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Capítulo 613: Querem ele morto (2)
Mais dez horas se passaram e Nicolai podia se sentir enlouquecer; se não fosse pelo fato de que ele não poderia invadir a sala de emergência, ele já o teria feito.
Ao longo dessas horas, ele continuou a implorar ao grande irmão no céu, pedindo para que não levasse sua única luz; contanto que Ariana voltasse, ele derrubaria seus monstros um por um até que ela pudesse respirar sem se sentir enojada pela própria existência.
Até ela estar disposta a se amar assim como aqueles que se importavam com ela a amavam.
O que aconteceu com ela não foi sua culpa. Nunca foi. Ela foi uma vítima do destino e daqueles com uma mentalidade torcida.
As portas da sala de emergência se abriram e Aiden saiu; seus olhos estavam exaustos e suas ações lentas enquanto ele tirava a touca e puxava a máscara do rosto.
Nicolai pulou em pé, seu coração batendo forte no peito quando viu o olhar sem brilho nos olhos do seu primo. Por favor, diga que era só porque Aiden estava cansado e nada mais—
“Aiden…” A voz de Nicolai estava carregada de inúmeras emoções enquanto ele falava com seu primo. “Como—como ela está?”
“Conseguimos cuidar do ferimento e reparar os tendões que foram cortados. Felizmente, Ariana não tinha força suficiente devido aos medicamentos e seu coração não foi atingido. Ela foi muito sortuda por não ter havido dano ao coração ou às veias importantes.” Aiden deu um pequeno sorriso. “Mas ela perdeu muito sangue e a gravidez complicou um pouco as coisas.” ele pausou e adicionou, “Acredito que você precisará manter o embrião sob observação pelos próximos três meses e abortá-lo caso tenha sido afetado pelos medicamentos, porque como médico eu não sugeriria o nascimento de uma criança deformada.”
“Então ela está —”
Aiden sorriu para Theodore antes de responder, “Ela está bem, sua condição é estável mas vamos mantê-la na sala de emergência por esta noite.”
“Oh querido Deus, obrigado —obrigado,” Kaylyn juntou as mãos e se ajoelhou no chão como se em oração. Ela estava chorando e sorrindo enquanto agradecia ao Senhor por trazer sua filha de volta a ela. Contanto que sua filha estivesse viva, como mãe, Kaylyn não desejava mais nada.
Aiden também falou sobre considerar a ajuda psiquiátrica, mas Nicolai já não estava mais ouvindo. O fôlego que ele estava segurando finalmente saiu de seus pulmões com um sopro e ele cambaleou para trás antes de parar e encostar na parede atrás dele.
Ela estava viva.
Graças a Deus. Ela estava viva.
Ele lentamente deslizou e se agachou no chão com um olhar aliviado no rosto.
Ela o ouviu. Droga.
Ela o ouviu implorando.
Nicolai enxugou as lágrimas que escorriam por suas bochechas com o braço e o dorso da mão. Droga, ela finalmente o ouviu. Mesmo que tenha levado os dois a parar em frente à porta da morte, ela finalmente o ouviu.
Droga!
As emoções que tinham parado, com apenas uma dominando o resto, finalmente rugiram à vida, tomando posse de seu coração em um tornado rodopiante, que batia apenas para a mulher que o segurava.
Ele podia ouvir as orações cheias de palavras de agradecimento e suspiros de alívio ao redor dele, mas Nicolai não era tolo o suficiente para pensar que este era o fim da bagunça inteira que começou muito antes mesmo de ele nascer.
E o mesmo poderia ser dito sobre a família Ashford e Noah.
Ele ergueu a cabeça e viu sua mãe se aproximando e imediatamente se levantou antes de correr até ela.
“Vocês pegaram aquele desgraçado?” ele perguntou, afastando Inez da cena.
Inez olhou para seu filho, mas em vez de responder, ela ergueu a cabeça e olhou para a sala de emergência antes de perguntar, “Ela está bem?”
“Sim, mãe. Ela está bem.”
“E o bebê?” Inez perguntou com um olhar preocupado nos olhos. “Zena me disse que ela está grávida.”
Nicolai franzio o lábio e passou o dedo pelo cabelo. “Nós não sabemos. Aiden me disse para trazer Ariana ao hospital pelos próximos três meses e manter a criança sob observação.”
Seus olhos estavam cheios de arrependimento e angústia quando disse a sua mãe, “A criança poderia estar fora de perigo, mãe. Eles deveriam nascer com amor e cuidado, não ser postos em perigo no mesmo instante em que começaram a se formar.”
“Não se preocupe,” Inez soltou um suspiro tremido. “Faremos tudo ao nosso alcance para garantir que a criança nasça normal. Se não, só podemos deixar essa questão nas mãos do destino.”
Nicolai engoliu em seco e assentiu. Depois de trazer Ariana ao hospital, ele ligou para sua mãe e pediu para ela lidar com Maximus, já que ele sabia que o homem deveria ter algum envolvimento com Jeremy, dado o quanto ele tentava fazer Nicolai se casar com Penelope.
Em troca sua mãe pediu para ele se acalmar e respirar. Mas como ele deveria fazer isso quando seu coração estava lutando pela vida dela na sala de emergência?
Foi quando ele não conseguiu se conter e se confessou diante de sua mãe, embora soubesse que ela ficaria chateada com ele por ter se aberto a ameaças e perigos por tornar uma mulher sua fraqueza Nicolai não se importava.
O que ele queria era colocar as mãos naquele bastardo que tinha tirado a infância de Ariana, seus sorrisos, sua liberdade, sua vida — tudo — dela. Ele queria Jeremy totalmente aniquilado, se fosse o necessário para fazer Ariana respirar mais uma vez.
Talvez sua mãe sentisse sua ansiedade e deu-lhe um tapinha no ombro antes de dizer, “Não pense demais. Regal já rastreou aquele homem e Kayden está indo para lá enquanto falamos. Tenho certeza que com seu primo rastreando aquele desgraçado com sua identidade revelada, não demorará muito para ele ser capturado.”
Nicolai passou a mão pelo rosto e falou frustrado, “Não posso esperar mais, mãe. Preciso vê-lo se contorcendo em seu sangue como ele deixou Ariana sofrer toda a vida. Matar ele não é suficiente; preciso da cabeça dele decorando uma lareira!”
“Eu sei, filho, mas você precisa pensar em Ariana e seu filho,” Inez disse enquanto segurava seus braços. “Pense no que Ariana vai passar se ela acordar e descobrir que vai ser uma mãe solteira com o pai de seu filho jogado na prisão?”
“Droga!” Nicolai xingou enquanto socava a parede, ferindo a mão. “Só diga para o Kayden se apressar antes que eu perca minha paciência, mãe. E você sabe que eu tenho a pior paciência do mundo.”
“Eu sei,” os olhos de Inez cintilaram ao prometer. “Faremos os arranjos conforme necessário, filho.”
Os dois estavam discutindo o assunto num canto silencioso quando uma mão alcançou e segurou no ombro de Nicolai. Ele se virou rapidamente apenas para encontrar Noah parado atrás dele.
“Está planejando algo? Então eu quero participar.”