Eu transmigrei e ganhei um marido e um filho! - Capítulo 1213
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Capítulo 1213: Embreagem II
Com o desenrolar da situação, a batalha encontrou um novo propósito: resgatar Hera ou impedir que ela conseguisse ajuda. Por isso, a intensidade do combate subiu a outro nível. Por conta disso, ninguém tinha notado as borboletas voando em círculos ao redor da mansão em colapso.
“Ela ainda está em movimento — ah, graças a Deus!” Coringa suspirou enquanto encarava os sensores térmicos na pequena tela em seu colo. “Mas 50 por cento do palácio já desabaram. Todas as saídas principais estão bloqueadas — merda!”
Coringa rangeu os dentes, frustrado ao perceber que a rota atual de Hera era outro beco sem saída. “Ainda há uma… duas… não, só uma. A outra já desabou e as bombas naquela área podem detonar a qualquer momento agora.”
“Você está conectado com o Tigre?” perguntou a voz de Dominic em seu fone de ouvido. “Se sim, envie as coordenadas para ele também. Estamos prestes a chegar na mansão. Me diga onde ela está agora.”
“Espere aí.” Coringa tentou se acalmar e puxou as coordenadas exatas de Hera.
Seria mais fácil se Hera não tivesse se desconectado, pois seria mais simples tirá-la de lá do que enviar pessoas para dentro de uma mansão em colapso. No entanto, Hera estava cercada. Além das paredes e tetos desmoronando, havia fogo espalhando-se pela mansão.
Já era um milagre que ela ainda estivesse de pé.
“Ela está lá!” Coringa exclamou, passando a Dominic as coordenadas exatas de Hera. “Estou enviando mais drones…”
Enquanto Coringa continuava falando, Dominic focava no que precisava ser feito.
Dominic levantou-se de seu assento e puxou manualmente a motocicleta, saltando pela superfície da mansão. Derrapando no chão, ele logo recuperou o equilíbrio e acelerou em direção à mansão.
Ao mesmo tempo, Tigre apareceu logo atrás dele, com a mesma agressividade. Ele também recebeu as coordenadas de Hera sem necessidade de estimativas, pois Coringa atualizava sua localização a cada cinco segundos.
“Dom!” ele gritou, logo atrás de Dominic. “Eu vou por este lado!”
Dominic não respondeu, mas ouviu o chamado do homem.
“Coringa,” ele chamou baixo. “Há bloqueio naquela porta?!”
“Não, mas —”
Antes que Coringa pudesse terminar a frase, ele ouviu o barulho alto de rotores de um lado e, em seguida, um estrondo. Coringa pausou por um momento, encarando o monitor térmico em choque.
“Dom, isso é!!” Coringa estremeceu quando um som estático agudo perfurou seus ouvidos. Ele quase jogou o fone de ouvido por instinto.
“Merda!” ele xingou ao se recuperar, olhando para o monitor e vendo Dominic rastejar sob uma parede desmoronada. “Perdi ele.”
Recolocando o fone, Coringa gritou, “Tigre, eu perdi o Dominic! Ele bateu na —”
Mais uma vez, os ouvidos de Coringa foram atacados por um barulho alto quando Tigre saltou pela janela, largando sua motocicleta sem piloto. O estático quase fez os ouvidos de Coringa sangrarem, mas, felizmente, ele não perdeu Tigre também.
“Estou dentro.”
*
*
De pé no que parecia ser uma cozinha, Tigre recolocou o fone de ouvido e disse, “Estou dentro. Onde eles estão?”
“Aham!” Coringa recuperou a compostura, verificando a localização de Dominic e Hera.
“Entendido.”
Assim que Tigre falou, outra explosão alta foi ouvida dentro da mansão. Não estava próxima a nenhum dos três, mas eles ainda sentiram o chão tremer. Quando Tigre se recuperou, ele se apoiou na parede ao seu lado, que balançava.
Sem dizer uma palavra, ele prendeu a respiração e saltou, correndo mais fundo na mansão para resgatar Hera.
*
*
BOOM!
