560: Irmão Protetor 560: Irmão Protetor [Certo, então eu vou escolher algo simples.]
Nicolai sorriu ao saber que, por simples, ela queria dizer pelo menos três pratos. Ele desceu da moto e seguiu Ariana como um perseguidor. Ela não poderia esperar que ele continuasse com seu dia enquanto ela estava sendo tão absurdamente fofa. E para completar, ele não estava sentindo o que se chamaria de abstinência de Ariana.

Seu humor agora estava proporcionalmente dependente dela, como se ele sorrisse
e franzisse a testa quando ela o fazia. E isso nem era mais engraçado, mas Nicolai estava cansado de usar o cérebro. Ele nem gostava muito de usá-lo para começar. Então, já que ele gostava dela sorrindo e alegre com ele, ele ia manter o status quo.

Ele sabia de uma coisa e isso era que ele estava obcecado por essa mulher e tudo que a ela estava relacionado. Certo, certo, ele sabia que havia uma boa chance de que fosse mais que uma obsessão, mas isso não estava em discussão.

Se fosse sobre o quão fofa Ariana era, então ele talvez mudasse seu humor.

Nicolai suspirou enquanto passava os dedos pelo cabelo. Ariana Ashford estava engolindo-o inteiro como uma maldita besta de uma cobra. Até a menor coisa que ela fazia lhe trazia a maior alegria, mesmo se ela simplesmente sentasse e assistisse a um mistério de assassinato com uma carranca no rosto enquanto ela reclamava sobre como a cena não fazia sentido ou como a atuação e as ações eram apenas bobas—
Ele poderia ouvi-la o dia todo.

Ariana Ashford poderia devorá-lo vivo e ele agradeceria por isso.

Mas já que isso não estava em pauta no momento, ele se contentava em seguir Ariana. Ele observou ela olhando os ovos que estavam à venda e conversando com o proprietário da loja. Ela tinha um sorriso educado durante toda a conversa e Nicolai tinha muita dificuldade em suprimir seu ciúme quando pensava em como Ariana estava conversando com outro homem.

Mesmo se ele tivesse cinquenta anos, ele precisava entrar na maldita fila porque até ele mesmo ainda não tinha cumprimentado Ariana.

Ariana não parecia notar enquanto comprava uma caixa dos ovos orgânicos antes de se mover para as cebolinhas verdes. Ele estava prestes a ir até lá e lidar com aquela mulher quando ele se virou e mudou um pouco sua visão para ver uma cena realmente peculiar. Sua irmã estava parada na calçada com os olhos vermelhos e olhando feio para um carro que se afastava.

Conforme o carro virou à esquerda, Nicolai perdeu a placa traseira, mas ele tinha maneiras suficientes de conseguir o nome do desgraçado, o número e qual era a maneira favorita dele de morrer.

“Zen,” ele caminhou até lá com um olhar ameaçador.

Zena levantou a cabeça e olhou para ele com um olhar surpreso no rosto e o chamou com voz trêmula, “Nico?”

“O que está acontecendo?” Nicolai perguntou com uma carranca enquanto olhava para a rua onde o carro desapareceu. “Quem foi o desgraçado? Quem fez você chorar assim?”

“Eu não estou chorando—”
“Não ouse mentir para mim!” Nicolai lançou um olhar severo para sua irmã e disse, “Quem era aquele homem? É melhor você me dizer para eu poder adicioná-lo à lista MIA junto com os outros desgraçados.”

“Nico, estou bem,” Zena o agarrou pelo braço e sorriu para ele. “Sério. Não pense demais. Isso foi só uma briga de namorados.”

“Não parece,” Nicolai comentou com os olhos estreitados suspeitosamente.

“Bem, é o caso,” Zena não estava exatamente mentindo. Noah e ela tiveram um pequeno desentendimento. Quando ela agradeceu a ele agora pouco, ele a rejeitou e colocou ela no lugar dizendo que estava fazendo isso apenas para corrigir os erros que cometeu no passado.

Embora ele tenha falado a verdade, isso não tornou as coisas mais brandas, e ela discutiu um pouco com ele, o que levou a outra briga.

Nicolai olhou para sua irmã. Ele não sabia o que estava acontecendo com ela, mas podia ver seu passado nos olhos de Zena. Ela estava tão estraçalhada quanto ele, mas algo em seu coração estava resistindo e dizendo que eles não teriam de outro jeito.

“Certo.” Nicolai não disse mais nada; afinal, essa era a decisão de Zena e a vida dela. Havia pouco ou nada que ele poderia fazer. Ela era uma mulher adulta; ela sobreviveria a esses problemas.

De qualquer forma, contanto que ela pedisse sua ajuda, ele definitivamente tomaria a questão em suas próprias mãos.

“Obrigada… Nico,” Zena sorriu para ele e Nicolai revirou os olhos enquanto bagunçava o cabelo dela e disse, “Não tem nada pelo que você deva me agradecer.”

Ela assentiu antes de entrar em seu carro e se afastar; Nicolai olhou para a loja onde ela estava e franziu a testa. Loja de noivas? No entanto, ele afastou suas suspeitas, pois sabia que se algo tão grandioso assim acontecesse, então sua mãe ou Zena teriam lhe dito primeiro.

Ele se virou e olhou para Ariana, que tinha saído da loja carregando algumas sacolas. Ele estava prestes a seguir quando ela levantou a cabeça e olhou para ele como se há muito tempo soubesse que ele estava a seguindo.

No entanto, mesmo a encarando, ela não se esqueceu de conferir o visual dele. Embora ela pudesse mentir que não gostava do estilo dele, ele sabia a verdade: ela adorava. De verdade.

Se não, então ela não teria olhado para ele enquanto ele se vestia na última vez. E uma vez que terminou de se vestir, ela lhe deu um olhar de apreço, então o que ele fez? É claro que ele tirou tudo e a colocou de quatro antes de encher todo seu espaço com os gemidos dela.

Ele adorava quando ela chamava seu nome.

Ariana caminhou até ele antes de beliscar sua bochecha, “Você precisa parar de agir como um perseguidor ou um dia alguém vai chamar a polícia para você.”