Eu Casei com um Alfa Degradado - Capítulo 112

112: Roubando as Roupas de Yuri 112: Roubando as Roupas de Yuri Yuri podia sentir o olhar de Hoarah, quente como fogo, em suas costas.

Ela se sentia cada vez mais desconfortável ao redor de Hoarah e decidiu silenciosamente investigar essa coisa de ‘compatibilidade’ que ele havia mencionado. Queria saber do que se tratava.

Lá embaixo, Hoarah se forçou a desviar o olhar.

Tuss se aproximou com passos pesados, os olhos ardendo de raiva, e disse, “Eu te desafio.”

Hoarah balançou a cabeça, “Não vou brigar com você. Quero uma competição justa.”

Arya, que vinha observando tudo, não conseguiu se conter e falou. “Você é louco,” ela disse. “Eles estão juntos, então o que há para competir?”

Hoarah lançou um olhar para Arya. “Você não entenderia.” Ele virou e se afastou.

Na Internet Interestelar, a decepção ecoava entre a multidão.

“Cara, eles nem sequer chegaram a se bater.”

“Só um golpe já teria sido bom.”

“Yuri é tão equilibrada. Se ela tivesse mostrado um pingo de simpatia por Hoarah, Tuss teria pirado.”

“Sério, Yuri é tão descolada. Ela dispensa seus pretendentes desse jeito—tão direta.”

“Mas é por isso que ela é incrível. Eu gosto ainda mais dela agora.”

“Ela tem princípios. Mas, não parece meio robótica? Se fosse você, com dois alfas superpoderosos disputando você, conseguiria ficar calma? Trataria seus pretendentes como ela faz?”

“Agora que você mencionou, algo realmente parece estranho. Yuri obviamente prefere Tuss.”

“Exatamente! Eu estava pensando o mesmo.”

“Você acha que ela pode ser uma androide? Isso explicaria suas habilidades incríveis.”

“….”

Enquanto isso, Yuri não fazia ideia de que, enquanto pesquisava sobre ‘compatibilidade’, os rumores de que ela poderia ser uma androide se espalhavam.

À medida que a notícia se espalhava, as dúvidas se tornavam crenças concretas.

“‘Compatibilidade’ significa o quão bem os elementos beta e feromônios combinam. Quanto melhor a combinação, menos alfas e betas se repelem. Isso facilita a orientação espiritual, torna a demarcação mais eficiente e a vida de casados mais tranquila. Estudos também sugerem que uma alta compatibilidade pode levar a filhos alfa ou beta mais fortes. Quando famílias nobres casam seus filhos, compatibilidade é uma questão importante….”

Quanto mais Yuri lia, mais confusa se sentia.

Finalmente, ela desligou o computador com um estalo e caiu na cama. Quem se importa com compatibilidade? Se Hoarah tentar alguma coisa, ela vai dar-lhe uma prova do seu punho.

Na manhã seguinte, Yuri notou pessoas olhando para ela como se ela fosse um animal exótico.

“Yuri, posso tocar na sua mão?” Sagato perguntou com cuidado.

“O quê?” Yuri perguntou, confusa, “Por que você quer tocar na minha mão?”

“Eu estou apenas… apenas curiosa,” Sagato gaguejou, seu rosto ficando vermelho. Por alguma razão, sempre que estava perto de Yuri, seu coração acelerava.

Vendo o rosto de Sagato ficar vermelho, Yuri decidiu não fazê-la se sentir mais envergonhada. Ela estendeu sua mão esquerda, fez uma pausa, e então ofereceu sua mão direita também.

Sagato tocou timidamente as duas mãos de Yuri. Seus olhos se arregalaram no momento seguinte.

“Há algo errado?” Yuri perguntou, afastando as mãos.

“Não, n-nada.” Sagato balançou a cabeça. Estava rígida como uma tábua enquanto se afastava da mesa de Yuri de forma desajeitada.

“Então, como foi?”

No momento em que Sagato se sentou, seus colegas a cercaram, ansiosos por respostas.

“As mãos dela são incríveis,” Sagato suspirou sonhadora. “Como seda macia. Não consegui ver nenhum poro. São tão suaves e delicadas.”

