Eu transmigrei e ganhei um marido e um filho! - Capítulo 1191
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Capítulo 1191: Seja o próximo chefe da família
Enquanto isso…
‘Três horas…’ Hera estava dividida entre admiração e humilhação por Charlotte. Ela tinha dado a essa jovem três horas para processar suas emoções e encontrar as ‘palavras certas’ para ela dizer. Mas já haviam passado duas horas e meia e tudo o que Charlotte havia dito era um monte de bobagens.
Até Carneiro estava um pouco preocupado com o estado mental de Charlotte. A última tinha falado sobre muitas coisas. Nenhuma delas estava conectada ao motivo pelo qual estava ali e o que realmente queria de Hera.
“Minha mãe possui jatos particulares, mas eu nunca andei em um. Eles parecem assustadores, eu acho,” continuou Charlotte enquanto finalmente conseguia se sentar do outro lado do banco traseiro. Suas mãos ainda estavam amarradas. “Eu realmente pareço mais pálida que o normal? Fui confundida com um fantasma há pouco tempo.”
Hera olhou para Charlotte confusa, sem se dar ao trabalho de responder à jovem. Ela já havia ouvido besteiras demais dela.
“Você…” ela começou, surpresa que, apesar de todas as bobagens de Charlotte, a última conseguiu deixá-la sem palavras. Tanto Hera quanto Carneiro não puderam deixar de ver isso como uma habilidade especial de Charlotte. Hera estava cercada por pessoas de personalidades fortes, pessoas que também tinham bocas afiadas e um amplo conhecimento da arte do insulto. Mas nenhuma delas a deixou sem palavras como Charlotte.
“Charlotte Oxley, você percebe que passou as últimas duas horas e meia dizendo coisas que eu não me importo?” Hera perguntou por pura curiosidade. “Você bateu a cabeça quando era bebê e nunca se recuperou? Seja honesta.”
Charlotte apertou os lábios e inflou as bochechas. “Estou apenas tentando animar o ambiente.”
Animar o ambiente?
“Suponho que você era considerada uma borboleta social na sociedade secreta, já que certamente sabe como fazer exatamente isso.” Os olhos de Hera se arregalaram enquanto ela se recostava como se tivesse medo de contrair qualquer doença que Charlotte estivesse carregando.
Charlotte reprimiu um sorriso miseravelmente enquanto murmurava. “Não sou uma borboleta social, mas algumas pessoas me disseram que eu sou uma natural.”
“!!!”
Carneiro mordeu a língua para segurar uma risada, apoiando o cotovelo na janela enquanto pressionava os nós dos dedos contra a boca. Ele viu Hera crescer e uma coisa que ele poderia dizer com certeza era que Hera frequentemente tinha a última palavra a dizer. Por isso, Carneiro achou essas últimas duas horas interessantes.
Talvez, fosse porque Hera estava cercada por pessoas de personalidades fortes, elas não podiam facilmente ignorar as bobagens de Hera. Eles sempre sentiram como se precisassem responder a ela, o que era algo que ela queria desde o início. Mas com Charlotte, o sarcasmo de Hera não teve efeito nem suas metáforas inteligentes. A jovem não conseguia captá-las!
“Ugh…” Hera massageou a nuca para diminuir o estresse crescente. “Deus. Por que você é assim?”
Charlotte piscou inocentemente. “Isso é bom ou ruim?”
“É uma desgraça!” Hera sussurrou, fazendo Charlotte se encolher. “Se a verdadeira razão pela qual você veio até mim é para provar que você é um estorvo ambulante, bem, bom trabalho! Você provou seu ponto de vista.”
Charlotte encolheu-se sob o olhar dela, um pouco surpresa pelo fato de Hera poder mostrar tantas emoções em um piscar de olhos. Momentos atrás, Hera era como uma montanha que não se moveria, não importava que calamidade natural atingisse o mundo.
“Oh, Deus.” Hera apertou a ponte do nariz. “Agora, matar você é mais como um ato patético. Isso só me faria parecer mesquinha.”
“Mas você não é mesquinha…” Charlotte interrompeu quando Hera a encarou. “Desculpe.”
“Senhorita, você só tem mais alguns minutos com Hera.” Desta vez, Carneiro pigarreou e entrou na conversa para ajudar Hera. “Você deve falar agora e contar tudo porque, uma vez que seu tempo acabar, você não terá essa chance novamente. Nunca.”
