Escapei do Meu Ex, Fui Sequestrada pelo Seu Rival - Capítulo 157

157: Apresentar uma reclamação 157: Apresentar uma reclamação Arabella franziu os lábios antes de sacudir a cabeça com um leve sorriso de desprezo no rosto. “Ela é uma mulher que se agarra aos homens.”

“Nossa! Eu achei que era um pouco estranho para uma mulher como ela morar nos apartamentos SH. Eu apenas não pensei que ela era uma daquelas mulheres, mas pensando bem, os tempos estão assim… e mulheres como ela estão aumentando em número. Uma aparência tão degradante e uma roupa onde se pode ver tudo, eu posso dizer só de olhar que ela é uma sugar baby sustentada por um velho senhor rico,” afirmou a outra mulher com um leve bufar enquanto encarava Ari.

Arabella curvou os lábios mas, quando pensou na aparência elegante dos dois homens, seu coração azedou. Ela não conseguia entender por que Ari podia ficar com dois homens bonitos enquanto ela tinha que se apoiar naquele velho senhor. Ela olhou para Ari com raiva e ódio antes de continuar sua caminhada.

“Aposto que ela está indo para a casa de outro amante esta noite. Ouvi dizer que está chegando o dia de pagar o aluguel do mês,” declarou Arabella com uma expressão resoluta. Era como se ela soubesse algo que os outros não sabiam.

Embora ninguém discutisse abertamente, alguém viu Arabella na noite em que ela tentou se aproximar de Nicolai e foi friamente rejeitada. Por conta disso, todos os tipos de boatos estavam se espalhando pelo prédio e Arabella estava preocupada que seu marido os ouvisse.

Ele era um homem inseguro, dado que estava na casa dos cinquenta enquanto Arabella tinha apenas vinte e poucos anos. Se o marido dela ouvisse esses rumores, ficaria muito aborrecido com ela. Arabella não queria perder sua reputação por causa de alguém como Ariana.

Longe das duas mulheres, com quem Ari tinha se encontrado, ela agora caminhava pela pequena trilha que levava à delegacia de polícia. Os postes de iluminação brilhavam sob o luar, lançando um brilho dourado sobre os pedestres que voltavam tarde para casa. Ari não se virou para ver se as duas mulheres haviam desaparecido ou não. Ela sabia que Arabella era uma mulher que gostava de condenar outras mulheres, e, ao mesmo tempo, ela queria mostrar sua bondade. Nada de bom viria se ela discutisse com ela.

Mais importante ainda, Arabella morava naquele prédio há anos, enquanto Ari começou a viver lá apenas um mês atrás. Os outros moradores podem não apoiá-la e acreditar cegamente em Arabella.

E se ela continuasse com a briga inútil, poderia se encontrar em uma situação precária onde poderia transformar mais de uma pessoa em sua inimiga. Pessoas como Arabella se mantinham unidas e não apoiavam ou ouviam alguém como Ari, que não era nem rica nem tinha um bom background.

Se achavam ofensivo se ela discutisse com eles.

Um suspiro escapou dos seus lábios, ela olhou para a lua que estava brincando de esconde-esconde. Tudo o que ela queria era viver em paz, por que era tão difícil?

Ari caminhou até a pequena delegacia de polícia, que não ficava longe do prédio de apartamentos. Claro, os ricos tinham esse privilégio porque eram eles quem estavam mais propensos a serem roubados, não os pobres.

Isso era algo que Ari nunca entenderia.

Ari entrou na delegacia de polícia com seus cabelos rosados caindo pelos ombros. Como ela não teve a oportunidade de se preocupar com sua aparência, ela não penteou o cabelo e deixou-o solto. Agora seu cabelo estava bagunçado, fazendo-a parecer preguiçosa e sedutora. Seus olhos azuis brilharam de irritação quando o homem, sentado do outro lado da mesa da polícia, olhou para ela com cobiça.

Ari ignorou o homem e voltou sua atenção para o policial atrás da mesa.

“Boa tarde senhor, eu poderia saber onde posso fazer uma denúncia de invasão de propriedade e perseguição?” Ari perguntou com uma voz suave e educada.

O policial estava escrevendo o relatório de um gato roubado quando ouviu as palavras da mulher. Ele levantou a cabeça, olhou para a mulher à sua frente e se surpreendeu.

Ele nunca tinha visto uma mulher tão bonita quanto Ari.

Além disso, apontou para a mesa que estava no canto da delegacia e disse, “Você pode escrever sua queixa ali.”

Ari virou-se e olhou na direção que o oficial apontava. Ela sorriu para ele educadamente e respondeu, “Obrigada, gentil oficial.” Ela ofereceu outro sorriso e caminhou até onde o oficial apontara.

Seus pés foram rápidos para caminhar na direção de onde o jovem estava sentado atrás da mesa. Era como se ela estivesse em uma missão e fosse resolver essa questão a todo custo.

“Olá, eu posso registrar uma queixa de perseguição e invasão aqui?” Ela perguntou educadamente ao jovem.

O jovem levantou a cabeça e assentiu. Havia um sinal de apreço em seus olhos e ele não se surpreendeu que uma mulher como Ari estivesse na delegacia para fazer uma queixa.

“Como posso lhe ajudar, senhorita?” Ele perguntou enquanto o jovem pegou um arquivo no qual escrevia as queixas. Com uma caneta na mão, ele folheou as páginas do livro.

Ari tirou os jacintos e a carta que fora entregue em sua porta e os colocou na frente do homem.

“Isso foi entregue na minha casa esta manhã. Mas eu não sei quem é o remetente, sou apenas uma mulher divorciada que vive sozinha, oficial. Será muito bom se você puder investigar este assunto,” disse Ari com uma voz aflita. “Não tenho ninguém neste mundo que se importaria comigo se algo acontecesse. A única opção que eu tinha era vir à polícia.”

Enquanto ela falava, algumas lágrimas escaparam dos seus olhos e ela as enxugou com as costas das mãos.

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