Eu transmigrei e ganhei um marido e um filho! - Capítulo 1192
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Capítulo 1192: Sim, você é o primo dela.
“Seja o próximo chefe da Família Oxley. Faça isso, ou apenas morra junto com sua mãe e o resto das pessoas que me incomodarão sobre isso novamente.”
Charlotte prendeu a respiração enquanto avaliava o semblante de Hera. “Você não está brincando.”
“Eu pareço alguém que falaria besteira sobre isso?”
Não.
“Mas — como — eu sou jovem, não sei — eu não li — estou tonta —”
“Ei.” Hera estalou os dedos na frente de Charlotte para impedi-la de entrar em pânico. “Olhe para mim.”
A respiração de Charlotte falhou, olhos trêmulos enquanto segurava o par de olhos que a refletiam.
“Você consegue fazer isso?” perguntou Hera, e ela imediatamente balançou a cabeça negativamente.
“Eu não consigo!” exclamou Charlotte. “Como posso ser a chefe da Família Oxley? Você sabe o tamanho da responsabilidade que isso representa? Além disso, não é tão fácil assim. As Quatro Famílias não apoiarão isso! Eles não permitirão —”
“Então, você vai apenas morrer?” Hera arqueou uma sobrancelha, silenciando Charlotte instantaneamente. “Se você não consegue fazer, então morra.”
Sem piscar, Hera puxou o pistola ao seu lado. Ela engatilhou e a colocou bem na frente da cabeça de Charlotte. Charlotte congelou no lugar, esquecendo-se de respirar pelo tempo que conseguia se lembrar.
“Eu vou fazer,” Charlotte falou instintivamente, sabendo que Hera estava prestes a puxar o gatilho. Ela sabia que sua prima não estava brincando com sua oferta, nem estava brincando sobre atirar nela aqui e agora.
“Viu?” Hera balançou a cabeça satisfeita. “É fácil escolher.”
Então ela retirou a arma da cabeça de Charlotte, desmontando-a sem esforço, como se essa ação fosse tão natural para ela quanto respirar. Hera lançou um olhar de soslaio enquanto a outra ainda não tinha se recuperado do choque.
“Carneiro, qual é o nosso ETA?” Hera perguntou, voltando seus olhos para a frente.
“Dez minutos. Tigre e Coringa já estão lá.”
Hera assentiu em compreensão. “Alguma notícia do Lobo?”
“Eles já estão em movimento.”
“E Elliot?”
“Eu não ouvi diretamente dele, mas a pessoa que você enviou lá passou a mensagem.” Carneiro olhou por sobre o ombro. “É um tiro longo, Hera, mas vale a pena tentar.”
“Eu não proporia se não achasse que não.” Hera sorriu calorosamente para ele. “Não se preocupe comigo. Caso falhe e eu morra, eu sei com certeza que não estarei sozinha. Todos nós morreremos juntos! Será um cenário mais alegre então.”
Um suspiro impotente escapou de Carneiro, balançando sua cabeça. No entanto, o canto de seus lábios estava curvado em um pequeno sorriso. Hera sorriu maliciosamente enquanto se recostava, olhando para Charlotte novamente. Seu rosto se desfez porque Charlotte ainda a olhava vagamente.
“Carneiro, quando eu deixar essa garota aos seus cuidados, certifique-se de reprogramar o cérebro dela,” ela disse indiferentemente. “Ela não vai durar muito se tudo o que ela confiar for na sorte.”
Charlotte piscou e sorriu sutilmente. “Obrigada.”
“Não agradeça a ela,” disse Carneiro. “O que ela está dizendo é que eu vou lavar seu cérebro.”
O cacho nos lábios de Charlotte virou de cabeça para baixo. Seus olhos apareceram arredondados como se ela tivesse de repente perdido toda esperança.
