Eu Casei com um Alfa Degradado - Capítulo 26
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26: Planejando Comprar um Mecha 26: Planejando Comprar um Mecha Tuss havia arranjado uma nave civil particular para dar-lhes uma carona enquanto passassem pelo planeta de minério.
“Estamos a caminho do Planeta 814, que abriga o maior mercado negro da Galáxia Gama,” Tuss explicou a ela.
Yuri olhou em volta, silenciosamente questionando com a forma de sua boca: É seguro falar tão abertamente?
Tuss deu uma risada e disse, “É de conhecimento comum. Talvez eles também estejam indo para o mercado negro.”
Yuri de repente se deu conta e perguntou, “Isso é mesmo legal?”
“Não,” Tuss balançou a cabeça, “Mas ninguém se dá ao trabalho de intervir. As pessoas por trás do mercado negro têm conexões fortes.”
“Mais do que fortes,” um homem sentado na frente se intrometeu, fofocando, “Dizem que é administrado pelo sobrinho de um comandante de terceira classe. Um comandante de terceira classe, veja bem, não há muitos na Aliança.”
Yuri sabia que as patentes no comando da Aliança eram numeradas de um a nove, sendo um a mais alta e nove a mais baixa. Havia muito poucos comandantes de primeira classe, menos de cinco em toda a Aliança. Segunda classe também era rara, menos de dez; e a terceira classe, embora mais prevalente, ainda tinha apenas cerca de quinze.
Considerando a população de bilhões da Aliança, quinze era como encontrar uma agulha em um palheiro. O poder que eles detinham era imenso.
Yuri suspirou, “O nepotismo está em todo lugar.”
“Nem me fale, quando uma pessoa sobe ao poder, toda a sua família se beneficia,” o homem na primeira fila concordou, puxando conversa com Yuri, “Para que você está indo ao mercado negro?”
“Só dando uma olhada. Nunca estivemos em um mercado negro, só curiosidade,” Yuri admitiu com uma ponta de anseio.
O homem assentiu entendendo e alertou, “Há muitos itens ótimos no mercado negro, certamente será revelador. Mas controle suas mãos, as coisas lá podem custar caro…bem…”
Yuri respondeu inocentemente, “Sem problema, não temos muitos braços e pernas para gastar mesmo.”
Olhando para Yuri e depois para Tuss, o homem disse, com simpatia, “Vocês dois parecem se complementar, um sem um braço, o outro sem uma perna. A vida pode ser dura, mas pelo menos um de vocês é ‘normal’—”
O homem fez uma pausa, talvez percebendo que suas palavras pudessem ser ofensivas. Ele riu constrangido e se corrigiu, “É admirável como vocês se mantêm unidos. Bom, muito bom, ha ha ha.”
Yuri, não se ofendendo, apenas concordou com o comentário do homem, “É porque cada um de nós tem suas próprias deficiências que não julgamos um ao outro. Se ambos fôssemos fisicamente aptos, poderia ser uma história diferente.”
O homem concordou, “É verdade.”
O mercado negro ficava em uma cidade subterrânea, aberta apenas após escurecer e fechada ao nascer do sol.
Antes de se aventurarem lá, Tuss e Yuri reservaram uma suíte em um hotel. Assistindo a uma quantidade significativa sendo deduzida de suas contas, Yuri franziu a testa, “Tão caro.”
“O mercado negro atrai muita gente, então tudo aqui é mais caro do que em outras cidades,” Tuss explicou. Ele fez uma pausa e acrescentou, “Eu cuido de ganhar dinheiro e prover para nós. Se você ver algo que goste no mercado negro, não hesite em comprar.”
Yuri ergueu uma sobrancelha, intrigada com suas palavras. Decidiu provocá-lo um pouco, “E se eu estiver interessada em um mecha?”
Tuss deu uma olhada no saldo da conta bancária e fez uma careta, “Bem, isso depende do mecha.”
Os preços dos mechas variavam de milhões a bilhões. Suas economias permitiriam que comprassem um mecha na faixa dos dez milhões, mas após tal compra, não sobraria muito para supressores ilegais.
Mas se Yuri quisesse um, Tuss garantiria que ela o teria. Ele descobriria como ganhar mais astracréditos.
“Certamente poderíamos usar um mecha, tornaria as viagens mais fáceis,” Tuss concedeu.
