ENFEITIÇADA - Capítulo 679

679: Nome 679: Nome Vera sentiu como se tivesse caído em um lago de fogo. Seu corpo parecia estar queimando, e de repente ficou dormente. Ela estava atualmente suspensa no ar. No entanto, sentia como se estivesse caindo. Caindo sem fim.

Aquele último arco de magia negra a havia atingido. E acertou-a em cheio, já que ela propositalmente se colocou no caminho do ataque, esperando receber o máximo possível do golpe para poupar Azure dele. Ela teve sucesso em sua tentativa. E agora, sua consciência estava a deixando. Seus batimentos cardíacos já vinham desacelerando há algum tempo e estavam em um ritmo irregular, ameaçando parar.

‘Gideon…’ ela chamou fracamente em sua mente. Seria este o fim dela? Por que ela não conseguia chegar até ele? Será que seus chamados desesperados não eram suficientes para tirar seu Gideon das próprias profundezas da escuridão? Por que ela não conseguia fazê-lo parar? O que ela deveria fazer para ajudá-lo a se libertar da escuridão que parecia ter consumido ele? Por que ela ainda era incapaz de fazer algo direito? Mesmo agora, como a última descendente dos guardiões dos dragões de gelo, ela ainda era impotente para alcançar o que havia se proposto a fazer. Por que ela era tão inútil? Por que seu destino era tão miserável?

O desânimo surgiu como um enorme tsunami e engoliu todo o seu ser. Parecia que mesmo se ela desistisse de sua própria vida, ainda assim não poderia fazer nada para mudar o destino deles. Seria porque eles não estavam destinados a ficar juntos para sempre? Seria porque estavam destinados a se separar no final?

Vera estava determinada a mudar o futuro que viu em sua visão, mas… parece que não importava o que ela fizesse, qual fosse o resultado, um deles ainda acabaria partindo. Desta vez, parecia que era ela…?

Não havia como ela sobreviver a isso. Ela havia sido atingida diretamente pela poderosa magia dele. E ela apenas… sentia que realmente ia morrer. Por que… por que ela não poderia ficar com ele e ser feliz para sempre?

Um futuro feliz com ele… eles juntos… isso realmente era pedir demais para ela?

Lágrimas encheram seus olhos, e sua visão começou a escurecer pelas bordas. Ela estava caindo… morrendo…

Então ela caiu em algo sólido, mas flexível que fez seu corpo quicar um pouco. Azure… seu lindo grande dragão… ele a havia apanhado novamente. ‘Desculpa…’ ela murmurou em sua mente. ‘Sinto muito mesmo.’
Enquanto Azure lentamente colocava Vera de volta no chão, ela foi momentaneamente empurrada para uma posição sentada, fazendo com que o sangue que fluía de sua boca escorresse pelo seu peito, que agora estava exposto devido ao impacto da poderosa magia. O ataque parecia ter queimado suas roupas e até chamuscado sua pele.

O sangue pingou sobre sua tatuagem de acasalamento e a tinta preta de repente se tornou vermelho sangue. Espalhou-se, seguindo os padrões até que tudo se transformou no mesmo vermelho sangrente.

Então Gideon começou a gritar. Ele caiu de joelhos. Suas mãos voaram para seu cabelo, e ele agarrou fortemente, puxando com força. Suas tatuagens de acasalamento também começaram a se transformar no mesmo padrão em vermelho sangue que podia ser visto em Vera. Exatamente como estava acontecendo com as tatuagens de Vera.

Ele gritou em agonia e os sons eram sobrenaturais e tinham traços de mania. Qualquer um que os ouvisse poderia entender que a dor estava o matando e o rasgando por dentro. Seus gritos eram tão comovedores que até o núcleo escuro pulsava junto com seus gritos agonizantes, como que um tambor batendo de acordo com o ritmo estabelecido pelo maestro.

A magia negra que vazava por ele também começou a pulsar violentamente ao redor de seu corpo. Cada grito que saía de sua boca parecia expulsar a escuridão que vivia e se instalara tão resiliente dentro dele. Ao mesmo tempo, sua boca abria e fechava enquanto seus lábios tremiam e formavam certos formatos.

“Veraa!!!” um nome finalmente se formou. Seus lábios conseguiram formar os movimentos corretos e todos os gritos finalmente tomaram forma naquele nome que ele gritava. Mas essa única palavra parecia ser a chave para finalmente parar sua agonia.

De novo e de novo. Gideon continuou a gritar o nome de Vera, tratando-o como se fosse algum tipo de mantra sagrado, não parando de pronunciar aquele nome mesmo sentindo os vasos de sua garganta estourarem e sangrarem pelo esforço dos gritos. Ele não podia parar… Não, era como se ele não quisesse parar?

Algo completamente escuro estava sendo forçado para fora de seu corpo enquanto ele continuava gritando aquele nome. No entanto, o esforço disso era tão imenso que causava o núcleo a tremer até parecer que ameaçava explodir.

Os olhos de Gideon, que eram tão negros quanto carvão, agora voltaram a ficar azuis como antes. E a primeira coisa que ele viu quando seus olhos clarearam foi a sua amada… sua bela companheira… e lá estava ela… deitada numa poça de sangue. O pior de tudo era que aquela poça de sangue era dela mesma!!

Seus olhos dilataram e ele se levantou do chão trêmulo.

‘Não… não…’ essa palavra ecoava repetidamente em sua cabeça como se ele não tivesse controle sobre ela. Enquanto isso, ele se aproximava dela com passos pesados. Seu corpo começou a tremer mais violentamente à medida que se aproximava dela. ‘Não… por favor… não… não faça isso comigo…’ quanto mais ele olhava para sua forma imóvel, mais sua visão tremia e uma névoa turva parecia fazer sua visão ficar embaçada.

Quando ele finalmente alcançou-a, ele caiu de joelhos ao estender os braços para puxá-la para si.

“Não!!!!”