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  3. Capítulo 401 - 401 Ava As Lembranças de Ivy 401 Ava As Lembranças de Ivy
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401: Ava: As Lembranças de Ivy 401: Ava: As Lembranças de Ivy “Fiona costumava trançar meu cabelo todas as manhãs.” A voz de Ivy se quebra. “Ela me contava sobre os garotos de quem gostava, sobre o sonho de se tornar uma professora. Ela nunca parou de me tratar como apenas… eu.”

Uma lágrima escorre por sua têmpora, desaparecendo em seu cabelo. Meu peito se aperta com a dor crua em sua voz.

“James era o engraçado. Ele fazia essas piadas terríveis durante as reuniões do bando. Uma vez, na segunda série, ele…” Ela respira com dificuldade. “Ele colocou uma cobra de borracha na mesa do Clayton, e meu irmão gritou como uma criança. Todos riram. Eu o odiava, porque Clayton era meu herói. Mas depois eles se tornaram melhores amigos. Em algum momento, eu parei de odiá-lo.”

Sua mão se aperta, e eu deixo que ela se ancore em mim. O que quer que esteja em seu sistema pulsa contra minha magia, como se a testasse. Por baixo disso, eu sinto algo mais — uma dor genuína, aguda e serrilhada.

“E David.” Sua voz cai para um sussurro. “Ele ia pedir sua companheira em casamento. Já tinha escolhido o anel e tudo. Ele me mostrou na manhã antes de…”

Ela interrompe com um soluço que sacode todo o seu corpo. Sem pensar, aperto sua mão de volta.

“Eu deveria ter protegido todos eles melhor.” As palavras escapam entre respirações ofegantes. “Eles confiavam em mim. E agora estão mortos porque eu não fui forte o suficiente.”

“Você não poderia ter sabido—”
“Não.” Os olhos dela se abrem, febris e desesperados. “Não me diga que não foi minha culpa. Não me diga que não havia nada que eu pudesse fazer. Eu já ouvi tudo isso antes e não ajuda.”

Eu fico em silêncio, entendendo completamente. Às vezes, os lugares-comuns apenas pioram a culpa. Ela é uma guerreira realizada, treinada pelo seu bando. Tentar minimizar sua dor é mais um insulto do que um conforto.

Os dedos dela apertam os meus com tanta força que dói, mas eu não me afasto. O toque nos aterra, nos conecta. Neste momento, essa conexão pode ser a única coisa que a impede de afundar em sua dor.

“Eu vejo seus rostos toda vez que fecho meus olhos,” ela sussurra. “Eu ouço seus gritos. Sinto as ligações do bando se rompendo. De novo e de novo e de novo.”

A corrupção surge com sua angústia, e eu tenho que morder minha língua para não falar sobre isso. Não agora. Não quando ela está tão vulnerável, tão crua.

Sua outra mão encontra meu braço, segurando-o como uma tábua de salvação. “Como você faz? Como você continua quando tudo dói tanto assim?”

A pergunta me atinge com força. Como eu continuo? Apesar do abuso, da rejeição de minha mãe, da manipulação de meu pai — através de tudo isso, eu apenas… continuei. Porque parar não era uma opção.

Não era sempre bonito, e há tanto que eu me arrependo. Mas eu continuei.

“Você respira,” eu digo a ela suavemente. “Você leva um momento de cada vez. E você honra a memória deles vivendo a vida que eles queriam para você.”

Os dedos dela espasam contra os meus. “Você sabe o que aconteceu lá fora?”

“Não.”

O olhar dela penetra no meu. Caçado. Assustado. Sombreado com as mortes dos lobos que ela considerava família. “Eu também não tenho certeza.”

Meu sangue se transforma em gelo. “Como assim?”

“Tudo está… confuso.” O aperto de Ivy na minha mão se intensifica. “Estávamos na rota. Nada fora do comum. Então—” Ela balança a cabeça, contorcendo-se. “Dor. Tanta dor. E escuridão.”

A corrupção pulsa contra a minha magia novamente, mais forte desta vez. Eu me forço a ficar parado, a não reagir.

“Eu me lembro de correr.” Sua voz cai para quase um sussurro. “Mas eu não sei do quê. Ou para onde. Apenas… correndo. E gritando. Mas eu não sei se era eu ou—” Ela interrompe com um som engasgado.

“Respire fundo.” Eu aperto a mão dela. “Você está segura agora.”

“Estou?” Os olhos dela se fixam nos meus, febris mas lúcidos. “Algo está errado comigo. Eu posso sentir. Como se houvesse algo dentro de mim, lutando para sair.”

Meu coração acelera. Ela sabe. Em algum nível, ela sabe da corrupção.

“Quando começou?”

“Depois do ataque. Talvez durante?” Ela tremede apesar da febre. “Tudo mudou.”

Os olhos de Ivy rolam para trás, e sua cabeça pende para o lado. Assim como se alguém tivesse desligado um interruptor. Seu aperto na minha mão fica frouxo, seus dedos deslizando para longe dos meus.