Os olhos de Yuri se iluminaram, ela perguntou, incrédula, “Nós poderíamos ter nosso próprio mecha?”
Se Tuss teve alguma hesitação um momento atrás, ela se foi no instante em que viu a animação dela. Mesmo que isso significasse gastar todas as suas economias, ele não vacilou, “Sim, vamos comprar um mecha. Nosso próprio mecha.”
Yuri abriu um grande e bobo sorriso.
Vendo a felicidade dela, Tuss não pôde deixar de sorrir também.
“Podemos vender coisas no mercado negro também?” Yuri perguntou.
Tuss concordou, “Eles não aceitam itens comuns.”
Em outras palavras, eles precisariam de algo especial ou valioso para vender.
O semblante de Yuri mudou, ela perguntou com cautela, “Nosso quarto está sob vigilância?”
Confuso, Tuss girou pelo quarto, inspecionando-o completamente. Uma vez convencido, confirmou, “Não, não está.”
Yuri suspirou aliviada e se aproximou de Tuss. Ela disse, nervosa, “Tenho algo para te mostrar.”
Intrigado, Tuss se inclinou para a frente, “O que é?”
No segundo seguinte, ele viu um lampejo de azul.
Surpreso, mas não totalmente, perguntou, “Você escondeu no seu corpo?”
Yuri pareceu satisfeita consigo mesma, “Eu envolvi com Enova, então não pode ser detectado.”
Tuss havia compartilhado sua riqueza com ela, então ela não viu razão para manter sua Chave Azul escondida.
“Quando você conseguiu esconder tantas? Você era uma mula de drogas antes de nos encontrarmos?” Tuss perguntou curioso. Ele sabia que os piratas só tinham cerca de uma dúzia, mas Yuri tinha pelo menos uma centena delas.
“Eu as coletei no caos,” Yuri se gabou.
Tuss estava ao mesmo tempo afeiçoado e impressionado. Ele lhe deu um sinal positivo com o polegar, “Muito bem feito.”
Todos os outros estavam focados em sobreviver ao caos, apenas ela pensou em coletar a Chave Azul. Foi ousado e meticuloso. Poucos poderiam ter feito isso.
Tirar dos piratas não era tarefa fácil.
Yuri dividiu a Chave Azul em três partes. Ela deu um terço para Tuss, “Chave Azul é muito duro, além de suas propriedades medicinais extraordinárias, é também um ótimo metal. Mantenha dentro de você, pode ser útil no futuro.”
Tuss estava prestes a recusar, mas quando viu Yuri olhar pensativa para suas calças vazias, ele pegou.
“Guardarei uma parte para mim. O resto podemos vender,” Yuri disse, pesando um terço da Chave Azul na mão. Era mais pesada que o ouro, mesmo um pedaço pequeno como esse pesava mais de meio quilo.
Um grama custava cem mil astracréditos, e meio quilo era cinquenta milhões de astracréditos. Isso era o suficiente para comprar um mecha.
À medida que a noite caía, Yuri e Tuss se equiparam e mascararam seus rostos. Yuri se enrolou em uma capa preta, cobrindo seu braço faltante. Tuss, também encapado, movia-se suavemente em duas muletas.
Para visitar o mercado negro, Tuss havia arranjado um cartão anônimo especialmente.
Eles se dirigiram primeiro à seção de vendas.
Ao entrarem, o balconista mal olhou para eles, sua atitude desdenhosa e indiferente.
Yuri nem se importou com ele e simplesmente disse, “Chame seu gerente.”
O balconista revirou os olhos e disse, “Se o preço for menos que um milhão, eu posso cuidar disso.”
“Não perca tempo. Chame seu gerente,” Yuri ordenou, sua atitude ainda mais arrogante que a do balconista.
O balconista rangeu os dentes e disse, “É melhor ter algo valioso. Nosso gerente não é muito paciente.”
O balconista foi relutante chamar o gerente, lançando um olhar de ‘se vira’ para Yuri.
Yuri estava muito curiosa para saber o quão ruim poderia ser o temperamento do gerente.
Tuss se sentou calmamente e disse, “Acho que ele é um alfa.”
Yuri, que havia estado atualizando sobre as normas sociais nos últimos dias, percebeu, “Então seu Mar da Consciência deve ser bastante turbulento.”
A aparência do gerente confirmou o palpite de Yuri. Seu Mar da Consciência não estava apenas turbulento; estava à beira do caos.