ENFEITIÇADA - Capítulo 635

635: O golpe fatal 635: O golpe fatal Klauz parecia querer discutir, mas acabou assentindo enquanto segurava a língua e oferecia a mão para ela. Evie a aceitou e, no momento seguinte, ele os levou de volta para dentro da caverna escura.

“Me diga, como o Ônix acabou ficando preso aqui?” Evie perguntou enquanto se aproximavam dele.

“Ele chegou nas Terras Inferiores, exalando magia negra que era um gerador literal de magia negra. Eu consegui atraí-lo e prendê-lo aqui usando os antigos feitiços que as fadas sombrias usavam no passado distante para controlar os dragões de fogo durante a era das guerras entre fadas luminosas e sombrias. Mas o seu dragão é simplesmente poderoso demais para que eu conseguisse fazê-lo obedecer completamente. E assim, só pude prendê-lo sabendo que ele logo quebraria as correntes da minha barreira, mesmo eu tendo a barreira prisional mais poderosa de todas as Terras Inferiores.”

“Derrube a barreira, Klauz. Agora.” Evie ordenou a Klauz assim que se virou para olhar Ônix, que estava preso pela barreira.

“Mas sua Majestade! Tem certeza de que ele vai te obedecer agora? Não se esqueça que Gavrael colocou nele toda a magia negra de Galleous.” Klauz a lembrou, ansioso de que ela pudesse se machucar quando Ônix fosse liberado de suas amarras.

“Não me faça repetir, Klauz! Eu confio no Ônix e nos meus próprios poderes, então derrube a barreira agora.” Evie disse sem nenhum sinal de dúvida. Ônix havia respondido a ela quando ela gritou seu nome. Isso só significa uma coisa, ele reconheceu a voz dela e isso bastava para ela saber que a magia negra não estava controlando ele totalmente. Ônix também estava com ela em sua visão. Então ela tinha certeza de que estaria segura com ele.

Incapaz de recusar, Klauz só pôde fazer o que ela dizia e retraiu sua barreira.

Um rugido alto fez a caverna tremer, mas Evie nem sequer vacilou. Ela se aproximou do dragão enfurecido e chamou seu nome mais uma vez. “Ônix!”

O dragão parou de rugir e aos poucos, baixou sua cabeça em direção a ela.

…
No abismo, a batalha em andamento era feroz. Não era nada que todos já tinham visto ou experimentado antes. A primeira onda de monstros consistia de monstros de tamanho normal, aqueles com duas bocas e cerca de sete pés de altura.

Os soldados conseguiram parar a maioria deles e impediram que avançassem. Contudo, o caos logo tomou conta. A segunda onda de monstros chegou pouco depois e eles eram muito mais fortes, mais poderosos e maiores do que seus predecessores. Podiam ser considerados gigantes e suas peles eram tão resistentes que mesmo suas armas mágicas tinham dificuldade para perfurar.

“Cuidado!” Azrael agarrou Zolan e o puxou para trás. “Fique aqui vampiro, esse é meu.” O senhor das fadas sombrias catapultou-se do chão, suas asas imensas batendo majestosamente enquanto ele atacava corajosamente o monstro gigante de frente.

Zolan observava o senhor das fadas sombrias evitando habilmente os poderosos golpes dos braços grossos e repugnantes do monstro. Então ele apareceu atrás dele e cravou sua espada na parte de trás do crânio do monstro.

A cena fez Zolan assobiar em admiração. Mas era uma pena porque ele não podia ficar parado e apenas assistir o espetáculo épico das laterais. Ele precisava cuidar de seus companheiros e das fadas luminosas também. Eles conseguiam acompanhar essa confusão? Este não era o tipo de guerra que eles esperavam nem estavam familiarizados. Era uma guerra total!

Ele podia ver que até as fadas sombrias estavam sobrecarregadas. Era óbvio que nenhuma delas esperava o súbito aumento dos monstros. E que os monstros eram realmente muito mais fortes e maiores do que aqueles a que estavam acostumados. Apenas os senhores e generais eram provavelmente os únicos que podiam derrubar esses gigantes sem se machucar. Os soldados comuns pelo menos teriam uma chance de lutar se mais de cinco deles atacassem um gigante de uma só vez, mas, havia muitos deles! Sem contar que os monstros menores e rápidos que não eram realmente peixes pequenos!

Olhando para cima, Zolan viu que Zanya tinha começado a comandar seus dragões para atacar. Ele também viu algo brilhante no lado leste distante de seu exército. Parece que Zanya decidiu espalhar os dragões para ajudar outros enquanto ela permanecia dentro do exército de Azrael.

Essa foi uma boa decisão. Mas ainda assim, três dragões estavam longe de serem suficientes. Havia doze exércitos cercando todo o enorme abismo. Os onze senhores lideravam cada um de seus próprios exércitos enquanto o décimo segundo, era liderado pelo rei.

O rei talvez não precise de um dragão para ajudar seu exército, mas os outros senhores certamente precisam de um cada, de acordo com seus cálculos.

“Zolan!” ele ouviu o grito de Leon chamando-o do seu lado e murmurou um palavrão ao ver que outro monstro irritante estava vindo em sua direção. “Você não pode me dar um descanso, seu monstro feio?! Deixe-me fazer meu trabalho de observar os arredores, vai? Maldito monstro nojento!” Ele só pôde atacar o monstro de frente enquanto continuava zombando do monstro.

Uma fada luminosa ao seu lado direito viu que ele precisava de ajuda e usou sua magia para cegar o monstro, permitindo convenientemente que Zolan finalmente tivesse um descanso. Aproveitando a pausa momentânea do monstro devido ao súbito ataque de cegueira, Zolan perfurou a boca do monstro com sua espada, matando-o com um único golpe. SIM! O golpe fatal!

Mas antes que ele pudesse até mesmo retirar sua espada da boca do monstro, ele ouviu um grito estridente vindo do seu lado direito. No momento em que se virou para a fonte do som, ele viu a fada luminosa que acabara de ajudá-lo, agora presa nas mãos de outro monstro, aparentemente prestes a rasgá-la ao meio, exatamente pela metade do corpo.

“Não! Droga!” seus olhos vermelhos brilharam e ele atacou o monstro o mais rápido que pôde.