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Duque, isso dói... - Capítulo 41

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41: Um Vislumbre de Ternura 41: Um Vislumbre de Ternura As pálpebras de Serafina tremiam enquanto ela ouvia os sons ritmados da água enchendo a banheira. Sua mente voltou à recente conversa com Corvo. A preocupação dele fora um bálsamo para sua alma cansada, mas ela não conseguia se livrar do medo de que o afeto dele se transformasse em pena.

Com um suspiro, ela se afundou mais na água quente, deixando-a envolver seu corpo e aliviar suas dores. Seus músculos, inicialmente reclamando do calor, começaram lentamente a relaxar. A tensão que se acumulara de dias de preocupação e esforço físico começou a diminuir.

Pillen e Lili trabalhavam com eficiência ao fundo, preparando toalhas macias e um vestido leve e confortável para Serafina usar após o banho. Serafina fechou os olhos, tentando se centrar e reunir a força de que precisava para enfrentar o dia.

Depois de alguns momentos, ela ouviu uma batida suave na porta.

“Minha Senhora, o banho está pronto,” Pillen anunciou suavemente.

“Obrigada, Pillen,” respondeu Serafina, com a voz mal ultrapassando um sussurro. Ela se levantou devagar da água, estremecendo um pouco enquanto suas articulações protestavam o movimento.

Pillen e Lili a assistiram com o máximo de cuidado, envolvendo-a em uma toalha felpuda e ajudando-a a se secar. Elas a vestiram com uma túnica leve e arejada, perfeita para o dia quente que estava por vir. Serafina apreciava o tratamento gentil, cada toque transmitindo uma sensação de cuidado genuíno e respeito.

“Você gostaria que eu penteasse seu cabelo, Minha Senhora?” Lili perguntou, segurando um delicado pente de marfim.

“Sim, por favor,” respondeu Serafina, esboçando um pequeno sorriso. O simples ato de ter seu cabelo escovado era incrivelmente reconfortante, e as carícias suaves de Lili ajudavam a aliviar a tensão remanescente em seu pescoço e ombros.

Uma vez vestida e pronta, Serafina respirou fundo e saiu do banheiro. Corvo a esperava, seus olhos brilharam ao vê-la se aproximar. Sua preocupação ainda era evidente, mas ele também exibia um sorriso caloroso e encorajador.

“Está se sentindo melhor?” ele perguntou, pegando a mão dela na sua.

“Um pouco,” admitiu Serafina. “Obrigada por esperar.”

“Sempre,” ele respondeu, erguendo a mão dela até seus lábios e beijando-a com delicadeza. “Vamos tomar café da manhã juntos.”

Eles caminharam para a sala de jantar, Corvo mantendo um braço protetor em volta de sua cintura. A mesa estava montada com uma refeição simples, mas nutritiva. O apetite de Serafina havia sido inexistente ultimamente, mas a visão da comida e a presença encorajadora de Corvo a fizeram determinada a comer.

Quando se sentaram, Corvo lhe serviu uma porção de ovos mexidos e torradas, junto com uma tigela de frutas frescas. Serafina pegou seu garfo, seus movimentos lentos e deliberados. Ela deu uma mordida e, embora a comida tivesse gosto insípido, ela se forçou a comer.

Corvo a observava com uma mistura de afeto e preocupação. “Você precisa manter sua força,” ele disse suavemente. “Não posso permitir que você fique doente.”

“Eu sei,” respondeu Serafina, dando outra mordida. Ela podia ver a preocupação gravada em suas feições e queria aliviá-la, mas também sabia que precisava cuidar melhor de si mesma.

Enquanto continuavam a refeição, Corvo falou sobre seus planos para o dia, compartilhando pequenos detalhes sobre seu trabalho e a casa. Serafina ouvia atentamente, grata pela distração e pela normalidade da conversa.

Após o café da manhã, Corvo levantou-se e caminhou até o lado dela da mesa. Ele se ajoelhou, pegando as mãos dela nas suas. “Eu tenho que ir agora, mas voltarei assim que puder. Prometa-me que vai descansar e cuidar de si mesma.”

“Eu prometo,” disse Serafina, apertando suas mãos. “Se cuida.”

Corvo beijou sua testa ternamente antes de levantar-se. “Eu vou. E lembre-se, se precisar de alguma coisa, é só chamar por Pillen ou Lili. Elas estão aqui para ajudá-la.”

“Eu vou,” ela assegurou a ele.

Com um último olhar demorado, Corvo deixou a sala. Serafina o observou sair, sentindo uma mistura de gratidão e tristeza. Ela apreciava sua preocupação, mas o medo de se tornar um fardo pesava em sua mente.

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