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Enredado ao Luar: Inalterado - Capítulo 53

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53: Clayton: Sua Companheira 53: Clayton: Sua Companheira CLAYTON
O elevador sinaliza e as portas se abrem, revelando o lobby do penthouse do maior hotel da Matilha Pratargenta. Saio, minhas botas afundando no tapete felpudo. Xavier e Lucas já estão lá, relaxados nos sofás de couro como um par de leões preguiçosos.

“Clayton!” Xavier anuncia, erguendo-se. Ele agarra minha mão em um aperto firme, batendo nas minhas costas com a outra mão. “Bom ver você, meu amigo.”

“Você também, Xavier.” Eu devolvo sua saudação calorosa com um sorriso. “Lucas, sempre um prazer.”

Lucas se levanta, seu sorriso não chega aos olhos enquanto apertamos as mãos. Há uma tensão em seus ombros, um aperto em sua mandíbula. Algo está pesando sobre ele.

Nós nos acomodamos nos sofás, o horizonte da cidade brilhando além das janelas do chão ao teto. Xavier se inclina para trás, cruzando os tornozelos. “Como foram seus vôos, rapazes? Sem problemas, espero?”

Nego com a cabeça. “Tudo tranquilo para mim. Sem perturbações.”

A boca de Lucas se torce numa linha sombria. “Queria poder dizer o mesmo. Recebi outro relatório de um batedor morto logo depois que pousei.”

O ar na sala muda, a atmosfera jovial evaporando como névoa sob o sol da manhã. As sobrancelhas de Xavier se juntam. “Merda. Blackwood?”

“Quem mais?” Lucas rosna, seus dedos se fechando em punhos sobre os joelhos. “Ele está ficando mais ousado, avançando mais em nosso território.”

Me inclino para frente, cotovelos nos joelhos. “Qual é o seu plano, Lucas? Não podemos deixar isso acontecer.” O alfa Blackwood tem sido um espinho enorme no lado do Conselho do Noroeste por anos. Houve várias escaramuças entre as duas matilhas, mas Blackwood também já se confrontou com transformistas fora dos Territórios do Noroeste.

Lucas passa a mão pelo rosto, seus olhos duros como pedra. “Estou trabalhando nisso. Mas toda vez que penso que entendi seus movimentos, eles escapam por entre meus dedos como fumaça. Não consigo encontrar provas concretas para levar ao Conselho.”

A expressão de Xavier é grave. “Sem evidências para apresentar ao Conselho, estou de mãos atadas.”

“Eu também. Mas isso só se fizermos disso um assunto do Conselho. Há outras opções.” São drásticas, mas existem.

“Eu sei.” Lucas esfrega a mão no rosto, e eu posso ver seu esgotamento na curvatura de seus ombros e as sombras sob seus olhos. “Mandamos Jessa Cinza de volta para a sua matilha. Usamos a desculpa oficial de que ela não tinha pedido aprovação e era uma convidada não registrada em nosso território, mas Blackwood não levou bem. Há mais, também.”

Me inclino para frente, meus olhos fixos em Lucas enquanto ele respira fundo, buscando estabilidade. Há um peso no ar, uma tensão que vai além da tensão usual da política de matilhas. Isso é algo mais, algo pessoal.

“É a minha companheira,” ele diz finalmente, as palavras pesadas entre nós. “Ela desapareceu.”

Um silêncio chocado paira sobre a sala. Os olhos de Xavier se arregalam, sua boca se abre levemente como se as palavras o tivessem privado da fala. Só consigo encarar Lucas, lutando para processar essa revelação.

“Sua companheira?” Eu eco, minha voz baixa. “Você encontrou sua companheira?”

Lucas assente, sua expressão uma mistura de admiração e angústia. “Sim. Nós nos encontramos no Gala Lunar alguns meses atrás.” Um sorriso triste puxa os cantos de sua boca. “Sabe como dizem que te atinge como um trem? Isso é um eufemismo.”

Eu me lembro do gala, o turbilhão de cores e música, o palpitar de antecipação no ar enquanto lobos sem par procuravam por sua outra metade. Eu não vou há anos. Pensar que Lucas, dentre todas as pessoas, finalmente experimentou esse vínculo elusivo…

“Quem é ela?” Xavier pergunta, se inclinando para frente. “É uma das nossas?”

Lucas balança a cabeça, sua mandíbula tensionando. “Ela é da matilha Blackwood. Ava Cinza.”

O nome envia uma onda de inquietude por mim. A Matilha Blackwood sempre foi envolta em segredos, seus motivos indecifráveis. Ter uma das suas ligada ao alfa Westwood…

“Como isso aconteceu?” Eu pergunto, minha mente girando. “Renard autorizou isso?”

