdobrando seus braços. “Eu só estou dizendo… deixa pra lá.”

“Mesmo que não tenha sido o que você quis dizer, pedir desculpas pareceu o correto.” Heaven olhou de volta para onde seu filho estava dormindo. Seus olhos suavizaram no momento em que seu olhar caiu sobre Sebastian. “Eu sinto muito especialmente por ele. Embora eu admire sua esperteza, como pode uma criança se preocupar com o plano de fuga de sua mãe? Ele não deveria se preocupar com essas coisas, e ainda assim, ele se preocupava.”

“Não assuma toda a culpa.” Heaven lentamente virou a cabeça de volta para Dominic, após as observações deste último. “Eu também sou seu pai. Eu sempre sou parcialmente responsável por tudo o que ele faz e pelo que ele se tornará.”

Os dois se encararam em silêncio por um momento. Eles não eram perfeitos como os outros pensavam que eram, e eles sabiam disso. 
“Acho que agora temos algo em comum, Dominic Zhu.” O canto de seus lábios se curvou sutilmente. 
“Finalmente.” Ele deu de ombros antes de rir suavemente. 
“Você deve ter ficado muito preocupado, né?” Heaven deu um passo mais perto dele, estudando seu rosto atentamente. “Nunca te vi tão pálido, nem mesmo diante do divórcio.”

Suas sobrancelhas se ergueram quando a mão dela acariciou sua bochecha, observando como seus olhos vasculhavam o seu rosto como se gravassem cada poro na mente dela. Suas pálpebras caíram enquanto seu sorriso era sutil. 
“Você pode se cansar de ouvir isso, mas eu estou realmente arrependida, Dominic Zhu. Eu não sei que tipo de pai é considerado bom, mas tenho certeza de que você está fazendo o seu melhor para fazer o que acha certo.” Seus olhos amoleceram, sentindo-se um pouco sentimental enquanto sentia ainda mais vontade de reivindicar esta vida e aceitar tudo como seu, incluindo este homem e aquela criança. “Mais importante ainda, obrigada por se manter firme comigo até alguns dias atrás.”

Um nó de repente se formou na garganta dele, sem palavras diante dos sentimentos dela. Sua última frase soou um pouco estranha, mas ele não se deteve nisso. Dominic apenas a observava, segurando a mão que estava acariciando sua bochecha. No entanto, ele não fez nada, nem ouviu seus instintos.

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“Hum… senhor? O senhor não pediu para cancelar seus compromissos hoje?” Dane olhou de volta para o banco de trás assim que o veículo se afastou da entrada da mansão Zhu. “O que houve com a mudança repentina de coração?”

Dominic permaneceu quieto, com os olhos na janela ao seu lado. Era verdade que ele cancelou tudo para hoje, pensando que precisava ficar em casa com seu filho. O que Sebastian fez foi alarmante, considerando que apenas uma semana atrás, seu filho tinha se envolvido numa briga. Qualquer pai ficaria alarmado ao ver seu filho mudando gradualmente.

Mas por que ele ligou para o seu assistente e pediu a Dane para buscá-lo, embora Dominic não tivesse outros planos para o dia?

“Ela está em perigo,” ele murmurou, mas ainda assim chegou aos atentos ouvidos do seu assistente. 
“O quê?” Dane franziu a testa, olhando para Dominic com perplexidade. “Quem está em perigo? A senhora?”

Assim que Dane concluiu quem era a pessoa sobre a qual seu patrão estava falando, os alarmes em sua cabeça dispararam. “Senhor, há alguém ameaçando ela ou o senhor? Devo fazer arranjos e contratar um novo grupo de seguranças para proteger a senhora e o jovem mestre? Posso contatar o chefe de polícia para investigar quem ousa ameaçar a vida da Senhora.”

“Eu sou o perigo.” 
“A petulância daquela — o quê?” Dane engasgou, olhando para o seu chefe em descrença. 
Dominic ainda estava com os olhos na janela, mas sua mente estava à deriva na memória recente em sua mente. Ele não conseguia se livrar daquela expressão no rosto de Heaven, e por algum motivo, o olhar que ela lhe deu mais cedo era como se o reivindicasse como dela. 
“Ela estava especialmente sedutora agora,” murmurou Dominic, com o rosto dela preso em sua mente. “Não é bom tirar conclusões precipitadas. Eu posso estar errado, afinal de contas.”

Oh, Dominic Zhu. Se ao menos ele soubesse como sua esposa o receberia de braços abertos se ele se atirasse sobre ela, ele não teria fugido.