Escapei do Meu Ex, Fui Sequestrada pelo Seu Rival - Capítulo 232

232: Feudo da Irmã 232: Feudo da Irmã O sorriso nos lábios de Ariel desapareceu lentamente, o brilho em seus olhos foi substituído por raiva enquanto ela se levantava ao lado da cama e olhava para baixo, para Noah.

Com ressentimento, ela encarou o homem deitado na cama e mordeu o lábio inferior em fúria.

“Ariana?” Ela repetiu o nome que escapou dos lábios de Noah com desprezo. Ele estava se desculpando com aquela idiota? Aquela que estava destinada a ser vendida e conspurcada por algum velho senhor?

O peito de Ariel subia e descia, ela queria perder a paciência, mas qual seria o ponto de repreender um homem que nem estava consciente?

“Como você pôde… como você se atreve…” Ariel murmurou em voz baixa enquanto andava ao redor da cama. Seus saltos faziam clique e cloque no chão carpetado enquanto Ariel circulava pelo quarto.

Ela estava furiosa. Claro, estava enfurecida.

“Mas qual é o ponto? Sem ele, o que eu posso fazer?” Ela parou na frente do toucador e olhou para sua expressão deturpada que parecia horrível.

Ela encarou seu reflexo por um bom tempo antes que ele se transformasse no de Ariana. A mulher estava zombando e sorrindo para ela. Uma expressão de escárnio estava gravada em seu rosto enquanto inclinava a cabeça e sussurrava com uma voz serpenteante,
‘Tudo o que você tem agora é algo que te dei como esmolas no seu prato, irmã. Vê? Sem mim, você não tem nada. Você não é nada, não é essa a verdade que você vem negando esse tempo todo? Hahaha.’
‘Você não é tão bonita quanto eu, você não é tão inteligente quanto eu. Ariel, você sempre esteve abaixo de mim, não importa o quanto você pegue minhas coisas, você nunca me superará.’
“Não!” Ariel jogou a bolsa que segurava no espelho, que tremeu com o impacto, mas não se estilhaçou. Mas os sussurros irritantes que assombravam Ariel, desapareceram.

A figura esguia e bela se foi, e em seu lugar estava sua própria imagem deturpada.

Ariel encarou sua expressão distorcida antes de curvar os lábios para um lado. Ela refletiu, “Você está certa, Ariana. Definitivamente, eu não sou tão bonita quanto você, nem inteligente o suficiente, mas sabe de uma coisa? Eu tenho algo que você não tem.”

Ela virou sobre os calcanhares e voltou para a cama, parou ao lado de Noah cuja cabeça estava sobre o travesseiro. Ele parecia um príncipe gentil, com cabelos loiros espalhados pela testa e a mão descansando no peito.

“Você não pode me trair, Noah,” Ariel disse com excitação selvagem nos olhos enquanto estendia a mão e colocava-a no pescoço dele, apertando os dedos apenas o suficiente para que Noah parasse de respirar por alguns segundos.

As sobrancelhas do homem se contraíram em desconforto enquanto ele lutava para respirar, mas não conseguia. Sua tez ficou pálida e roxa enquanto ele começou a se debater ainda mais.

Foi apenas quando Ariel se satisfez que ela soltou seu pescoço. ”Eu vou te matar se você ousar me trair.”

Seus sussurros ameaçadores caíram na sala silenciosa, deixando um arrepio para trás. Ariel lançou um último olhar para Noah antes de se virar para sair.

“Está indo embora?” Brandon viu Ariel sair do quarto de Noah e suspirou aliviado. Se a mulher não tivesse saído do quarto nos próximos cinco minutos, ele iria invadir o lugar.

“Sim, tenho outra cena para gravar em uma hora,” Ariel estava sorrindo, sem vestígios de raiva em seu rosto. Com uma expressão doce e gentil, ela disse a Brandon, “Deixarei a canja aqui, vocês podem bebê-la de manhã.”

Depois de falar, ela virou sobre os calcanhares e saiu apressada da casa.

“Isso é estranho,” Brandon observou a mulher sair e estreitou os olhos. “Ela saiu assim, do nada?”

Não deveria ela ter insistido para ele deixá-la ficar a noite porque estava muito cansada?

Ariel de fato tinha planos de ficar para trás no condomínio, o lugar que Noah havia comprado alguns meses atrás se adequava mais ao seu gosto do que sua própria casa.

Mas depois de ouvir aquelas palavras, Ariel não confiava em si mesma. Se ela tivesse ficado para trás, teria feito algo para prejudicar alguém.

“Arggghhh!!!” Ariel controlou a raiva borbulhante dentro dela até chegar ao seu carro e deslizar para dentro dele. Uma vez que o vidro subiu, Ariel cobriu o rosto com as mãos e gritou.

“Vadia! Vadia! Vadia! Por que você não morreu? Por que você entrou na minha vida!”

“Desde que você entrou na minha vida… Eu perdi tudo!” Ariel gritou histérica.

Não importava o quanto sua mãe se preocupasse com ela, aqueles de fora não se preocupavam. Eles sempre a comparariam com Ariana e diriam que ela não era tão boa quanto a irmã.

‘Ariel é bonita, mas a irmã mais nova é ainda mais. Ela parece uma bonequinha,’
‘Você viu as notas de Ariel? Comparada com Ariana, ela foi muito mal. Se eu não soubesse, nunca teria acreditado que as duas eram irmãs.’
‘Parece que a Senhora Harlow reservou todos os bons genes para a Ariana e deixou Ariel com nada.’
As coisas pelas quais ela gastara sangue, suor e lágrimas, Ariana podia fazer com facilidade.

Quanto mais ela queria esmagar aquela mulher sob seus pés, mais ela se elevava.

“Por que você não morre!” Ariel bateu as mãos no volante e pisoteou a superfície do carro.

“Morra! Por que você não morre!”

Ariel balançou a cabeça freneticamente, as mechas de cabelo colaram em seus lábios, enquanto algumas caíam diante de seus olhos e testa. Com as mãos agarrando o volante, ela ofegava selvagemente.

Se alguém a tivesse visto naquele momento, teria achado difícil encontrar sequer a sombra de seu eu habitualmente gentil.

“Eu não vou deixar você tirá-lo de mim… você não pode, Ariana.”

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