“Tsk,” Hera estalou a língua, desviando o olhar dessa jovem que sobreviveu até agora graças à sorte. Mesmo agora, Charlotte estava com sorte, e Hera não podia negar isso.
Olhando para trás, Hera estava um pouco admirada. De todas as pessoas com quem Charlotte poderia esbarrar, ela encontrou Axel. A partir daí, de alguma forma, Charlotte conseguiu alcançar seu objetivo inicial, mesmo que ela não tivesse nenhum plano concreto sobre como encontrar Hera.
Quem tentasse encontrar Hera — mesmo aqueles que queriam pegá-la — nem sequer conseguiriam ver sua sombra. Mas essa garota de alguma forma conseguiu. Embora fosse principalmente porque ela é uma Oxley.
‘Eu ainda estou um pouco impressionada’ surgiu um pensamento. ‘Essa garota… ela não é ruim para uma prima.’
*
*
*
Dez minutos se passaram e, como Carneiro disse, eles chegaram ao local de encontro. Assim que o carro parou, Hera pulou para fora.
“Uh, espera!” Charlotte gaguejou, entrando em pânico enquanto todos no carro estavam saindo e ninguém lhe oferecia ajuda. “Como eu faço—”
Charlotte se emocionou um pouco enquanto tentava alcançar a maçaneta da porta. Até agora, ela ainda estava amarrada. Ela olhou para o para-brisa, vendo Hera conversando com algumas pessoas na frente do helicóptero.
“Eles vão me deixar aqui?” Ela se perguntou, entrando em pânico enquanto tentava alcançar a maçaneta.
Sua impressão de Hera era complicada. Mas do que ela tinha certeza era que Hera a deixaria para trás se ela não se ajudasse.
Enquanto Charlotte lutava contra o tempo, Tigre franziu a testa enquanto Hera discutia casualmente assuntos com ele.
“Você não trouxe alguém?” Ele perguntou. “Eu não vejo a infame prima de vocês.”
Hera olhou em volta uma vez e depois deu de ombros. “Talvez ela tenha escapado?”
“Você a deixou no carro?”
“Ela vai ficar bem.” Ela acenou displicentemente. “De qualquer forma, nós…”
Hera interrompeu enquanto observava Tigre caminhar em direção ao carro. Suas sobrancelhas se levantaram mas então deu de ombros desdenhosamente. Em vez disso, ela se aproximou de Carneiro, que estava conferindo o outro veículo por perto.
*
*
*
“Por que isso é… tão alto?” Charlotte esticou-se para alcançar a maçaneta com grande dificuldade. Ela esticou os dedos até que as pontas dos dedos tocassem a maçaneta. Aproximando-se mais, ela endireitou os joelhos um pouco até sua cabeça tocar o teto.
Só mais um pouco, ela se disse. Só mais um pouquinho e —
“Kyah!” Um grito alto escapou automaticamente dela quando a porta de repente se abriu de fora. Com sua posição, Charlotte rapidamente perdeu o equilíbrio e caiu direto para fora do carro. Felizmente, um braço largo e musculoso a segurou pela cintura em tempo hábil.
Sua respiração parou quando seu coração pulou por um segundo. Seus olhos tremiam, olhando para o par de olhos caídos que refletiam seu rosto pálido. Ela engoliu, estudando suas grossas sobrancelhas enrugadas, seus traços faciais definidos e a expressão natural em seu rosto que era uma mistura estranha de indiferença e interesse.
“Você é a prima dela?” O desânimo lentamente substituiu a curiosidade estampada no rosto de Tigre. “Você parece alguém que ela pegou do freezer.”
“Você não pode simplesmente pegar alguém do freezer. Eu não sou uma comida congelada.”
Tigre piscou, olhando para Charlotte sem emoção. “Sim. Você é a prima dela,” ele disse e, num giro rápido, carregou Charlotte com um braço ao seu lado, carregando-a como se ela fosse simplesmente um travesseiro que ele pudesse usar numa luta de travesseiros.