Dominic cobriu o nariz instintivamente com o braço, tentando enxergar através da fumaça ao redor. Ele mal havia entrado, mas a fumaça que inalou quase o envenenou até a morte. Ainda assim, sua esposa estava dentro daquele lugar desde a primeira explosão.
“Hera!” Prendendo a respiração, Dominic gritou e começou a entrar. “Hera!”
Sua voz de alguma forma ecoou junto às paredes que desabavam e os escombros que caíam. Ele respirou o mínimo possível, mantendo a cabeça fria para calcular seus movimentos. Como estava desconectado de Coringa, Dominic só podia estimar e calcular a localização de Hera.
Mas, conforme ele se movia rapidamente, começou a se sentir zonzo e sua cabeça pesava. Ele deu outra pequena inspiração e segurou o ar pelo máximo que pôde. Cerrando os olhos, começou a mover alguns móveis caídos do caminho.
“Hera!”
Dominic tossiu, abanando a mão na frente do rosto enquanto outra nuvem de poeira subia às suas narinas. Mas ele não parou, arrastando os pés e chamando o nome de Hera para que ela soubesse que ele estava lá.
“Hera!”
Outra bomba detonou, e pelo som, estava mais próxima. As bombas pareciam rastejar pela mansão, e, considerando que mais da metade da mansão já havia desmoronado, em breve chegariam até ali.
“He —”
*Tosse*
Dominic tossiu e cobriu o nariz instintivamente com o braço.
*tosse*
Novamente, uma tosse fraca foi ouvida, mas dessa vez, não era dele. Os olhos de Dominic brilharam, olhando ao redor, tentando encontrar a origem do som. Quando ouviu novamente, seus olhos caíram sobre a parede já desabada, apoiada contra outra parede, criando um pequeno espaço embaixo.
Uma mão estava se arrastando debaixo dali enquanto a tosse persistia.
“Hera!” Dominic pulou de onde estava, encontrando uma nova vitalidade. Ele deslizou de joelhos, espiando o pequeno espaço embaixo do concreto. Seu suspiro de alívio foi interrompido assim que viu que metade do rosto dela estava coberta de sangue.
Hera espichou um dos olhos, com a visão duplicada. Demorou um momento para os rostos que via se sobreporem, revelando o rosto exato que ela queria ver naquele momento.
“Heh…” ela riu fracamente, quase como um suspiro. “Estou salva.”
Logo antes de Dominic encontrá-la, Hera lutava consigo mesma para permanecer acordada. Ela sabia que não podia simplesmente desmaiar, com medo de nunca acordar. Mas assim que viu Dominic, tudo cedeu, como se soubesse que já estava salva.
“Hera!” Dominic segurou a cabeça dela instintivamente, seu coração martelando diante da condição dela. Apesar disso, ele a puxou para fora do espaço estreito, rezando para que ela não estivesse realmente presa ali. Para sua sorte, parecia que Hera se esconderá deliberadamente ali para se proteger.
“Vamos sair daqui,” ele disse, tirando a camisa. Ela estava encharcada de suor, mas ele ainda assim a enrolou na cabeça dela. Ela já tinha inalado muita fumaça e Dominic só podia fazer isso para tentar diminuir o que ela inalaria no resto da saída.
Indiferente à falta de sua camisa, Dominic a carregou nos braços e correu para a única saída viável. Mas, ao se aproximar da saída, ele viu o teto antes que desabasse.
Ele parou, horrorizado.
‘Isso…!’ Ele olhou para Hera e cerrou os dentes, virando-se enquanto o desabamento os perseguia. Dominic a segurou firmemente contra o peito, ignorando sua própria segurança enquanto tentava encontrar outra forma de sair daquele inferno.
Contudo, no momento em que pensou em outra rota, outra explosão surgiu à distância. As paredes ao lado de Dominic tremeram, parando-o abruptamente. Ao virar a cabeça, tudo que ele viu foi a parede desabando sobre eles. Ele abraçou Hera de forma protetora, virando-se para receber o impacto em uma tentativa inútil de protegê-la.