Um riso amargo escapa dos lábios de Lucas. “Você conhece Renard melhor que isso. Ele vem enviando Jessa atrás de Kellan em vez de mim. Eu sou perigoso demais para manter por perto, até mesmo estando unido.” Ele olha para suas mãos com um suspiro. “Queria ter pensado nisso há muito tempo.”

Xavier olha para Lucas, um brilho de compreensão em seus olhos. “Você a rejeitou, não foi?” Sua pergunta não é uma pergunta.

Lucas assente uma vez, um movimento brusco de sua cabeça para baixo. “Sim. Estamos trabalhando para nos reconciliar. Eu saí por alguns dias para lidar com coisas na fronteira, voltei, e ela tinha sumido.”

Um silêncio pesado paira no ar enquanto Lucas termina de falar, o peso de suas palavras se assentando sobre nós. Posso ver a angústia em seu rosto, o tormento em seus olhos. Meu estômago se contrai enquanto me imagino em seu lugar.

Se Ava desaparecesse sem deixar rastros, isso me despedaçaria. A mera ideia de tê-la arrancada é suficiente para fazer meu lobo uivar em agonia. Ele está obcecado por ela, e tenho que admitir que eu também estou. Não temos uma conexão destinada, mas há algo nela que eu não quero deixar ir.

Engulo em seco, afastando o pensamento antes que possa me consumir.

“Nós vamos encontrá-la, Lucas,” digo, minha voz firme com convicção. “A Matilha Aspen está com você. Não pouparemos esforços até que Ava esteja segura de volta a seus braços.”

Xavier assente em solene concordância. “Você tem nosso total apoio, irmão. A Matilha Pratargenta vai fornecer qualquer ajuda necessária para trazer sua companheira para casa. Ava é uma boa garota, muito diferente de sua família e alfa. Você é um homem de sorte, Lucas.”

“Eu sei.” Ele solta um longo suspiro. “Não posso perdê-la de novo. Demorou muito para encontrá-la. Ouvi dizer que Blackwood começou a procurá-la também. É por isso que acho que a levaram de volta.”

A sobrancelha de Xavier se arqueia. “De volta?”

Lucas dá um sorriso forçado. “Ela fugiu depois que eu a rejeitei.”

A risada de Xavier nos pega de surpresa, e ele pede desculpas, dando um tapa no ombro de Lucas. “Você vai ter uma aventura com essa,” ele diz, e Lucas ri, sua angústia se aliviando por um momento.

“Ela não está deixando passar tão facilmente,” ele concorda, e por um segundo, todos sorrimos.

Mas voltamos à preocupação séria quando Xavier retorna ao assunto.

“Então, você acha que Blackwood a sequestrou?” A testa de Xavier se franzindo. “Mas por quê? Se ela é sua companheira, eles não iriam querer usar isso a favor deles?”

“Não se ela é…” Lucas para, seu olhar se tornando distante. “Há mais em Ava do que se vê.”

Eu o observo atentamente, vendo o conflito marcado nas linhas do seu rosto. “O que você não está nos contando, Lucas?”

Ele encontra meu olhar, seus olhos assombrados. “Ava não tem lobo. Renard quer acasalá-la com seus homens. Sem um lobo, ela não tem outra utilidade para ele.”

Um arrepio percorre minha espinha diante da implicação por trás de suas palavras. Do futuro da Ava de Lucas.

Se fosse a minha Ava…
Imaginei-a sendo usada como fêmea por um bando de lobos em estado hormonal, meus punhos se fecham.

“Precisamos encontrá-la,” Xavier diz, sua voz dura com determinação. “Qualquer que seja o plano de Renard, não podemos deixar que ele faça isso com ela.”

Lucas assente, seu queixo marcado por uma linha sombria. “Esse é o plano. Eu coloquei meus melhores para isso, mas estamos esbarrando em becos sem saída a todo momento. É como se ela tivesse desaparecido no ar. Não posso provar que a levaram, muito menos que foi contra a sua vontade. O melhor que tenho é boato de abuso.”

Xavier coça o queixo, olhando para o teto enquanto pensa. “Blackwood sabe que você é o companheiro dela?”

Lucas balança a cabeça. “Que eu saiba, não.”

“Você a reclamou?”

Ele balança a cabeça novamente, seus lábios apertados numa linha sombria. Eu posso entender isso.

O fato de que meu clamor não veio a tona me irrita mais do que quero admitir, mesmo que tenha sido algo que era moralmente errado de fazer na época. Se eu fosse realmente destinado a Ava, eu poderia alcançá-la até agora, assegurando-me de que ela está segura no apartamento que preparei para ela.

Xavier suspira. “Então nenhuma das leis antigas se aplicam. Então temos que pensar em algo mais.”

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