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Enredado ao Luar: Inalterado - Capítulo 46

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  3. Capítulo 46 - 46 Ava Arranjos de Moradia 46 Ava Arranjos de Moradia Observo
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46: Ava: Arranjos de Moradia?! 46: Ava: Arranjos de Moradia?! Observo Ivy com desconfiança enquanto ela sorri para mim, aquela expressão acolhedora não alcançando completamente seu olhar incisivo. “Clayton me enviou para garantir que você se acomode confortavelmente em seu novo lar. Ele escolheu pessoalmente o apartamento e espera que seja do seu agrado.”

Luto contra a vontade de franzir a testa. “Isso é muito gentil da parte dele, mas eu não preciso de um lugar para ficar. Preferiria apenas voltar para casa, se for possível.”

O sorriso de Ivy não vacila, mas seus olhos ganham um brilho calculista. “E onde é sua casa, Ava? Ninguém conseguiu arrancar sequer essa informação básica de você ainda.”

Hesito, meu coração bate forte contra minhas costelas. Contar qualquer coisa sobre meu passado ou minhas origens para essa mulher parece imprudente, e pensar dessa maneira me faz sentir culpada. Afinal, todos nessa alcateia me trataram tão bem, até mesmo nos meus momentos mais embaraçosos.

Aperto meus lábios e recuso o mais educadamente possível. “Eu só quero voltar para casa. Agradeço a oferta, mas vocês já fizeram muito por mim.”

Ivy me observa atentamente. “Entendi,” ela murmura. “Vou deixar Clayton saber que você recusou.” Ela parece um pouco satisfeita demais.

Observo Ivy atentamente enquanto ela pega minhas mãos nas dela, procurando em seu rosto algum sinal de engano. Há algo quase excessivamente sincero na maneira como ela me olha. A curvatura suave de seus lábios não combina com a dureza de seus olhos.

“Se cuide, Ava,” ela diz suavemente, apertando minhas mãos gentilmente antes de soltá-las.

“Obrigada.” Não tenho muita certeza do que mais responder. Ela age tão preocupada, mas só me conhece há uns dois minutos.

Ivy se vira e cruza o quarto, pegando uma caneta da pequena mesa ao lado da porta. Ela rabisca algo no bloco de notas antes de arrancar a folha e colocar na minha mão.

“Esse é o meu número. Se precisar de alguma coisa, não hesite em me ligar.”

Com isso, ela se vai, a porta fechando-se silenciosamente atrás dela.

Solto um suspiro lento, olhando para o papel com sua caligrafia arredondada espalhada por ele.

O rosnado de Selene ecoa em minha mente. Ela parece ardilosa demais, filhote. Cuidado com essa aí.

Franzo a testa, pegando o papel e encarando o número como se ele pudesse revelar as verdadeiras intenções de Ivy. Você acha que ela está tramando algo?

Não me atrevo a falar em voz alta; tenho certeza de que Ivy me ouviria.

Eu acho que ela tem medo de você assumir o controle que ela tem na alcateia. Como a irmã do alfa, ela deve ter uma posição bem alta.

Isso faria sentido.

Arrepio-me. Não tenho interesse em fazer parte das políticas internas de nenhuma alcateia. Ela provavelmente só está entendendo mal a gentileza de Clayton.

Selene emite um som suave de discordância em minha cabeça. Não confunda as intenções de um homem com bondade aleatória, Ava. Isso só causará mal para ambos.

* * *
Fico surpresa quando Clayton irrompe no quarto, sua presença imediatamente comandando minha atenção. Sua expressão é inescrutável enquanto ele se aproxima da minha cama, mas então ele se inclina e deixa um beijo suave em minha bochecha.

“Ava,” ele murmura em cumprimento, o profundo ressonar de sua voz enviando um arrepio involuntário pela minha espinha.

A afeição descomplicada me desequilibra. Como não estou mais no cio, assumi que ele me trataria como quando nos conhecemos pela primeira vez. “Alfa Clayton,” eu respondo, orgulhosa de como minha voz soa firme apesar do meu pânico interno.

Clayton toma assento na cadeira ao lado da minha cama, seu olhar penetrante fixo em mim com uma intensidade que me faz querer me contorcer. “Ouvi dizer que você recusou o apartamento que escolhi para você.”

