ENFEITIÇADA - Capítulo 650

650: Tenha cuidado 650: Tenha cuidado Assim como Evie havia previsto, os monstros os atacaram com quase o mesmo padrão de ataque que ela havia visto em sua visão.

Os menores e mais fracos monstros avançaram primeiro, depois lentamente seguidos pelos maiores, enquanto eles se esforçavam para superar os exércitos invasores. Ela pensou que Gideon – que agora era o comandante que estava ordenando e enviando as tropas de monstros – poderia surpreendê-los com uma abordagem diferente, a abordagem que ela mais temia. Que ele liberaria todos os monstros mais poderosos de uma vez só para surpreendê-los. Mas… felizmente isso não aconteceu. Ela não tinha certeza do que estava acontecendo do lado dele, mas ela estava grata por pequenos milagres.

Este ataque que ele usou favoreceu muito a Evie e seu exército. Porque com isso, todos terão tempo para se ajustarem a entrar na parede de escuridão. Evie planejou que, se Gideon tivesse ido com tudo contra eles logo de cara, ela teria que se usar para iluminar o abismo.

Então, quando ela percebeu que Gideon havia empregado esse ataque mais gentil contra eles, foi um grande alívio. Com isso, ela poderia usar seu poder mais tarde na guerra, uma vez que estivessem lutando contra os monstros mais mortais. Por agora, a luz das fadas luminosas junto com o fogo dos dragões eram mais do que suficientes para lidar com essas presas fáceis.

O fato de Gideon ter usado exatamente as mesmas táticas que havia usado dois dias atrás deu a ela ainda mais esperança nesse plano dela de ser bem-sucedido. Porque não havia como Gideon, que tinha tanta experiência em combate e guerra, conhecer apenas um padrão de ataque. Ele era o príncipe herdeiro fada sombria e havia participado de várias guerras contra os monstros antes, embora talvez não uma guerra deste tamanho.

Para Evie, isso significava apenas uma coisa. Gideon não estava sendo totalmente consumido pela escuridão do abismo. Pelo menos até agora. Ainda deve haver alguma consciência nele. E se fossem otimistas em seu pensamento, essa mesma estratégia que ele estava usando novamente agora, era sua maneira de ajudá-los a derrotar os monstros. Talvez ela pudesse até pensar que ele estaria enviando uma mensagem através disso. Usando exatamente as mesmas táticas, ele poderia estar dizendo que não pretendia lutar contra eles, mas estava sendo forçado.

Era verdade que essa tática poderia exauri-los antes que eles pudessem alcançar os monstros mais mortais. No entanto, isso era muito melhor do que ter todos os monstros mortais atacando-os de uma vez logo no início, na opinião dela. Seus soldados precisavam de todo o tempo que pudessem ter para se ajustar a lutar na escuridão em primeiro lugar. Até mesmo ela e seus dragões precisavam disso, visto que era a primeira vez de todos eles lutando em uma escuridão total.

A batalha correu muito melhor do que ela esperava. Os soldados de Klauz eram sem dúvida verdadeiramente fortes, ela tinha que reconhecer isso. Os dragões de gelo também pareciam saber exatamente o que estavam fazendo. Era claro que tinham experiência em combates e guerras. O que foi outro grande alívio para Evie. Eles pareciam ser muito bem treinados em destruir monstros.

Vera ainda tinha que aprender a lançar o gelo que seus dragões haviam gerado para prender os monstros apenas fechando seus punhos. Então o campo de batalha agora estava coberto com espinhos de cristais de gelo.

Mas apesar de todas essas boas notícias até agora, Evie sabia que não havia tempo para relaxarem. Guerra era guerra. Mais cedo ou mais tarde, assim como em sua visão, tudo se tornará muito mais difícil.

E ela estava certa. Quanto mais eles avançavam, mais ferozmente precisavam lutar. E logo, o sangue de seus soldados começou a tingir o chão escuro de vermelho.

“Evie…” Rainha Beatriz falou pela primeira vez em horas. “Eu vou descer para lutar ao lado deles.”

Evie lançou um olhar rápido por cima do ombro para sua sogra antes de focar seu olhar à frente novamente. Ela sabia que não podia impedir a rainha de avançar para lutar. De alguma forma, ela esperava que ela pedisse para ir ao chão em breve.

“Eu entendo, mãe.” Evie assentiu, compreendendo quão difícil era apenas sentar lá e assistir. “Mas por favor, tenha cuidado.”

Beatriz sorriu. “Me envie para junto dos seus homens vampiros. Lutarei ao lado deles.” Ela disse e Evie secretamente se sentiu aliviada por dentro. Mesmo que ela não impedisse sua sogra de lutar, não podia deixar de se preocupar com ela. Mas com esse arranjo, permitiu que ela se sentisse um pouco mais tranquilizada.

Manter a Rainha Beatriz com seus homens seria uma boa ideia. Porque ela sabia que seus homens seriam capazes de protegê-la e vice-versa.

“Mas primeiro, eu preciso que você escolha aquela fada luminosa ferida para me substituir. Eu sei que você é muito perceptiva com o que está ao seu redor. Mas alguém precisa estar aqui como um backup, minha querida. Pelo menos para ser um olho atrás de suas costas.” Beatriz adicionou e Evie mais uma vez assentiu obedientemente.

Ela pediu a Ônix para se dirigir à fada luminosa que havia ferido gravemente a perna primeiro. Assim que a encontraram, a Rainha Beatriz instruiu-a a vigiar as costas de Evie enquanto ela estava curando. A fada luminosa entendeu a tarefa e jurou vigiar as costas de sua rainha. Sua perna estava envenenada pela mordida de um dos monstros. Então ia demorar um bom tempo para sua mágica curá-la. Ela tinha certeza de que teria morrido em poucos momentos, pois já não conseguia mais ficar em pé e até uma de suas asas já estava rasgada. Então a rainha escolhê-la literalmente salvou sua vida. Ela jurou permanecer vigilante e fez questão de protegê-la mesmo que fosse apenas detectando ameaças que pudessem ameaçar a segurança da rainha.

Uma vez que a fada luminosa estava pronta, Ônix se moveu para onde os vampiros estavam, incinerando monstros ao longo do caminho.

“Por favor, cuide-se,” Evie disse a Beatriz, e a rainha sorriu.

“Você também, minha querida.” E então ela pulou para baixo e pousou graciosamente em um monstro de nível superior. Sua lâmina cortou limpo o monstro ao meio enquanto seus pés tocavam o chão.