583: Veneno Lento (2) 583: Veneno Lento (2) “Quem sou eu para te dizer o que fazer com a sua vida?” Danny riu enquanto acariciava a mão dela. “Contanto que você esteja feliz, é só isso que importa. E eu só disse aquelas coisas porque pensei que você precisava de alguém para impulsionar sua confiança. Nunca disse para te fazer sentir que estava me decepcionando.”

“Então você—quero dizer—”
“Não me sinto traído ou rebaixado, se é isso que você acha que estou sentindo no momento. Sou seu melhor amigo, não seu anjo da guarda; você não precisa viver sua vida preocupada se eu aprovo ou não suas decisões,” afirmou Danny enquanto se aproximava dela e a abraçava. “Você achou que eu era uma decepção quando me declarei para você?”

“Claro que não.” Ariana balançou a cabeça. “Você é meu melhor amigo.”

“Isso mesmo, somos melhores amigos até o fim desta eternidade porque definitivamente vamos nos tornar fantasmas e compartilhar um chá depois que morrermos,” Danny gargalhou. “Enfim, o que quero dizer é que não estou te julgando, mas estou julgando severamente aquele homem por ter ficado noivo de outra mulher.”

“É falso.”

“Não me importo. Tudo que sei é que você é a única que precisa ficar noiva dele, não importa o tipo de cenário.”

Ariana sentiu sua garganta inchar e seus olhos arderem enquanto abaixava a cabeça. Ela disse a Danny, “Obrigada… te disse o quanto sou sortuda por ter você?”

Danny sorriu para ela. “Então, como vocês dois se juntaram? Quem correu atrás primeiro?”

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“Mãe, você realmente não vai me ajudar com as compras?”

Quando Ariana chegou à cobertura, ouviu Penelope questionar Kaylyn, que estava bebendo e lendo uma revista. Apesar de o noivado de sua filha adotiva estar se aproximando, Kaylyn não parecia muito preocupada.

“Você decidiu tudo sozinha,” disse Kaylyn calmamente. “Você também pode decidir sobre os vestidos e sapatos que quer comprar, Penelope.”

Ela levantou a cabeça e olhou para Penelope, que parecia rebelde pela resposta e acrescentou rapidamente, “Você ouviu seu pai, não ouviu? Um dos armazéns do nosso negócio têxtil foi incendiado pelos Serpentes. Não sei se você ouviu ou está fingindo que não ouviu, mas não temos energia para lidar com seu noivado.”

A expressão de Penelope mudou quando ouviu as palavras de Kaylyn. Ela realmente tinha ouvido sobre o acidente, mas fingiu como se tudo estivesse bem, pois não queria ser culpada.

“Um armazém foi incendiado?” Ariana se aproximou e perguntou à sua mãe. Seu coração batia forte no peito ao pensar como a situação poderia se tornar problemática quando ela realmente ficasse noiva de Nicolai.

Ela deveria realmente fugir com ele como ele lhe pediu?

Antes que Kaylyn pudesse dizer algo, Penelope levantou a cabeça e olhou para Ariana com raiva. “Você não precisa fingir ser tão bondosa!” Então, sem deixar Ariana dizer algo, ela virou nos calcanhares e saiu andando.

Kaylyn suspirou e balançou a cabeça. Nos últimos dias, quanto mais olhava para Penelope, mais decepcionada ficava. Embora soubesse que Penelope tinha seus próprios pensamentos e estava preocupada com sua posição, ela e seu marido nunca pensaram em mandá-la embora.

Enquanto ela se comportasse, eles a ajudariam a encontrar uma família decente e se casar. No entanto, Penelope tinha mirado alto demais e as famílias decentes se tornaram nada além de lixo aos olhos dela, o que Kaylyn achava demais.

Às vezes, ela não podia deixar de se perguntar se tinha mimado Penelope demais.

“Senhora Ashford?” Ariana se virou para olhar para Kaylyn, cujos olhos se suavizaram quando ouviu Ariana chamá-la.

“Não é nada. Os Serpentes sempre foram um pouco arrogantes. Kaylyn deu tapinhas no lugar ao seu lado e Ariana se sentou. “Eles têm pedido ao seu pai para abrir o canal do oceano Big Birdie, mas seu pai nunca concordou. Por causa disso, eles não estão felizes com seu pai — e agora que o assunto de Fantasmas e Ashfords se unindo se espalhou pela cidade, eles estão naturalmente fazendo um pouco de barulho, mas não é nada com que se preocupar.”

“Mas você disse—”
“Só disse isso porque seu pai me pediu para me manter afastada deste assunto. Não podemos fazer um grande espetáculo deste noivado; seus irmãos e você têm seus próprios empregos. Enquanto Penelope não entende a gravidade do perigo, nós entendemos.”

Penelope nunca tinha trabalhado um único dia em sua vida e tinha vivido uma vida confortável sem preocupações. Como poderia entender que tipo de perigo estava colocando sua família?

Kaylyn e Theodore só podiam usar as táticas de distanciamento por enquanto. Claro que Inez prometeu que estariam dispostos a ajudar sua família, mas ser cauteloso nunca é demais.

Ariana entendeu o que Kaylyn estava tentando dizer; embora os danos que sua família sofreu não fossem graves, eles ainda escolheram se manter afastados do noivado.

Ela ouviu Kaylyn suspirar, “Só espero que esse noivado termine logo. Depois disso, seu pai planeja enviar Penelope para o exterior até que o casamento seja agendado.”

Ela se perguntou se Penelope enlouqueceria quando percebesse que o noivado a afastaria da família Ashford?

Ariana estava certa; Penelope estava realmente enlouquecendo. Ela queria se noivar com Nicolai com toda a pompa possível. Mas sua família tinha outras ideias, que não pareciam se alinhar com as dela.

E para piorar as coisas, sua mão esquerda estava ficando cada vez mais rígida. Ela não conseguia entender o que estava acontecendo; será que ela dormiu do lado errado da cama?

Na noite passada, quando Romano a deixou ir após lhe dar uma pílula pequena, Penelope estava realmente preocupada, mas depois de esperar três horas, nada aconteceu, o que a fez relaxar, pois pensou que não havia nada de errado com a pílula e Romano só a usou para assustá-la.

Na verdade, ela se sentiu bastante orgulhosa depois, pois pensou que Romano só a assustou e não a prejudicou porque ela ainda era útil para ele e até o desprezou por usar tais táticas baratas.

No entanto, se ela tivesse olhado para o seu ombro esquerdo, teria notado um leve vermelhidão e inchaço que estava se espalhando pelo braço lentamente.