Escravo das Sombras - Capítulo 2631

Capítulo 2631: Força Invasora

Sunny puxou Jet para as sombras, trazendo-os ambos para as altas paredes do Castelo Negro.

Abaixo deles, um rio interminável de escuridão fluía de seus portões, consumindo lentamente a ampla expansão da magnífica praça. Aquela era sua Legião das Sombras — cada sombra que ele havia coletado ao longo dos anos, exceto por algumas deixadas para guardar sua Cidadela na Floresta Queimada e as Sombras Sagradas que ele não podia convocar ao acaso.

Homens e Criaturas do Pesadelo, unidos no tranquilo abraço de sua autoridade mortal — aqueles que vieram da Costa Esquecida, das Ilhas Encadeadas, dos alcances frios da Antártica, das marés intermináveis do Grande Rio, do calor escaldante de Godgrave, das cinzas e brasas da Floresta Queimada e de muitos lugares além desses.

Todos eles tinham vindo para a Cidade Eterna agora, formando uma vasta formação de batalha em completo silêncio — centenas de milhares de guerreiros mortos, todos prontos para travar guerra contra o enxame imortal.

Alguns inundaram a praça abaixo, alguns ocuparam as paredes do Castelo Negro. O castelo em si tremia enquanto se agitava, lançando um olhar faminto para as belas ruas além.

Mas isso não era tudo.

Das sombras à esquerda de Sunny, Santo surgiu na glória temível de sua armadura negra. Das sombras à sua direita, Assassina apareceu como um fantasma.

Bem abaixo, uma figura imponente forjada de aço negro e chamas infernais surgiu dos portões do castelo, a luz prateada das torres distantes refletindo de forma tênue nas inúmeras lâminas serrilhadas que cobriam sua carapaça impenetrável.

Uma serpente colossal com escamas de ônix se enrolou em torno de uma das torres do Castelo Negro, soltando um chiado gélido que se espalhou pelo mundo como o corno de guerra da Morte.

Um cavalo tenebroso com chamas ardendo em seus olhos rubros subiu a parede para ficar ao lado de seu mestre, o som de seus cascos adamantinos ecoando pela vasta praça.

E, finalmente…

As sombras se agitaram e se elevaram, se coalescendo em quatro figuras escuras.

Quando apareceram, a luz das torres prateadas pareceu se apagar, e a escuridão abissal pressionando sobre a Cidade Eterna pareceu ficar ainda mais escura.

Um vento frio soprou pela praça, trazendo consigo a promessa de assassinato e morte.

Aqueles quatro tinham o mesmo rosto de Sunny, cada um empunhando o poder de um ser Supremo.

Aquele era o Senhor das Sombras e sua legião — uma força insidiosa e indestrutível capaz de atravessar reinos inteiros e reduzi-los a escombros.

Agora, essa força havia invadido a cidade afundada do Demônio do Repouso.

De pé ao seu lado, Jet suspirou silenciosamente.

“Uau.”

Ela permaneceu imóvel por alguns momentos, observando a praça.

Onde havia apenas vazio minutos atrás, agora estava um temível castelo. Além de suas paredes, um vasto exército de sombras silenciosas estava pronto para a batalha. A própria atmosfera da Cidade Eterna havia mudado, anunciando a chegada de um novo e aterrorizante invasor.

Jet estudou Sunny cuidadosamente, então balançou a cabeça.

“Então, este é o poder de um Soberano…”

Ela havia testemunhado Nephis descer para a batalha, mas não o Soberano da Morte. Ver seu poder Supremo parecia diferente, embora — talvez porque a manifestação visível do poder da Estrela Mutável, apesar de sua inimaginável destrutividade, fosse de natureza pessoal. Isso, no entanto, ilustrava a essência do que era um Soberano de forma muito mais demonstrável.

Um ser que empunhava autoridade como uma arma, cuja influência se espalhava pelo mundo e subjugava multidões…

Um governante.

Era estranho pensar que ela estava familiarizada com uma criatura assim.

Sunny deu a ela um olhar confuso.

“Ah, certo. Você realmente não me viu sério, não é?”

Em defesa de Jet, ninguém realmente havia visto o Senhor das Sombras empunhar seu poder Supremo. A Legião das Sombras estava mais confinada à Floresta Queimada desde que Sunny se tornou um Soberano, e ele era o único humano lá. Cassie deve ter testemunhado quão tirânico seu Domínio era, mas principalmente as pessoas tinham apenas vislumbrado durante aquela última batalha fatídica em Godgrave.

Sunny havia acabado de atingir a Supremacia naquela época, então mal contava como uma expressão consciente de sua verdadeira força.

Jet balançou a cabeça novamente.

“Não. E, como posso colocar isso… estranhamente, você não dá a impressão de alguém que maneja esse tipo de poder aterrorizante. Para ser honesta, é difícil lembrar que você é um Soberano quando está por perto.”

Sunny sorriu.

“Sério? Ora, obrigado! Isso é por design.”

Jet levantou uma sobrancelha, incitando-o a dar de ombros.

“Ninguém disse que um Soberano tem que emanar uma aura solene e inacessível de sufocante dominação, você sabe? Todo aquele zelo e adoração a que Nephis é submetida… ugh, eu acho estranho. Não, obrigado. Há uma razão mais prática pela qual eu prefiro agir como um semideus divertido e descontraído, também.”

Era porque ele não podia permitir que ninguém o adorasse, pois fazer isso traria o Deus Esquecido mais perto de despertar.

Sunny suspirou.

“Ah, e a propósito. Existe uma razão pela qual eu convoquei meu castelo e meu exército agora… e não é apenas para fazer uma entrada fantástica.”

Jet sorriu levemente.

“Deixe-me adivinhar — é porque milhares desses imortais corrompidos já estão correndo em nossa direção.”

Sunny ficou surpreso.

“Como você sabe?”

Ela olhou para a Legião das Sombras.

“Porque essa é uma formação defensiva, e as sombras nas paredes do castelo estão todas tomando posições como se estivessem esperando um cerco.”

Sunny permaneceu em silêncio por alguns momentos, então fez uma careta.

“Você está certa. Eu não posso sentir nossos arredores muito bem, mas eu os sinto se aproximando — mais ou menos toda abominação que esteve habitando nesta ilha particular da Cidade Eterna. Os primeiros vão chegar em menos de um minuto, eu diria.”

Ele olhou para o casulo de correntes negras, que estava contido no pátio do Castelo Negro agora.

“Então, temos cerca de um minuto para decidir como vencer uma batalha contra essas coisas…”