Minhas bochechas coram com sua declaração direta. “Eu disse à sua irmã que não precisava dele.”

Seu rosto permanece indecifrável. “E por que não?”

Há uma ponta em seu tom que não consigo decifrar. Proteção? Irritação? Agarro o fino cobertor do hospital firmemente com os punhos, me reforçando.

“Tenho uma vida para voltar,” digo simplesmente, sustentando seu olhar. “Um trabalho, um apartamento. Agradeço sua generosidade, mas não preciso de caridade.”

Seus olhos se estreitam ligeiramente diante das minhas palavras. “Não era caridade, Ava. Era uma oferta para cuidar de você, de prover as suas necessidades, como é meu dever e privilégio como seu…” Ele hesita, depois reformula. “Depois do que aconteceu entre nós.”

Sinto o calor florescer em minhas bochechas ao referir-se à paixão da semana passada. Balanço a cabeça. “Eu disse a você, não quero ou preciso de mais nada da sua alcateia. Vocês já fizeram o suficiente. Deveria estar me desculpando por ter dado tanto trabalho.”

Clayton se inclina para frente, apoiando seus braços nos joelhos. “Me fale sobre essa vida que você está tão ansiosa para voltar,” ele diz por fim. “O que é tão importante que você recusaria a proteção e cuidado da minha alcateia?”

Meus pelos se arrepiam com sua insistência, minhas defesas se erguem. “Por que isso importa?” Eu desafio. “É a minha vida. Não tenho que me justificar para você.”

Seu maxilar se tensiona infinitamente, um músculo pulsando ali. “Como o alfa que te reclamou, mesmo que temporariamente, é minha responsabilidade garantir sua segurança e bem-estar. E como uma verdadeira ômega, não me sinto confortável sem poder te manter sob observação até que as coisas se acalmem. Sua identidade atrairá problemas.”

Abro minha boca para protestar que ele não me deve nada, que o que aconteceu foi um erro, mas a voz de Selene me interrompe.

Não seja tola, Ava. Ele é o alfa. Você não quer provocar o lobo dele recusando seu cuidado de forma tão explícita. Você já violou a lei da alcateia ao não anunciar sua presença quando se mudou para cá.

Aperto meus lábios, pensando. Por mais que me incomode, Selene está certa—Clayton é o alfa, e desafiá-lo abertamente poderia ser perigoso. Ele foi educado e gentil em nosso primeiro encontro, mas as coisas mudaram.

Não tenho certeza do que ele quer de mim. Eu esperava que ele me deixasse ir; não imaginava que ele tentaria me manter aqui, num apartamento de sua escolha.

“Estou só tentando viver minha vida,” digo finalmente, mirando um tom mais diplomático. “Longe da política e das expectativas de outras alcateias. Não quero me envolver em nada mais no momento.”

A expressão de Clayton amolece um pouco com minhas palavras. “Entendo sua necessidade de independência,” ele diz baixinho. “Mas você deve saber que nenhum transformista consegue sobreviver fora de uma alcateia. Você viu os renegados que te sequestraram; eles estavam selvagens.”

Baixo meu olhar, o calor inundando minhas bochechas novamente. Ele está certo, claro. Lobos precisam de suas alcateias.

É que eu não sou uma loba normal.

Eu não posso contar isso a ele, no entanto. Não preciso que ele tente me salvar de quaisquer perigos que ser ainda mais anormal possa trazer.

Só quero voltar para casa, tomar um café com a Sra. Elkins e passar meus dias na Novel Grind, vivendo tranquilamente. Por que é tão difícil?

“Você poderá se mudar amanhã,” diz Clayton, e eu levanto a cabeça surpresa.

“Eu não concordei—”
“Ava.” Clayton estende a mão para pegar a minha, apertando-a gentilmente. Ele parece conflitante. “Não sou de manter uma mulher em minha alcateia contra a sua vontade, mas com sua identidade, não posso te deixar ir. Você não contará a ninguém de qual alcateia você é…”

“Eu—”
“Está bem, Ava. Não vou te importunar por informações. Mas como alfa, não posso simplesmente ignorar a situação. Você está no território Aspen. Lamento, mas você não tem escolha nessa questão. Não até resolvermos as coisas.”

Pergunte a ele se o apartamento permite cachorros, diz Selene.

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