O ciúme se espalhou pelos rostos dos outros alunos. Todos queriam tocar nas mãos de Yuri também.

“Você acha que ela é humana ou uma androide?”

“Ela é perfeita demais,” Sagato suspirou novamente. “Tão perfeita que parece irreal. E sua mão direita… estava quente.”

“Espera, a mão biônica estava quente?”

“Talvez tenha um recurso de controle de temperatura.”

“…”

Com a descrição de Sagato, a ideia de que Yuri era um robô cresceu ainda mais entre os alunos.

Smash—
De volta ao dormitório, Saina derrubou tudo de uma mesa em raiva. “Yuri não pode ser uma androide,” ela sibilou, seu rosto distorcido em negação.

Saina tinha visto Yuri sangrar. Ela tinha visto a preocupação no rosto do Oficial Lyao e de Tuss. Ela tinha visto Yuri sendo levada às pressas para a cirurgia.

Ela insistia que Yuri não podia, absolutamente não podia, ser um robô.

Mesmo que a tecnologia da Aliança pudesse falsificar a realidade, imitar feridas e sangue, ela se recusava a acreditar nisso.

Saina não queria acreditar que era menos que um robô. Que Tuss escolheria uma androide ao invés dela.

Que piada. Isso não pode ser verdade.

Os dois primeiros períodos da tarde eram todos de treinamento físico. Correr, lutar, escalar, circuitos de obstáculos… Yuri perdeu a conta de todos os exercícios.

Ela tentou todos um por um. Quando os dois períodos terminaram, ela ainda não havia concluído todas as tarefas.

Yuri sentiu um toque de arrependimento. Teria que terminar na próxima vez.

Ela seguiu os outros para o vestiário, planejando tomar um banho e se trocar.

Quando chegou a sua vez, ela tinha menos de dez minutos antes da próxima aula. Ela rapidamente colocou os botões dimensionais no bolso de sua jaqueta e correu para o chuveiro apenas com uma calça e uma regata.

Ela enxaguou o suor, se secou e se vestiu—tudo em menos de cinco minutos.

Mas quando saiu, sua jaqueta, que ela havia deixado de fora, estava desaparecida.

O botão dimensional estava na jaqueta, e os supressores beta estavam no botão.

Yuri observou ao redor do vestiário – estava vazio. Ela correu para fora, justo quando todos estavam se apressando para suas aulas.

Ao vê-la tão frenética, todos se viraram para olhar para ela, seus olhos pousando em seu braço direito que deveria ter uma cicatriz terrível ali.

Para surpresa de todos, o braço de Yuri não parecia como eles esperavam. Não havia cicatrizes feias, e era difícil ver onde havia sido cortado. A pele estava lisa como manteiga, e seu braço brilhava ao sol. Parecia quase bonito demais para ser real.

Neste momento, Yuri estava apenas preocupada com o seu botão dimensional perdido. Ela não percebeu as pessoas olhando para ela.

“Oficial Lyao, alguém roubou meu botão dimensional,” Yuri disse, ligando para o número do Oficial Lyao imediatamente.

O rosto do Oficial Lyao ficou pálido. “Fique aí.”

Assim, Yuri esperou e também ligou para Tuss para deixá-lo saber o que aconteceu.

No meio de sua aula, Tuss de repente se levantou, dizendo, “Senhora, tenho uma emergência. Preciso sair.”

“O que está acontecendo?” perguntou a professora.

“O botão dimensional de Yuri sumiu,” disse Tuss.

“O quê?” Daleks exclamou, soando chocado.

Ender e Kilana pareciam igualmente chocados.

“Ela perdeu algo valioso no botão? Ou ela só o deixou em algum lugar e esqueceu?” a professora perguntou.

“Senhora, isso é realmente importante. Preciso ir agora,” Tuss disse, saindo da sala de aula sem esperar por uma resposta.

“Eu também vou,” disse Daleks, seguindo Tuss.

Ender e Kilana foram rápidos em se juntar a eles.

A professora e o resto da classe apenas olharam, confusos. É só um botão dimensional perdido. Por que precisa de uma equipe de busca tão grande?