Charlotte mordeu o interior dos lábios inferiores enquanto olhava para Carneiro e depois de volta para Hera. “Eu já disse o que queria dizer.”
“Huh?” Hera arqueou uma sobrancelha enquanto Carneiro olhava para trás.
Em qual parte de suas bobagens ela conseguiu enfiar sua mensagem importante? Tanto Hera quanto Carneiro instintivamente rastrearam tudo o que Charlotte disse nas últimas duas horas. Nada disso fazia sentido em relação à situação atual deles.
“Eu disse que não sou amada pela minha mãe e que me matar não faz diferença,” disse Charlotte com uma vozinha. “E por causa disso, eu assumi que você já sabia que eu estou aqui para implorar que você não lute contra ela.”
Hera riu de escárnio enquanto Carneiro ficou sem palavras.
“Mas claramente, você não vai mudar de ideia mesmo que eu implore. Então, eu apenas passei as últimas duas horas tentando processar minha morte,” continuou Charlotte com a mesma vozinha, baixando a cabeça sob o olhar de Hera. “Ainda não consigo dizer que aceito, mas agora está tudo bem. Acho que é assim que as coisas são. Embora eu não esteja feliz que seja você que vai fazer isso.”
“…”
Carneiro lentamente olhou de volta para Hera, apenas para vê-la olhando para Charlotte com emoções misturadas.
“Quando decidi fazer o que fosse necessário para te encontrar, pensei que poderia mudar sua mente,” Charlotte sorriu enquanto ria fracamente. “Mas então, percebi que você tem todos os motivos para vir atrás da minha mãe e de toda a família. Convencê-la a desistir disso é mais um insulto a você e eu não quero fazer minha prima sentir que eu vim vê-la para invalidar seus sentimentos em nosso primeiro encontro.”
“Também ficaria enfurecida se passasse pelo que você passou,” ela acrescentou, sua voz se quebrando como se estivesse simplesmente reunindo coragem para continuar. “Acontece que… a pessoa que fez tudo isso com você e com sua família é minha mãe.”
“Você está dizendo que está tudo bem se eu matar sua mãe?” Hera arqueou uma sobrancelha, mas Charlotte balançou a cabeça.
“Não. Ela pode não me amar, mas eu a amo. Ela ainda é minha mãe.” Charlotte apertou os lábios e forçou um sorriso ainda mais amplo. “Mas eu também acho que se você não pará-la, as outras famílias o farão. Se eles não conseguirem, então alguém no futuro o fará. Minha mãe não é do tipo que para quando consegue o que quer. Sempre há mais e nada é suficiente. E ela fará tudo isso de novo até que alguém finalmente ponha um fim nisso.”
Os olhos dela se suavizaram ao perceber o que acabara de entender simplesmente estando neste carro com Hera. Hera pode não ter falado muito, mas sempre que ela falava com Carneiro ou qualquer outra pessoa ao telefone, Charlotte conseguia sentir que o motivo de Hera para esta batalha não era apenas por puro ganho próprio ou vingança.
“Eu disse a mim mesma que não há necessidade de mais derramamento de sangue desnecessário,” Charlotte sussurrou com um sorriso desamparado. “Mas então, percebi que se o sangue não derramar esta noite, haverá mais derramamento de sangue desnecessário no futuro se ninguém parar minha mãe.”
Hera se recostou, quase surpresa que essa jovem pudesse falar algo além de bobagens. Ela olhou para Carneiro, e o homem assentiu para ela.
“Vou matar Florence, quer você queira ou não. Você pode me odiar por isso, mas eu não me importo,” Hera comentou. “Mas se você quer se redimir, eu tenho uma oferta para você.”
“Uma oferta?”
“Assim como essas amarras, eu não te ajudo com isso, não porque eu não posso, mas porque simplesmente não quero. É o mesmo com esta situação.” As sobrancelhas dela se levantaram, estudando a expressão no rosto de Charlotte. “Eu não gosto de fazer coisas que eu não quero fazer, mesmo quando eu sei que posso fazê-las.”
“Hera, você está dizendo…”
“Seja a próxima chefe da Família Oxley,” Hera sugeriu, quase como uma ordem. “Faça isso, ou apenas morra junto com sua mãe e o resto das pessoas que vão me incomodar sobre este assunto novamente.”