Eu transmigrei e ganhei um marido e um filho! - Capítulo 1245

Capítulo 1245: Você realmente queria que ele morresse?

BANG!

Primo se sobressaltou quando uma mão de repente agarrou seu pulso e o puxou para longe da boca. No segundo seguinte, ele já puxou o gatilho. A bala foi direto para o teto, deixando um buraco nele.

“Que porra —” Assim que ele se virou, viu um punho vindo diretamente em seu rosto.

Foi só um soco, mas Primo foi nocauteado instantaneamente.

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Primo foi despertado por sua dor de cabeça e por uma substância pesada e molhada que caía sobre ele. Quando abriu os olhos, percebeu rapidamente que foi colocado dentro de um contêiner.

“Que porra —” suas palavras morreram em sua garganta quando o cimento molhado começou a cair sobre ele. “Merda!”

Era outro inimigo?

Os Ceifadores têm mais inimigos saindo das sombras?

Ou era um ato pessoal contra ele?

Primo instintivamente protegeu a cabeça até que o cimento parasse de cair sobre ele. Quando olhou para cima, tudo o que viu foram algumas caras muito familiares.

“Que diabos?!” ele arfou. “Moose! Fig! Que diabos vocês estão fazendo?!”

Moose deu uma risada. “Hah. Lobo, o cara está acordado!”

“Me disseram que íamos a um buffet, mas fui enganado,” Fig se explicou, apenas para receber um olhar fulminante de Primo.

“Você foi enganado, mas ainda assim felizmente joga cimento em mim?!”

“Hah!” De repente, Lobo apareceu sobre o contêiner com um charuto preso entre os dentes. “Meu jovem, eu disse que um dia desses resolveria as contas com você.”

Lobo tirou o charuto e acrescentou, “Se você quer morrer tanto assim, então vou assistir feliz enquanto você afunda no oceano. Afundem ele!”

Assim que Lobo gritou isso, Fig fechou o contêiner casualmente.

“Merda!” Primo praguejou antes de sentir o contêiner virar. Ele rolou dentro enquanto o contêiner era levado para as águas e, em pouco tempo, Primo sentiu a queda.

Outro palavrão escapou dele, lembrando-se de muitos anos atrás, quando tentou afundar Lobo no fundo do oceano. Assim como agora, ele também derramou cimento nele. Mas o homem era um lutador e conseguiu sair a tempo.

“Aquele velho vingativo!” Primo ficou tão irritado que chutou a tampa. A tampa estava bem fechada e, com a pressão, quanto mais ele afundava, mais difícil era lutar para abrir.

Há pouco tempo, Primo estava pronto para acabar com sua vida. Mas agora, ele estava tentando ao máximo libertar-se para viver.

Depois de muitas lutas, a tampa finalmente se abriu e a água invadiu imediatamente.

**

“Acho que colocamos cimento demais nele,” disse Fig preocupado.

“Essa é a ideia!” Moose bufou. “Ele está pronto para se matar de qualquer jeito. É muito melhor se ele der paz ao Lobo!”

Lobo sorriu enquanto fumava seu charuto tranquilamente, olhando para as águas. Depois de apenas um minuto, eles viram uma cabeça emergir da superfície.

“Vocês estão todos loucos!?” Primo rugiu irritado, fazendo Moose se assustar.

“Ah, merda.” Moose deu um passo atrás. “Nunca tive planos de contingência caso ele sobrevivesse.”

Fig olhou para Moose com conflito. “Você queria mesmo que ele morresse?”

“Claro que não! Você acha que só porque ele pagou totalmente pela nova prótese, eu não preciso mais dele?” Moose negou descaradamente antes de gritar para Primo. “Ei, Lobo me encurralou com uma arma! Eu não tive escolha, tá bom?!”

Lobo, por outro lado, marchou até a beirada e se agachou. “Ei, jovem, você ainda quer morrer?”

“Hã?” Primo permaneceu no mesmo lugar, mantendo-se à tona.

“Se você quer morrer, então não fique à tona, apenas afunde,” Lobo comentou. “Mas se você perceber que acabar com sua vida não é o que realmente deseja, então saia daí e lute por mais um dia.”

Seus lábios se curvaram em um sorriso, mas seus olhos pareceram mais gentis aos olhos de Primo. “Eu nunca te perdoei pelo que você me fez naquela época. Mas estamos quites agora… assim como você e o Sr. John estão quites. Então, é hora de se perdoar em vez de acabar com tudo de maneira egoísta.”

“O que você acha que essas crianças vão pensar quando suas vidas forem tiradas delas, enquanto você tira a sua?” Lobo continuou. “Carregue esse fardo até o fim ou mude sua perspectiva e viva sua vida por elas. A escolha é sua.”

Após dizer seu ponto de vista, Lobo lentamente se levantou e se virou casualmente.

“Ah, a propósito.” Lobo parou e olhou por sobre o ombro. “Hera me disse para transmitir uma mensagem: Como você ousa escolher seu dia de morte no dia do casamento dela? Ela disse que, se você quiser morrer, ela te mata na época mais entediante do ano. Apenas marque um horário.”

E com isso, Lobo retomou seus passos enquanto acenava de forma displicente.

Primo, que havia se mantido flutuando, não pôde deixar de sorrir. Ele se virou, escondendo as lágrimas que começavam a cair de seu rosto.

“Ei, Lobo! Me espera, droga!” Moose, que sabia que enfrentaria a ira de Primo, rapidamente seguiu o velho em busca de abrigo e proteção.

Fig, por outro lado, permaneceu no mesmo lugar. Ele olhou para Primo, suspirando sem esperança antes de sorrir. Justo aí, sentiu uma vibração em seu bolso. Tirando o celular, atendeu sem verificar.

“Ah, Débora, é você,” ele disse.

“Caçador está preocupado que Alexander esteja morto,” disse Débora, olhando para o banco do motorista onde Caçador estava. “Ele disse que Primo ainda tem uma dívida com ele.”

Fig piscou e olhou para Primo. “Acho que não é o melhor momento para isso.”

“Mas eu preciso do dinheiro,” comentou Caçador.

“Acho que ele não tem dinheiro, porém.”

“O quê?”

“Não se preocupe,” Fig tranquilizou. “Se você precisa de dinheiro, peça um empréstimo ao Moose.”

“Capitão, você está louco?” dessa vez, o rosto de Débora contraiu-se. “Pedir um empréstimo ao Moose é como pedir ao diabo para devorar metade da sua alma.”

“Não. É como pedir ao diabo para devorar sua alma inteira,” Fig corrigiu magnanimamente, fazendo Débora e Caçador franzirem a testa. Ele manteve os olhos em Primo e sorriu. “Tá bom. Eu pago.”

“Você vai?”

“Mhm.” Fig se virou para dar um pouco de privacidade a Primo, mas permaneceu no mesmo lugar porque Primo precisaria de uma carona de volta. “É meu presente ao meu irmãozinho problemático.”