ENFEITIÇADA - Capítulo 550

550: Esta mulher… 550: Esta mulher… Enquanto isso, Leon e seus companheiros, que foram encarregados de receber os retardatários, estavam finalmente se aproximando do portal onde Zanya e as outras fadas luminosas os esperavam.

Seu coração batia forte dentro de seu peito, e isso não era causado pela velocidade de sua viagem. Ele sabia que era por causa dela… por causa de Zanya. Porque ele finalmente a veria frente a frente novamente. Não fazia tanto tempo desde que a deixara naquela caverna, mas ele já sentia como se fossem meses ou até anos desde a última vez que a vira.

Ele não podia acreditar o quanto sentira saudades dela até agora. Ela sentira tanta saudade dele também? Ele não podia deixar de se perguntar como ela reagiria quando finalmente se reencontrassem fisicamente.

Leon se lembrou daquela vez quando veio pela primeira vez às Terras Inferiores procurando por ela. Seu coração também se comportava dessa maneira. Mas a boa notícia desta vez era a ausência de medo. Disseram-lhe que estavam todos bem, que ela havia ficado para trás após negociar com as fadas sombrias que guardavam o portal para deixá-los entrar e seguir para a Grande Cidade sem que houvesse necessidade de luta entre os dois grupos.

Disseram que o senhor fada sombria que estava estacionado no portal decidira permitir que metade deles seguisse adiante primeiro e a outra metade ficasse para trás e esperasse pela Aprovação do Rei antes de permitir que todas as outras fadas luminosas restantes entrassem nas Terras Inferiores.

Mas, apesar de receber os relatórios e saber que ela estava bem, seu coração ainda se comportava assim. Ele sentia que seu coração jamais voltaria a bater normalmente a menos que a visse com seus próprios olhos.

Finalmente, eles pararam ao alcançar o acampamento das fadas sombrias que estavam de plantão perto do portal. Foi uma surpresa, no entanto, que nem um único monstro os havia interceptado enquanto atravessavam a floresta. Pois na primeira vez que passaram por essa floresta, foram forçados a lutar contra um bom número de monstros.

“Então vocês três são os que Sua Majestade, o rei, enviou para escoltar as fadas luminosas restantes à Grande Cidade…” um homem grande, tão imenso quanto Samuel, se aproximou e falou com eles. Leon notou que este estava cheio de tanta força, que parecia até mais forte do que o senhor fada sombria chamado Azrael.

Não havia necessidade desse homem se apresentar mais, pois eles já conseguiam dizer que ele era o senhor que o Rei mencionara, o Senhor Cairus. Ele não estava aqui na última vez quando haviam passado pelo portal.

Depois que Samuel falou com ele, o senhor fada sombria os conduziu para dentro do acampamento. Leon ficou surpreso ao ver que as fadas luminosas já estavam dentro do acampamento. Ele pensou que não lhes tinham permitido atravessar o portal.

“Diga às fadas luminosas para se reunirem agora, seus escoltas estão aqui.” o Senhor Cairus ordenou a um de seus homens, e em pouco tempo, todas as fadas luminosas estavam reunidas diante deles.

Leon continuou procurando pela multidão de fadas luminosas. Seu coração batia mais selvagem porque ainda não havia a encontrado. Onde ela está? Por que Zanya não estava aqui com as demais?

De repente, Leon saltou e aterrissou bem diante de Kariza.

“Onde está Zanya?” ele perguntou de imediato, fazendo Kariza piscar por um instante.

“Oh, ela está com uma fada sombria há um tempo,” respondeu a fada luminosa.

“Fada sombria feminina?” Leon ecoou, quando outra fada luminosa falou.

“Eu as vi indo em direção à floresta. Acho que foram caçar monstros novamente –”
“Eu não acho que, elas poderiam –”
Antes que Kariza pudesse terminar sua fala, Leon já tinha saído de seu campo de visão. Ele lançou um olhar para Reed e enviou uma mensagem telepática dizendo que iria procurar por Zanya e depois partiu antes que Reed pudesse responder com uma única palavra. Reed só pôde revirar os olhos e relatar a Samuel o que Leon havia feito.

A expressão de Leon estava um pouco sombria agora. Caçar monstros? Ela falava sério agora? Ela deveria estar descansando e se recuperando ao invés de correr por aí e caçar monstros! Do que ela estava pensando?! Ela estava pensando em alguma coisa, afinal?!

Leon não pôde deixar de se sentir preocupado e nervoso e sua frequência cardíaca disparava loucamente. Ele sabia por experiência pessoal que ela é forte, mas os monstros nesta terra são muito diferentes e ela já sabia disso! A fada sombria que Kariza mencionou arrastou-a para fora como sua companheira para caçar? Ele cerrou os dentes ao pensar que ela poderia se machucar novamente.

Ao entrar na floresta novamente, seus orbes roxos ficaram completamente vermelhos sangue enquanto ele vasculhava apressadamente o bosque, e seus sentidos estavam totalmente afiados para captar o cheiro e som dela. Ele avistou uma mulher e imediatamente se dirigiu ao local. Era uma fada sombria feminina…

A mulher jogou uma lança criada por magia negra assim que Leon aterrissou a poucos passos de distância dela. Mas Leon rapidamente desviou do projétil e imediatamente rosnou. “Não sou inimigo,” ele explicou. “Estou aqui para buscar Zanya. Precisamos voltar rapidamente para a Grande Cidade agora. Nossa rainha está nos convocando.”

“Oh…” a mulher o examinou, e pareceu que ela já sabia quem ele era, julgando pelo fato de que ela já havia largado sua arma e relaxado sua postura de ataque. “Zanya ainda não terminou. Ela disse que vai seguir depois em um… ei!! Aonde você está indo?” ela gritou atrás de Leon que desaparecia.

Leon ignorou os gritos da fada sombria feminina e seguiu em frente. Ele não podia mais aguentar isso. Ele queria vê-la. E queria vê-la agora mesmo! E o que ela quis dizer com ainda não ter terminado? Ela ainda não terminou de caçar?! Essa mulher…

De repente, Leon parou bruscamente ao chegar a um riacho fluente. Seus olhos vermelho carmesim rapidamente voltaram à sua normal e bela tonalidade lavanda enquanto ele olhava para a cena diante dele.

Zanya estava atualmente meio submersa na água do riacho, completamente nua e sem uma peça de roupa sobre seu corpo requintado e esguio. Ela havia levantado a cabeça e o olhava com uma sobrancelha erguida, sem nenhum sinal de surpresa em seu belo rosto. “Qual é, meu querido pervertido?” essa saudação foi então seguida por um sorriso travesso que se espalhou pelos seus lábios úmidos e tentadores.