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Enredado ao Luar: Inalterado - Capítulo 18

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18: Lucas: Realização (I) 18: Lucas: Realização (I) LUCAS
O gelo do inverno derrete, dando lugar ao ar fresco da primavera. Os dias se arrastam, cada momento se confundindo com o próximo enquanto minha frustração cresce. Semanas se passaram desde aquela noite fatídica no Gala Lunar, e ainda assim, as intenções da Matilha Blackwood permanecem envoltas em mistério, mesmo com o verão dando as caras. Meu lobo caminha inquieto dentro de mim, ansiando por respostas, por ação, por ela.

Minha obsessão aumenta.

Bato com o punho na mesa, e o impacto ressoa pelo cômodo. Kellan, sempre o beta leal, mal se sobressalta. Ele sabe melhor do que me interromper quando estou assim, consumido pela necessidade de desvendar a teia de segredos que nos cerca.

Um bilhete chegou na semana passada do Alfa Blackwood, um aviso curto de que a filha do seu beta, Jessa Grey, estaria frequentando a universidade local aqui na Cidade de Granite. A coragem daquele filho da puta, mandando ela pro nosso território sem ao menos um pedido de permissão decente. É uma regra não dita entre os nossos, uma cortesia estendida à matilha dominante quando um estrangeiro planeja permanecer no seu domínio.

Não posso deixar de me perguntar se isso é mais uma artimanha, outro lance no jogo retorcido que Blackwood parece decidido a jogar. A presença de Jessa aqui, tão perto do coração da nossa matilha, me faz ranger os dentes. Que segredos ela carrega? Quais mentiras ela vai inventar para promover a agenda do seu alfa?

Meus pensamentos derivam naturalmente para ela, a garota que assombra cada momento em que estou acordado. Ava. A memória do cheiro dela, do toque, do modo como ela se entregou para mim no jardim – isso está gravado no meu ser. E ainda assim, o meu ódio cresce a cada dia.

Empurro-me para longe da mesa, andando de um lado para o outro no meu escritório feito uma besta enjaulada. O ar fresco que entra pela janela aberta pouco faz para acalmar o meu espírito inquieto. Eu preciso de respostas.

“Kellan,” eu lato, minha voz cortando o silêncio. “Quero olhos em Jessa Grey assim que ela pisar na Cidade de Granite. Quero saber cada movimento dela, cada respiração. E se você achar sequer um sussurro de informação sobre a irmã dela…”

Deixo a frase no ar, a implicação clara. Kellan assente, sua expressão sombria. Ele entende a gravidade da situação, o peso que repousa sobre nossos ombros.

O silêncio se estende entre nós enquanto eu novamente contemplo os possíveis motivos por trás das ações da Matilha Blackwood, como fizemos milhares de vezes. Mas desta vez, deixo minha mente se fixar em Ava. No jardim. Naquele cheiro que nunca consigo esquecer e como havia algo diferente em tudo aquilo. Minha mente corre, tentando juntar os pedaços das informações que coletamos.

“E se eles desenvolveram algum tipo de potencializador de feromônio?” Eu penso alto, meus olhos focados em algo além das paredes deste quarto. “Uma forma de forçar uma conexão de companheiros, de manipular o vínculo entre lobos.”

Kellan franze a testa, balançando a cabeça. “Não sei, Lucas. Quando encontrei Ava naquela noite, não senti nada de incomum. Nenhum indício de feromônios artificiais ou manipulação.”

Eu bufo, me virando para encará-lo. “Ela provavelmente aplicou aquilo no jardim, sabendo que eu estava observando. É a armadilha perfeita, não vê? Me atrai, me faz acreditar que há uma conexão, e depois usa isso para ganhar terreno na nossa matilha.”

Kellan hesita, sua testa marcada pelas rugas do pensamento. “Suponho que seja possível, mas a relação dela com a família parecia tensa. A forma como interagiam, a tensão entre eles, não parecia encenação. Não me pareceu uma frente unida.”

Eu faço uma careta. “Exatamente. E é por isso que é mais provável. Pensa bem, Kellan. Se a relação de Ava com o pai é instável, ela estaria ainda mais desesperada para provar o seu valor, para ganhar a aprovação dele. Se sacrificar, usar o corpo dela como ferramenta para promover a agenda deles… é exatamente o tipo de coisa que uma loba desesperada faria.”

Os olhos de Kellan se arregalam. “Não tinha considerado essa possibilidade. Faz um sentido retorcido.”

Me viro, minhas mãos se fechando em punhos ao meu lado. A ideia de Ava sendo usada dessa maneira, da participação dela voluntária nessa decepção, alimenta a raiva que aquece minha pele.

“Precisamos estar preparados para o que vier,” eu rosnado, minha voz baixa e perigosa. “A Matilha Blackwood está tramando alguma. Não vou deixar que destruam tudo o que construímos, tudo o que representamos.”

A expressão de Kellan é sombria. “Eu sei. Todos nós sabemos. Estamos contigo, Lucas. Vamos ficar de olho na Jessa, e se encontrarmos qualquer evidência de jogo sujo…”

“Vamos mostrar a eles o que acontece quando tentam mexer com a Matilha Westwood.” Não há outra opção.

Me viro para a janela, meu olhar varrendo a cidade que me cabe proteger. A Matilha Blackwood pode esconder seus segredos, mas eles não fazem ideia com quem estão lidando. Descobrirei a verdade, não importa o custo.

* * *
Uma batida forte na porta me sobressalta, espalhando os papéis espalhados pela minha mesa. Pisco, tentando dissipar a névoa do sono da minha mente enquanto percebo que devo ter cochilado enquanto examinava os últimos relatórios da Cidade de Granite.

“Entre,” eu chamo, a voz rouca.

A porta se abre, revelando um dos meus deltas, Ryder Thorn. Ele entra, a postura rígida e a expressão cautelosa. Consigo sentir sua inquietação, o jeito como ele parece estar segurando alguma coisa.

“O que é?” eu pergunto, me endireitando na cadeira. Nenhum alfa deve ser pego dormindo no serviço.

Ele pigarreia, seus olhos se voltando para a bagunça de documentos na minha mesa antes de encontrar meu olhar. “Um dos nossos batedores enviou uma atualização do território Blackwood. Pensei que você gostaria de vê-la imediatamente. Foi enviada para o meu e-mail com urgência em um anexo privado, impressa, e selada sem olhos sobre o conteúdo.”

Ele me entrega um envelope lacrado, o papel fresco sob meus dedos. Assinto, colocando-o de lado por enquanto, tentando não mostrar o quanto meu coração está acelerado. Mas antes que eu possa dispensá-lo, ele fala novamente, hesitante no tom.

“Alfa, se me permite… Você realmente precisa gastar tanto tempo e energia perseguindo essa garota da Matilha Blackwood? Não deveríamos estar focando na nossa própria matilha, nas questões que nos afetam diretamente?”

A irritação me atinge mais forte do que deveria. Eu sempre me abstive de rejeitar perguntas sensatas, porque silenciar suas vozes é um caminho perigoso para o despotismo. Como a Matilha Blackwood. E ainda assim, eu não consigo impedir as palavras que saem de qualquer maneira. “Você está questionando meu julgamento, Delta?”

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