“Ivy?”

Sem resposta. Seu peito sobe e desce no ritmo constante do sono profundo. A corrupção dentro dela pulsa uma, duas vezes, e então se assenta em um estado dormente.

A porta range ao se abrir atrás de mim. Os passos de Vanessa se aproximam, acompanhados pelo clink suave de suprimentos médicos.

“Ela adormeceu no meio da nossa conversa.” Eu me viro para encarar Vanessa. “Um segundo ela estava falando sobre sentir algo dentro dela, lutando para sair, e no próximo…”

A testa de Vanessa se franz. Ela coloca seus suprimentos e pressiona dois dedos na garganta de Ivy, checando seu pulso. “Isso não é normal. Mesmo com a febre, as pessoas normalmente não caem no meio de uma frase assim.”

“Poderia ser exaustão?”

“Talvez.” Mas a expressão de Vanessa se aprofunda enquanto verifica temperatura de Ivy. “Ela disse mais alguma coisa antes de adormecer?”

“Ela falou sobre sua equipe de escolta. Sobre não se lembrar de partes do ataque.” Eu pauso, ponderando o quanto compartilhar. “E ela mencionou se sentir diferente depois. Como se algo tivesse mudado dentro dela.”

As mãos de Vanessa param contra a testa de Ivy. “Diferente como?”

“Ela não conseguiu explicar claramente. Mas ela sabe que algo está errado.”

Eu observo o rosto de Ivy, pacífico no sono. Nenhum sinal do tormento de minutos atrás. Nem rastro daquela pegada desesperada na minha mão ou a dor crua em sua voz.

“Eu acho que ela entrou em contato com a corrupção. Mas algo não está certo sobre isso.” Minha voz mal se eleva acima de um sussurro, mesmo que a mulher esteja adormecida e incapaz de me ouvir.

Vanessa se vira, inclinando sua cabeça para o lado enquanto escuta. “O que você quer dizer?”

“O que está dentro dela…” Eu pressiono meus dedos contra minhas têmporas. “É forte demais para ser uma corrupção leve. Eu senti isso surgir várias vezes enquanto conversávamos. Mas é diferente. A corrupção sempre parece desprovida de mente. Agressiva, até. Isso parece mais… controlado.”

“Então talvez não seja a corrupção.” A curandeira alcança seu estetoscópio, então pausa. “Poderia ser algo diferente? Uma doença mágica?”

“Grimório?” Eu direciono meus pensamentos para dentro. O que você acha?

Sua presença se agita em minha mente. Eu preciso realizar um exame completo para ter certeza. Mas se isso fosse uma corrupção leve, você não deveria ser capaz de sentir suas flutuações tão claramente. Isso é estranho, de fato.

“Você sentiu o que eu estava sentindo?”

Através de nossa conexão, sim. Os surtos estavam alinhados com os picos emocionais dela — particularmente quando ela falava sobre seus membros do bando perdidos.

Selene interrompe. Eu trarei o livro até você. Você pode fazer seu exame então.

“Eu não sei,” eu finalmente respondo a Vanessa, que espera pacientemente enquanto observa meu rosto.

Ela acena para reconhecer minhas palavras antes de pressionar o estetoscópio contra o peito de Ivy, seus movimentos precisos e metódicos. O silêncio se estende, quebrado apenas pela respiração estável de Ivy.

“O que você sabe sobre o ataque?” Minha voz sai mais suave do que pretendido. “Sobre o que aconteceu com sua equipe de escolta?”

Vanessa remove o estetoscópio e o coloca em volta do pescoço. “Não muito. Alfa e Beta têm lidado com a investigação pessoalmente.” Ela ajeita um cobertor sobre Ivy. “Tudo o que eu sei é que eles encontraram sinais de luta, mas nenhum corpo.”

Nenhum corpo. Isso é estranho.

“Seu ritmo cardíaco está elevado.” Ela faz uma anotação em seu gráfico. “E sua temperatura ainda está subindo.”

A corrupção dentro de Ivy pulsa novamente, como se respondesse às palavras de Vanessa. Mais estranho ainda.

Eu preciso entender o que aconteceu lá fora. O que transformou uma missão de escolta rotineira em um massacre que deixou Ivy como única sobrevivente. Algo dentro de mim insiste que essa estranha escuridão dentro da loba de Shadowpine tem algo a ver com isso.

Não é nem como se eu soubesse muito sobre o que aconteceu, mas algo no fundo de mim insiste que algo estranho está acontecendo. Que eu preciso investigar isso.

É nada mais do que um pressentimento, mas eu sei que estou certo.

“Eu deveria falar com Lucas.” Eu preciso saber o que eles descobriram. Quais pistas a investigação encontrou que podem explicar essa corrupção controlada fermentando dentro dela.

Onde você quer este livro? A voz de Selene corta meus pensamentos.

Traga o Grimório aqui. Coloque-o perto de Ivy. Eu olho para a pequena mesa ao lado de sua cama. Ele pode observá-la enquanto estamos fora.

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