Esperta esposa dos irmãos Lin - Capítulo 391

Capítulo 391: Questões de abandono

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“E se você não me conhecer? E se você nunca me encontrar em outra linha do tempo, como a de onde eu vim?” perguntou Su Wan, seu coração batendo forte contra o peito.

“Então você me espera,” disse Lin Yan sem hesitar. “Apenas me espere, e eu irei te encontrar.” Ele ergueu sua mão e mostrou o pulso, onde estava amarrado um cordão dourado. “Agora estamos ligados para a eternidade, não estamos? Vou te encontrar, mesmo que você não se lembre de mim. Eu definitivamente irei atrás de você.”

“Isso é uma promessa?” perguntou Su Wan.

“Sim,” respondeu Lin Yan sem pensar duas vezes.

Su Wan avançou e jogou os braços ao redor do pescoço de Lin Yan. Esse homem – como ele sempre sabia exatamente as palavras que ela queria ouvir?

“Você tem certeza de que não vai se arrepender?” Sussurrou Su Wan enquanto se aninhava no espaço entre o pescoço e o ombro dele. “Eu posso ser bem louca às vezes. Você consegue lidar com isso?”

“Eu não poderia pedir nada melhor,” disse Lin Yan, dando leves tapinhas em suas costas com uma pequena risada. “Não é como se qualquer outra pessoa pudesse lidar com você, só meus irmãos e eu.”

Su Wan riu, finalmente mostrando seu primeiro sorriso do dia enquanto dava um leve tapa no braço de Lin Yan. “O que você está tentando dizer? Eu sou tão ruim assim?” Embora ela tentasse soar irritada, a risada em seus olhos entregava seu estado de espírito.

“Não, eu-”

“Ei! Querido segundo irmão, você me repreendeu porque eu beijei Wan Wan, e agora o que está fazendo a portas fechadas?” Antes que Lin Yan pudesse responder, a voz irritante de Lin Chen os interrompeu.

Su Wan riu enquanto o rosto de Lin Yan escurecia. Ele realmente amava seus irmãos, de verdade, mas se Lin Chen estivesse caindo de um penhasco, ele próprio o empurraria agora. Claro, ele daria o primeiro socorro necessário depois disso.

“Não me compare com alguém como você!” Disse Lin Yan ao abrir a porta com um ar de vingança. “Nós estávamos apenas conversando e não queríamos ser interrompidos. Eu não sou um cachorro faminto de desejo vinte e quatro horas por dia!”

Lin Chen revirou os olhos e bufou, passando por Lin Yan com uma expressão impaciente. “Se eu fosse um cachorro faminto de desejo, então meus filhotes já estariam brincando pela casa, tá bom? Você pensa isso de mim tão rapidamente, segundo irmão. Tem certeza de que eu sou seu irmão biológico?”

“Não, nós pegamos você na escadaria de um templo. Você não sabia?” Retrucou Lin Yan com uma voz sarcástica.

“Como ousa?!” gritou Lin Chen, e então correu até Su Wan como uma criança querendo contar para a mamãe. Ele rapidamente colocou a tigela de mingau no colo de Su Wan e fungou, com um olhar sofrido, “Olhe só para o segundo irmão, Wan Wan! Ele sabe que essas palavras despertam meus problemas de abandono, mas ele ainda diz coisas cruéis para mim!”

“Desde quando você tem problemas de abandono?” disse Lin Yan, batendo na testa de Lin Chen.

“Desde hoje,” disse Lin Chen, enxugando suas lágrimas inexistentes de forma dramática. “Isso não está bom. Eu preciso de um abraço para curar meu coração partido. Wan Wan, venha aqui, me dá um abraço… ai, segundo irmão, o que você está fazendo?”

Lin Yan, que arrastou Lin Chen pelo colarinho e lhe deu leves tapinhas na cabeça, disse solenemente, “Tratando seus problemas de abandono.”

Silêncio.

Lin Chen olhou fixamente para Lin Yan, e Lin Yan olhou fixamente de volta para ele.

Ao lado, Su Wan sentiu suas costelas doerem um pouco enquanto tentava segurar a risada.

O silêncio se prolongou até que Lin Chen empurrou Lin Yan para o lado e disse com toda a seriedade que tinha em seu corpo, “Eu não preciso disso vindo de você.”

“Parece que seus problemas de abandono foram curados,” provocou Lin Yan, enquanto olhava para um Lin Chen emburrado, que o olhava fixamente com raiva.

‘Furioso! Tão furioso! Eu só queria um abraço! Era necessário ser tão mesquinho?’ bufou Lin Chen, não gostando do abraço duro e constrangedor que acabara de receber de seu irmão.

No entanto, o espírito de Lin Chen não poderia ser quebrado por um abraço desajeitado. Então ele rapidamente esqueceu tudo e voltou a seu estado usual animado. Pegando a tigela, ele serviu uma colherada de mingau e levou à boca de Su Wan. “Wan Wan, diga ahhh~.”

“Que ahhhh o quê?” Shen Junxi, que veio correndo assim que ouviu que Su Wan estava acordada, viu Lin Chen tentando flertar com Su Wan logo cedo pela manhã. Ele olhou fixamente para Lin Chen, mas não o impediu de alimentar Su Wan. Em vez disso, ele se virou para olhar para Su Wan, que comia silenciosamente sua comida.

Sob o olhar repreensivo de Shen Junxi, Su Wan abaixou a cabeça e não pôde evitar sentir culpa. Aqui estava seu tio lutando uma guerra para fazer com que seus maridos a tratassem melhor, e ela lá, se autossabotando. Su Wan engoliu o mingau na boca e então falou suavemente. “Eu estava errada, Tio Mais Velho.”

“Então você ainda sabe que estava errada?” disse Shen Junxi. Ele estava tão bravo que quase riu de raiva. “Você não pode confiar um pouco no seu tio? Você saiu por aí causando problemas? Você não se importa com seu tio?”

“Ou com sua tia?” disse Madama Zhu ao entrar no quarto com elegância, sua cabeça inclinada contra o ponto de seu leque fechado. Embora ela estivesse sorrindo, seu sorriso não alcançou os olhos. “Se você não tivesse voltado quando voltou, seu tio e eu teríamos ido ao Oficial do Yamen para procurar por você. Você sabe quanto problema isso teria causado?”

Su Wan manteve a cabeça baixa, sem sequer tentar responder. Ela sabia que estava errada e preocupou todos, então teria que aceitar as broncas também. Afinal, o fato de que eles estavam dispostos a repreendê-la significava que eles a amavam.

“Eu sinto muito,” disse Su Wan. Ela queria se desculpar mais, mas então dois pares de braços a alcançaram, e ela foi puxada para um abraço caloroso.

“Você não tem ideia de como ficamos preocupados quando você desmaiou! Eu pensei -” Shen Junxi não terminou de dizer o que queria, mas seu aperto nela se tornou mais firme.

“Ao menos nos deixe compensar o tempo perdido antes de você se prejudicar desse jeito,” disse Madama Zhu, passando a mão pelo cabelo de Su Wan. “E só isso já ocupará nossas vidas inteiras. Você quer nos fazer sentir culpados até mesmo em nossas vidas pós-morte por agir assim? Que não somos nem capazes de cuidar de uma única sobrinha?”

Su Wan se enrijeceu e então os abraçou de volta enquanto repetidamente se desculpava, “Eu sinto muito, sinto muito mesmo.”

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